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Refugiados da Venezuela participam do Festival Paralímpico, em Roraima

Crianças venezuelanas correm no campo de atletismo do Parque Anauá, em Boa Vista (RR) | Foto: Alessandra Cabral/CPB
O Festival Paralímpico Loterias Caixa reuniu mais de 21 mil crianças e jovens, com e sem deficiências, em 119 núcleos das 27 unidades federativas do Brasil, neste sábado, 20. Em Boa Vista, capital de Roraima, foram 130 participantes no Parque Anauá, dos quais 40 eram venezuelanos (30,76% do total).

O objetivo do evento em todo o Brasil foi proporcionar uma manhã de atividades esportivas lúdicas, inclusivas e adaptadas, que simularam modalidades paralímpicas, como surfe, curling em cadeira de rodas, hipismo, vôlei sentado, bocha e atletismo – as três últimas foram oferecidas no município roraimense.

Entre os inscritos no Festival em Boa Vista, que nasceram no país vizinho, estava a jovem Angela Sara Velázquez, 16, natural de Caracas e moradora do Brasil há dois anos. Em sua primeira participação no Festival, Sara, como é conhecida, afirmou que ficou encantada com o atletismo.

Por ter perdido força nos membros inferiores, já na adolescência, a venezuelana se locomove com cadeira de rodas e praticou corridas curtas na pista do  Parque Anauá, localizado no centro de Boa Vista.

“Não conhecia o esporte paralímpico. Amei esta manhã. Eu me senti livre, sem vergonha de ser quem eu sou. Não sei explicar direito. Foi uma energia diferente e muito boa. Agora, não quero mais sair do atletismo. Vou procurar o Centro de Referência daqui”, pontuou, referindo-se ao projeto do CPB que aproveita espaços esportivos para a prática de modalidades paralímpicas, desde a base até o alto rendimento.

Professora de Educação Física de Sara e responsável por levá-la ao Festival, Maria Claúdia Martins declarou que o evento vai iniciar uma nova fase na vida da jovem. “Passamos por uma reforma na nossa escola. Por um tempo, os alunos só podiam brincar com jogos de tabuleiro, como dama e xadrez. Agora, tenho certeza de que a Sara vai voltar mais ativa e com a possibilidade de jogar basquete em cadeira de rodas na Educação Física”, projetou.

Iannis Gutra, 11, também foi uma venezuelana presente no Festival, em Roraima. Praticante de provas de campo do atletismo, ela avaliou que o Movimento Paralímpico tem ampliado as suas descobertas. “É um novo mundo que se abre. Tenho feito muitos amigos por meio do esporte. Quero, um dia, viajar para participar das competições internacionais”, revelou.

Outro participante do Festival em Boa Vista foi Anderson Barbosa, 18, também do atletismo. Morador da comunidade índigena São Jorge, a cerca de 210 km da capital de Roraima e já quase na divisa com a Venezuela, o jovem destacou que o esporte tem o ajudado na reabilitação. Ele sofreu uma descarga elétrica que o deixou com uma deficiência na mão esquerda. “Estar no Movimento Paralímpico é tudo para mim”, disse.

Além de jovens, Roraima também recebeu crianças que ainda estão descobrindo os benefícios das atividades físicas. Emilly Rocha, que completou seis anos neste sábado, integra o Centro de Referência de Boa Vista, local onde tem feito suas primeiras corridas. Acompanhada pela mãe Samilly Rocha, 30, e de seus dois irmãos, Emilly, que nasceu com má-formação no braço esquerdo, divertiu-se nesta manhã. “Ela é uma outra criança depois que começou a praticar esporte. Percebo que tem se desenvolvido muito, apesar de ainda ser tímida. A deficiência não a limita mais tanto no convívio com os coleguinhas”, analisou a mãe, orgulhosa da aniversariante.

A primeira edição do Festival, em 2018, foi realizada em 48 cidades com a participação de mais de 7.000 crianças. Em 2019, o evento teve 70 sedes e atendeu mais de 10 mil crianças. A edição de 2020 foi cancelada devido à pandemia de Covid-19.

Em 2021, o Festival Paralímpico reuniu 8.000 crianças em 70 sedes espalhadas pelo país. No ano passado, o evento havia recebido seu maior número de pessoas, até este sábado, com cerca de 15 mil crianças e adolescentes em 98 cidades.

Nesta edição, cerca de 36% dos inscritos tinham deficiência intelectual. Depois, vieram as crianças e os jovens com transtorno do espectro autista (19,5 %) e os com deficiências físicas (10,2%). Os outros inscritos se dividiram entre os que tinham deficiências visual, auditiva e múltiplas, além dos 20% sem deficiências.

Confira os catálogos do Festival Paralímpico Loterias Caixa: Acre (AC); Alagoas (AL); Amapá (AP); Amazonas (AM); Bahia (BA); Ceará (CE); Distrito Federal (DF) e Goiás (GO); Espírito Santo (ES); Maranhão (MA); Mato Grosso (MT); Mato Grosso do Sul (MS); Minas Gerais (MG); Pará (PA); Paraíba (PB); Paraná (PA); Pernambuco (PE); Piauí (PI); Rio de Janeiro (RJ); Rio Grande do Norte (RN); Rio Grande do Sul (RS); Rondônia (RO); Roraima (RR); Santa Catarina (SC); São Paulo (SP); Sergipe (SE) e Tocantins (TO).

Patrocínios 
O Festival Paralímpico conta com o patrocínio das Loterias Caixa.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

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  • Toyota
  • Braskem
  • Loterias Caixa

APOIADORES

  • Ajinomoto

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  • The Adecco Group
  • EY Institute
  • Cambridge
  • Estácio
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FORNECEDORES

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