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Festival Paralímpico Loterias Caixa reúne cerca de 15 mil crianças por todo o país em sua maior edição da história

Crianças praticam atividades no CT Paralímpico | Foto: Ale Cabral/CPB
O Festival Paralímpico Loterias Caixa 2022 reuniu cerca de 15 mil crianças, com e sem deficiências, em 98 cidades de todas as unidades federativas brasileiras na manhã deste sábado, 24. Essa foi a quarta e a maior edição do evento, que, desde 2018, somente não foi realizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) em 2020, por causa da pandemia de Covid-19. Antes, o recorde era de 10 mil inscritos, número registrado em 2019. 

Assim como ocorreu em outros anos, o objetivo do Festival foi difundir o Movimento Paralímpico, por meio de atividades recreativas e lúdicas que simularam modalidades paralímpicas. Cada uma das sedes ofereceu aos participantes três opções de práticas esportivas. As crianças puderam ter experimentações com goalball, vôlei sentado, canoa havaiana, surfe adaptado, rúgbi, tiro com arco, entre outros esportes adaptados. 

Dos 105 locais que sediaram o evento neste sábado, 25 são Centros de Referência do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Os Centros são espaços esportivos, de todas as regiões do Brasil, utilizados diariamente para o desenvolvimento do paradesporto, desde a base até o alto rendimento. 

Presidente do CPB e bicampeão paralímpico no futebol de cegos (Atenas 2004 e Pequim 2008), Mizael Conrado afirmou que o evento é a maior festa da inclusão do nosso país. “O Festival Paralímpico representa a essência do esporte. Promovemos a interação entre 15 mil crianças, com e sem deficiências, em 98 cidades do país. E tenho certeza de que muitos desses participantes vão se tornar atletas de alto rendimento no futuro, a partir dessa inclusão e iniciação feitas pelo CPB”, declarou. 

Entre todas as sedes, a que teve mais participantes foi o Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, com cerca de 1.000 inscritos em atividades que simularam vôlei sentado, badminton e atletismo. Entre os presentes na capital paulista estava a jovem Letícia Barbosa, 14, que é biamputada de pernas. Ela é aluna da Escola Paralímpica de Esportes do CPB e pratica vôlei sentado desde 2021.

“É muito gratificante ver crianças com deficiências praticando esportes. Então, é muito importante ter um evento como esse. Pode ser o início de futuros atletas”, disse Letícia. 

Além das crianças, medalhistas paralímpicos, como Leomon, ouro no goalball nos Jogos de Tóquio 2020, e Thomaz Ruan, prata nos 400 m da classe T47 (atletas com deficiência nos membros superiores) na capital japonesa, também estiveram presentes no espaço. 

“Estou muito feliz em participar pela primeira vez do evento, ver as crianças se divertindo ao praticar esporte. Eu comecei assim também, considerando o atletismo como uma diversão com amigos. Até hoje, quando estou com o Petrúcio [Ferreira] a gente fala em ‘brincar de correr’. Espero que saiam vários atletas paralímpicos de projetos como esse”, afirmou Thomaz Ruan.

Além do CT, outras sedes contaram com presenças de medalhistas. Em Itu (SP), a halterofilista Mariana D’Andrea, ouro em Tóquio na categoria até 73 kg, prestigiou o evento, assim como a nadadora Mariana Gesteira, bronze nos 100 m livre na classe S9 (limitações físico-motoras), esteve em Vitória (ES). 

Demais locais
Fora de São Paulo, a cidade que mais reuniu crianças neste sábado foi Colatina (ES). Cerca de 800 participantes estiveram na Associação Colatinense de e para Pessoa com Deficiência Visual nesta manhã e puderam ter experimentações com vôlei sentado, atletismo e bocha. 

Outros municípios que também registraram grande adesão foram Joinville (SC), com cerca de 300 inscritos; Petrópolis (RJ), que recebeu 215 crianças; e Marabá (PA), com 207 participantes.

Além disso, a edição de 2022 do Festival contou com 12 sedes estreantes no projeto, o que representou 12% do total das cidades que receberam as atividades neste sábado.

Mendes e Duque de Caxias, no Rio de Janeiro; Santarém, Benevides e Bacarena, no Pará; Araguaína, em Tocantins; Ituiutaba, em Minas Gerais; Bagé, no Rio Grande do Sul; São Bernado do Campo e Ourinhos, em São Paulo; Guarapari, no Espírito Santo; e Currais Novos, no Rio Grande do Norte, foram as locais que sediaram o projeto do CPB pela primeira vez na história.

“Queremos que as crianças saiam daqui felizes, em busca de uma associação ou da própria Escola Paralímpica de Esportes do CPB [projeto de iniciação esportiva para jovens de 8 a 17 anos]. Os pais estão cada vez mais conscientes sobre os benefícios das práticas esportivas para seus filhos e isso reflete no recorde que atingimos neste ano. Todas as sedes tiveram, no mínimo, 150 inscritos e bateram suas metas. Ano que vem, o objetivo é receber mais de 16 mil crianças em todo o Brasil”, disse Ramon Pereira, diretor de Desenvolvimento Esportivo do CPB.

Em Boa Vista (RR), vinte crianças venezuelanas refugiadas participaram da ação. “Foi extremamente importante recebê-las em nossa sede. Na verdade, já estamos fazendo um trabalho de iniciação esportiva com elas por meio do nosso Centro de Referência do CPB, aqui, em Roraima. Alguns deles já estão tendo sucesso em competições, como as Paralimpíadas Escolares. É uma inclusão social por meio do esporte”, afirmou Vinícius Denardin Cardoso, coordenador da sede de Boa Vista.  

A primeira edição do Festival, há quatro anos, foi realizada em 48 locais com a participação de mais de 7 mil crianças. Em 2019, o evento teve 70 sedes e recebeu mais de 10 mil inscritos. No ano seguinte, a ação foi cancelada devido à pandemia de Covid-19 e retornou em 2021, com 8 mil participantes em 70 núcleos. 

O Festival ocorre em setembro por causa da celebração ao Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência (21) e ao Dia Nacional do Atleta Paralímpico (22). Em 2021, devido à pandemia de Covid-19, o evento foi adiado e realizado em 4 de dezembro para acompanhar o Dia Internacional de Luta das Pessoas com Deficiência (3 de dezembro).

Confira os catálogos do Festival Paralímpico Loterias Caixa: Amapá (AP); Amazonas (AM); Ceará (CE); Distrito Federal (DF) e Goiás (GO); Maranhão (MA); Pará (PA); Paraíba (PB); Paraná (PR); Pernambuco (PE); Roraima (RR); Santa Catarina (SC); São Paulo (SP) e Tocantins (TO).

Patrocínios
O Festival Paralímpico conta com o patrocínio das Loterias Caixa.
 
Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível 
A atleta Mariana D’Andrea é integrante do Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível, programa de patrocínio individual da Loterias Caixa que beneficia 91 atletas.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

PATROCINADORES

  • Toyota
  • Braskem
  • Loterias Caixa

APOIADORES

  • Ajinomoto

PARCEIROS

  • The Adecco Group
  • EY Institute
  • Cambridge
  • Estácio
  • Governo do Estado de São Paulo

FORNECEDORES

  • Max Recovery