O evento deste ano na capital colombiana será iniciado com disputas de tênis de mesa e basquete em cadeira de rodas neste sábado, dia em que também ocorrerá a cerimônia de abertura, a partir das 20h (de Brasília), na Unidade Desportiva El Salitre. Confira mais sobre a programação aqui.
Para a atual edição, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) convocou 96 atletas, oriundos de 20 unidades federativas do país e divididos em 10 modalidades: 16 atletas no basquete em cadeira de rodas, oito na bocha, 10 no futebol de cegos, 12 no futebol PC (paralisados cerebrais), 10 no goalball, cinco no judô, 16 no halterofilismo, oito no tênis de mesa, três no tênis em cadeira de rodas e oito no vôlei sentado. O país não tem representantes no atletismo e na natação pelos motivos expostos em nota oficial.
Diretor de Esporte de Alto Rendimento do CPB, Jonas Freire está na Colômbia como chefe de missão da delegação brasileira e afirmou que a expectativa é a melhor possível. “Os atletas que vão representar o Brasil já disputam competições adultas, tanto dentro como fora do país. As confederações e o CPB fizeram uma seleção bastante qualificada para que pudéssemos trazer os melhores em cada uma das dez modalidades. Estamos muito confiantes que faremos um grande trabalho e que levaremos muitas medalhas para a nossa nação”, disse o dirigente, lembrando que quatro dos convocados já disputaram Jogos Paralímpicos e/ou subiram ao pódio em Mundiais.
Dos 96 convocados, 68 (70,8%) são do sexo masculino e 28 (29,2%) do sexo feminino. Deles, 45% integram projetos de desenvolvimento esportivo do Comitê Paralímpico Brasileiro. A média de idade é de 17,3 anos, sendo que 10% dos 96 atletas têm 15 anos ou menos. Confira mais sobre o perfil da delegação.
Os atletas do basquete em cadeira de rodas, tênis de mesa e futebol PC (paralisados cerebrais) foram os primeiros a chegar em Bogotá e desembarcaram na noite da última quarta-feira, 31, após ficarem dois dias concentrados no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. Na quinta-feira, 1º, já realizaram os primeiros treinos na capital colombiana. “Apesar de já estar acostumado com o frio de Porto Alegre, Bogotá, além da temperatura baixa, ainda tem a questão da altitude que interfere um pouco durante as atividades”, disse o jogador de basquete gaúcho Matheus Alan Kist, 17, referindo-se aos 14º C registrados na cidade na tarde desta quinta-feira e aos 2.640m de altitude em relação ao nível do mar.
Das quatro edições anteriores do Parapan de Jovens, o Brasil só não participou da primeira, em Barquisimeto, na Venezuela, no ano de 2005. Quatro anos depois, em Bogotá, a delegação brasileira estreou no evento com 134 medalhas (78 de ouro, 39 de prata e 17 de bronze). Em 2013, na cidade de Buenos Aires (ARG), o país teve o seu melhor desempenho e foi campeão com 209 pódios (102 ouros, 65 pratas e 42 bronzes). Já em 2017, em São Paulo, última vez em que os Jogos Parapan-Americanos de Jovens foram realizados, o Brasil voltou a liderar o quadro de medalhas, com 139 no total: 66 de ouro, 41 de prata e 32 de bronze. A atual edição estava marcada para 2021, porém, devido à pandemia de Covid-19, foi adiada por duas vezes até junho deste ano.
O Parapan de Jovens é um celeiro de talentos para o paradesporto mundial. No caso do Brasil, nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, pelo menos quatro campeões disputaram a competição juvenil. O fundista Yeltsin Jacques, ouro nos 1.500m e 5.000m da classe T11 (cegos), o nadador Talisson Glock, campeão nos 400m livre da classe S6 (comprometimentos físico-motores), e o jogador de goalball Romário Marques estiveram nos Jogos Parapan-Americanos de Jovens de Bogotá 2009. Já a halterofilista Mariana D’Andrea, ouro na categoria até 73 kg, competiu no Parapan de Jovens de São Paulo 2017.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)