Institucional
Visão
Ser referência mundial na gestão e desenvolvimento do esporte paralímpico promovendo a inclusão de pessoas com deficiência em todas as suas dimensões.
Missão
Promover o esporte paralímpico da iniciação ao alto rendimento, e a inclusão da pessoa com deficiência na sociedade.
Valores
Acreditamos no poder de transformação pelo esporte;
Orgulho do trabalho que fazemos
Respeito às diferenças;
Ética, transparência e respeito às pessoas.
Diretoria Executiva
Mizael Conrado
Presidente
Formado em Direito pela Universidade Cidade de São Paulo (Unicid), Mizael Conrado assumiu em março de 2017 a presidência do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Em 2020, foi reeleito por aclamação para a mesma posição para o ciclo 2021-2024. Antes, entre 2009 e 2017, exerceu a função de vice-presidente e secretário-geral da entidade durante as gestões de Andrew Parsons.
Mizael também ocupou o posto de presidente da Comissão de Direitos da Pessoa com Deficiência da Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo (OAB-SP). Foi ainda peça-chave na aprovação da Lei de Inclusão da Pessoa com Deficiência, que elimina barreiras de acessibilidade no transporte, na moradia, nos serviços, na educação, no esporte, no exercício da cidadania e beneficia cerca de 50 milhões de brasileiros com algum tipo de deficiência e mobilidade reduzida.
Nascido em Santo André (SP), Mizael Conrado de Oliveira nasceu cego devido a uma catarata congênita. Após quatro cirurgias, ainda bebê, começou a enxergar. Aos nove anos, teve um descolamento de retina, que iniciou a perda de sua visão. Aos 13 anos, estava completamente cego. Foi no Instituto Padre Chico, escola especial para deficientes visuais, onde Mizael teve seu primeiro contato com o futebol de 5 (atualmente, futebol de cegos).
Com a Seleção Brasileira da modalidade, foi campeão latino-americano (1994), tricampeão da Copa América (1997, 2001 e 2003), campeão mundial sub-25 (2002), bicampeão mundial (1988 e 2000) e bicampeão paralímpico (Atenas 2004 e Pequim 2008), além de ter conquistado o título de melhor jogador do mundo, em 1998.
Foi ainda diretor administrativo e presidente do Centro de Emancipação Social e Esportiva de Cegos (CESEC), secretário-executivo da Confederação Brasileira de Desportos para Cegos (CBDC), membro do Comitê Executivo da União Mundial de Cegos, da União Latino-Americana dos Cegos, vice-presidente da Federação Brasileira de Entidades para Cegos e secretário-geral da União Brasileira de Cegos.
Yohansson Nascimento
Vice-presidente
O ex-atleta Yohansson Nascimento assumiu a vice-presidência do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) em janeiro de 2021 para o ciclo 2021-2024, meses depois de anunciar a sua aposentadoria das pistas de atletismo.
Nascido em Maceió (AL), sem as duas mãos, Yohansson se dedicou ao atletismo desde os 17 anos, quando foi convidado pela técnica Valquíria Campelo, no ônibus em sua cidade natal. Hoje, tem um dos currículos mais vencedores da história do esporte paralímpico.
Com 15 anos no esporte, Yohansson tem 25 medalhas nas principais competições: seis em Jogos Paralímpicos, 11 em Campeonatos Mundiais e oito em Jogos Parapan-americanos.
Entre os destaques na carreira, foi ouro nos 200m em Londres 2012 pela classe T45 (para atletas com deficiência nos membros superiores), além das pratas no revezamento 4x100m em Pequim 2008, nos 400m em Londres 2012 e no revezamento 4x100m no Rio 2016, e dos bronzes nos 200m em Pequim 2008 e nos 100m no Rio 2016.
Também conquistou ouro nos 200m e prata nos 100m no Mundial Doha 2015; ouro nos 200m, prata no revezamento 4x100m e bronze nos 100m no Mundial Lyon 2013; prata nos 100m e nos 200m no Mundial Londres 2017; e bronze nos 100m no Mundial Dubai 2019.
História
História do esporte paralímpico brasileiro
O primeiro esporte adaptado praticado no Brasil foi o basquete em cadeira de rodas. Enquanto realizavam tratamento médico nos Estados Unidos, brasileiros com deficiência conheceram a modalidade e a trouxeram para o país. Em 1958, foi fundado o Clube do Otimismo, no Rio de Janeiro, por iniciativa de Robson Sampaio de Almeida e pela ação do técnico Aldo Miccolis – dois pioneiros do Movimento no Brasil.
Dois anos mais tarde, houve a primeira edição dos Jogos Paralímpicos, em Roma, na Itália. O Brasil, no entanto, só estrearia no evento na edição realizada na cidade de Heidelberg, na Alemanha Ocidental, em 1972. A primeira medalha paralímpica do país foi conquistada nos Jogos de Toronto, em 1976. Justamente Robson Sampaio de Almeida, acompanhado de Luiz Carlos, o “Curtinho”, faturaram a prata na modalidade Lawn Bowls, antecedente da bocha e que era praticada na grama.
Com exceção das duas primeiras edições do evento, a competição paralímpica ainda não era realizada na mesma cidade sede dos Jogos Olímpicos. A partir da edição de Seul, em 1988, a organização dos eventos assumiu o formato atual, ocorrendo na mesma cidade e em sequência.
Nasce o Comitê Paralímpico Brasileiro
O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) foi fundado no dia 9 de fevereiro de 1995, em sua primeira sede, em Niterói, no Rio de Janeiro. Seu primeiro presidente foi João Batista Carvalho e Silva, que manteve-se à frente da entidade até 2001. Durante sua gestão, investiu esforços na ampliação visibilidade ao esporte paralímpico. Trabalhou em conjunto ao então Ministro Extraordinário do Esporte, Pelé, que acompanhou a delegação brasileira nos Jogos Paralímpicos de Atlanta 1996.
A primeira participação do Brasil sob gestão de seu comitê nacional foi bem-sucedida, e o país terminou na 37ª colocação, com 21 medalhas, sendo dois ouros, seis pratas e 13 bronzes. Quatro anos mais tarde, nos Jogos de Sydney 2000, os brasileiros fecharam sua participação em 24º lugar e conquistaram 22 medalhas: seis ouros, dez pratas e seis bronzes.
No ano seguinte, foi sancionada a Lei Agnelo/Piva, fundamental no desenvolvimento do esporte adaptado no Brasil. A legislação estabeleceu o repasse de parte da arrecadação das loterias federais para os Comitês Olímpico e Paralímpico. Esta verba proporcionou ao paradesporto nacional avanços estruturais e técnicos.
Em 2001, João Batista deu lugar a Vital Severino, que exerceu a função de secretário executivo da entidade. Durante sua gestão, foi realizada uma reestruturação. Anteriormente, os esportes eram divididos por tipo de deficiência e os atletas da mesma modalidade só se uniam como uma Seleção em Jogos Paralímpicos. Com a nova organização, a divisão passou a ser por modalidade, por exemplo, atletismo tornou responsabilidade de uma mesma confederação, mas começou a ser praticado por atletas com diferentes deficiências. Em 2002, também foi realizada a transferência da sede do CPB, que deixou Niterói e foi a Brasília.
Na edição seguinte dos Jogos, Atenas 2004, o Brasil subiu no ranking para o 14º lugar, com 33 medalhas, sendo 14 ouros, 12 pratas e sete bronzes. Os Jogos da Grécia foram marcantes, já que esta foi a primeira vez em que a competição teve transmissão pela televisão para o público brasileiro, por meio de uma estratégia de comunicação do CPB, que comprou os direitos dos Jogos e repassou ao Grupo Globo. O grande destaque foi Clodoaldo Silva, nadador que conquistou sete medalhas – seis ouros e uma prata -, e tornou-se uma referência nacional do esporte adaptado.
Nos Jogos de Pequim, em 2008, a delegação brasileira, mais uma vez, avançou no quadro de medalhas, agora com a nona colocação. Foram 47 conquistas, sendo 16 ouros, 14 pratas e 17 bronzes – marca absoluta de pódios que só seria superada nos Jogos do Rio, em 2016.
No ano seguinte à edição chinesa dos Jogos Paralímpicos, houve nova eleição no CPB, e Andrew Parsons foi escolhido como o novo dirigente da entidade. Andrew foi reeleito em 2013 e geriu o esporte adaptado brasileiro até 2017.
O avanço nos Jogos Paralímpicos também foi contínuo. A melhor participação do país no quadro geral de medalhas aconteceria em Londres 2012. Liderados pelo nadador Daniel Dias, o Brasil ficou com a sétima colocação na classificação geral, com 21 ouros, 14 pratas e oito bronzes.
A campanha foi chave no maior objetivo brasileiro neste período: em 2009, além do início da gestão Andrew Parsons, houve a escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Paralímpicos de 2016. O planejamento do CPB, então, voltou-se todo a representar o Brasil da melhor forma possível na edição dos Jogos que seria realizada em casa.
Surge o Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro
A oportunidade de sediar os Jogos Paralimpícos do Rio 2016 ocasionou ainda a construção daquele que se tornaria o maior legado físico da competição. A construção do primeiro Centro de Treinamento Paralímpico do Brasil foi oficializada em janeiro de 2013, em São Paulo. A obra foi orçada em cerca de R$ 260 milhões, fez parte do Plano Brasil Medalhas, do Governo Federal, que investiu R$ 1 bilhão adicional ao orçamento do esporte brasileiro entre 2013 e 2016.
O CT Paralímpico foi inaugurado em maio de 2016 e serviu como sede da aclimatação brasileira para os Jogos do Rio 2016. O CT conta com instalações esportivas indoor e outdoor para treinamentos, competições e intercâmbios de atletas e seleções em 15 modalidades paralímpicas: atletismo, basquete, esgrima, rúgbi e tênis em cadeira de rodas, bocha, natação, futebol de cegos, futebol PC (para paralisados cerebrais), goalball, halterofilismo, judô, tênis de mesa, triatlo e vôlei sentado. Além disso, tem área residencial com alojamentos, refeitório, lavanderia e um setor administrativo com salas, auditórios e outros espaços de apoio.
Como anfitriã, a delegação verde e amarela contou com o maior número de atletas já enviados para Jogos – 278. Também atingiu o maior número de pódios da história da nação (fato que se repetiria em Tóquio 2020), ao conquistar 72 medalhas, sendo 14 ouros, 29 pratas e 29 bronzes. O Brasil fechou sua participação na 8ª colocação.
Crescimento do Movimento Paralímpico
A representatividade do Brasil nos esportes de neve também foi ampliada e houve a participação frequente edições de Jogos de Inverno: dois atletas estiveram em Sochi 2014. Em 2018, em PyeonChang, o time verde e amarelo teve três representantes. Já nos Jogos de Pequim 2022 o Brasil fez a terceira participação no evento e contou com o maior número de atletas da história: seis. O país foi representado em duas modalidades: esqui cross-country e snowboard.
Em março de 2017, o então vice-presidente do CPB, Mizael Conrado, foi eleito por aclamação o novo presidente da entidade. Uma de suas primeiras conquistas foi a ampliação da concessão de uso do CT Paralímpico, que ficou acordada de cinco anos, renováveis por mais cinco temporadas, em processo de licitação pública junto ao Governo do Estado de São Paulo. Em 2020, foi reeleito também por aclamação para a mesma posição para o ciclo 2021-2024.
Ex-jogador de futebol de cegos, Mizael Conrado deu prioridade à expansão do cunho social do esporte paralímpico atrelado ao alto rendimento. Em 2018, foram desenvolvidos projetos como Escola Paralímpica de Esportes, que oportunizou o primeiro contato de crianças com deficiências com o esporte. Outras iniciativas, como o Camping Escolar Paralímpico, foram colocadas em prática. O Festival Dia do Atleta Paralímpico, em 22 de setembro de 2018, reuniu mais de 7 mil crianças em 48 núcleos, por todos os estados do país, em ação inédita de expansão do Movimento pelo Brasil.
Neste mesmo ano, o Brasil teve representantes em 12 Campeonatos Mundiais (basquete em cadeira de rodas, bocha, canoagem, ciclismo pista e estrada, futebol de cegos, hipismo, judô, goalball, remo, tênis de mesa e vôlei sentado), em que conquistou 20 medalhas. Foram seis de ouro, sete de prata e sete de bronze. A Seleção Brasileira de futebol de cegos tornou-se pentacampeã mundial e garantiu vaga para os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020.
As equipes masculina e feminina de goalball também carimbaram passaporte para os Jogos Paralímpicos ao conquistarem o bicampeonato e o bronze, respectivamente. Lauro Chaman conquistou o ouro no Mundial de ciclismo de pista, realizado no Rio de Janeiro. Já a judoca Alana Maldonado sagrou-se campeã mundial em sua categoria, enquanto Cátia Oliveira foi vice-campeã mundial no tênis de mesa, resultado histórico para a modalidade.
O ano também foi marcado por participações inéditas. O Brasil fez a sua segunda aparição em edições de Jogos de Inverno, e contou com o maior efetivo já levado a esta competição, até então, com três atletas. Cristian Ribera, do esqui cross-country, teve a melhor performance de um brasileiro no evento, com o sexto lugar.
Já o calendário esportivo de 2019 contou com campeonatos mundiais de dez modalidades: atletismo, badminton, canoagem, ciclismo (pista e estrada), esgrima em cadeira de rodas, futebol PC, halterofilismo, natação, taekwondo e tiro esportivo, além dos Jogos Parapan-Americanos de Lima, quando o Brasil conquistou 308 medalhas e ficou no primeiro lugar do quadro geral do evento.
Logo após o Parapan de Lima, os nadadores viajaram para Londres para o Campeonato Mundial da modalidade. O Brasil deixou a capital britânica com o 11º lugar no quadro de medalhas, com cinco ouros, seis pratas e seis bronzes, e um total de 17 pódios. Já no Mundial de atletismo, em Dubai, o Brasil encerrou a disputa no segundo lugar do quadro geral de medalhas. Os brasileiros subiram ao pódio 39 vezes, com 14 ouros, nove pratas e 16 bronzes. No halterofilismo, na disputa por equipes, o Brasil conquistou a inédita medalha de prata com Bruno Carra, Mariana D’Andrea e Evânio Rodrigues. No taekwondo, Débora Menezes conquistou o ouro inédito no Mundial da modalidade.
Em março de 2020, devido a pandemia de Covid-19, o CPB decidiu suspender todas as atividades no CT Paralímpico, em São Paulo, e cancelou todas as competições do calendário esportivo até o fim do segundo semestre de 2021. Em julho, a prefeitura de São Paulo autorizou a reabertura parcial do CT Paralímpico. Um pequeno grupo de atletas do atletismo, natação e tênis de mesa retornaram aos treinos.
No fim de 2020, o presidente do CPB, Mizael Conrado foi reeleito para a posição para o ciclo 2021-2025, em Assembleia Geral Ordinária de Eleição realizada no CT Paralímpico, em São Paulo. O ex-atleta do atletismo Yohansson Nascimento foi eleito vice-presidente e formará a nova diretoria executiva da entidade.
Os Jogos Paralímpicos de Tóquio foram adiados para 2021. No começo de 2021, o CPB autorizou o retorno das Seleções Brasileiras ao CT Paralímpico para treinamentos. Por meio de vacinas contra Covid-19 doadas pelo Comitê Olímpico Internacional (COI, sigla em inglês), todos os participantes dos Jogos Paralímpicos foram vacinados. O CT Paralímpico foi um dos polos de vacinação para atletas, membros da comissão e jornalistas.
O Brasil contou com uma delegação de 234 atletas, de 20 modalidades, nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020. Na capital japonesa, o país alcançou a 100ª medalha de ouro em Jogos Paralímpicos. Ao todo, foram conquistadas 72 medalhas, sendo 22 de ouro, 20 de prata e 30 de bronze, sendo a melhor participação na história em Jogos Paralímpicos até então.
Já em 2022, a Ilha da Madeira, em Portugal, entrou para a história do esporte paralímpico brasileiro como o local em que os nadadores do país realizaram a maior campanha de todos os tempos em um Campeonato Mundial de natação. Após sete dias de provas, o Brasil terminou na terceira colocação do quadro geral de classificação, com 19 ouros, 10 pratas e 24 bronzes, totalizando 53 medalhas.
Ainda em 2022, o CPB realizou mais uma edição do Festival Paralímpico, com mais de 15 mil crianças em 98 cidades e 105 núcleos, em todas as unidades federativas do país no dia 24 de setembro. Foi a maior edição do evento até então. Desde 2018, o projeto do CPB somente não foi realizado em 2020 por causa da pandemia de Covid-19. Antes, o recorde era de 10 mil inscritos, número registrado em 2019.
Assim como ocorreu em outros anos, cada uma das sedes ofereceu aos participantes três opções de práticas esportivas paralímpicas. As crianças puderam ter experimentações com goalball, vôlei sentado, canoa havaiana, surfe adaptado, rúgbi, tiro com arco, entre outros esportes adaptados.
Pelo país, ainda foram realizados 44 Meetings Loterias Caixa de atletismo, natação e halterofilismo, em 16 unidades da federação. Ao todo, foram 3.479 inscrições de atletas e 11.623 km percorridos em todas as regiões do país. Realizamos também o Conexão Paralímpica pela primeira vez na história.
Promovemos em 2022, pela primeira vez, as regionais das Paralimpíadas Escolares, em Brasília, Natal e São Paulo. O evento nacional teve seu final de novembro e foi o maior da história com mais de 2.400 pessoas envolvidas em todas as etapas realizadas em todo no território nacional, exceto o Piauí.
Foram, no total, 406 eventos realizados durante o ano. Mais de um evento por dia do ano em 2022.
Em 2023, o grande destaque foi o desempenho histórico dos atletas brasileiros em Mundiais. Em 12 meses, o Brasil melhorou os resultados da temporada anterior e subiu ao pódio 123 vezes em Mundiais paralímpicos de 11 modalidades (atletismo, natação, futebol de cegos, canoagem, ciclismo, esqui cross-country, halterofilismo, tiro com arco, tiro esportivo, taekwondo e triatlo). Foram 35 ouros, 31 pratas e 57 bronzes.
Além dessa performance, os brasileiros reafirmaram a condição de protagonistas no cenário paralímpico continental ao ganharem 343 medalhas nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago: 156 ouros, 98 pratas e 89 bronzes, sendo que mais de 100 destes pódios foram obtidos por atletas estreantes no evento. Nunca nenhum país alcançou tantas vitórias em uma única edição da competição continental.
Já entre os jovens atletas, o Brasil participou do Parapan de Bogotá e terminou com 52 medalhas (30 ouros, 13 pratas e nove bronzes), sendo campeão em nove das 10 modalidades em que participou – a exceção foi a Seleção de futebol PC, medalhista de prata, e no basquete em cadeira de rodas houve um empate com a Argentina. Cada nação ficou com um ouro e uma prata. Na capital colombiana, o Brasil conquistou sua 500ª medalha na história do evento e chegou a 534 pódios nas quatro edições em que competiu.
A delegação brasileira foi representada por 96 atletas de 19 estados e o DF em 10 modalidades, entre os dias 3 e 12 de junho: basquete em cadeira de rodas, bocha, futebol de cegos, futebol de paralisados cerebrais, goalball, halterofilismo, judô, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas e vôlei sentado. Não houve representantes no atletismo e na natação. A competição reuniu 20 países na capital colombiana.
Na mesma temporada, a edição 2023 das Paralimpíadas Escolares foi a maior da história, com cerca de 1,8 mil atletas oriundos de 26 estados brasileiros, do Distrito Federal e até do Paraguai. Os inscritos deste ano superaram os 1.300 participantes da edição de 2022.
Durante o ano, as Paralimpíadas Escolares contaram com a presença de medalhistas internacionais de 2023, como Vinicius Quintino e Luiz Calixto. Além disso, o evento reuniu atletas que estão iniciando suas trajetórias esportivas e outros que estão transitando para o alto rendimento. No final do ano, o Estado de São Paulo se sagrou campeão pela 11ª vez desde 2006, ano em que o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) organizou a primeira edição dos Paralímpicos do Futuro, evento que ocorreu até 2007 e antecedeu as Paralimpíadas Escolares, nome adotado a partir de 2009.
Em 2023, o CPB realizou também o Meeting Paralímpico Loterias Caixa. A competição teve a sua primeira etapa em julho e passou por dez cidades, com mais de 3 mil atletas inscritos: Manaus (AM),Campo Grande (MS), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Fortaleza (CE), Recife (PE), Porto Alegre (RS), Curitiba (PR) e São Paulo (SP).