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Delegação brasileira embarca para Parapan de Jovens de Bogotá nesta quarta-feira

Amanda Beatriz Braz se posiciona na quadra de goalball, com a camisa azul do Brasil e o número 2 às costas | Foto: Arquivo pessoal
A delegação brasileira do Parapan de Jovens começa a embarcar para Bogotá, Colômbia, nesta quarta-feira, 31. Depois de dois dias de concentração no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, parte dos 96 convocados chegará à capital colombiana, que está duas horas atrás em relação ao horário de Brasília, ainda nesta noite.

A cerimônia de abertura, bem como as primeiras disputas acontecerão no próximo sábado, 3 de junho. Nesta data inaugural, haverá partidas de basquete em cadeira de rodas e tênis de mesa. 

Bronze entre os adultos no último mundial de tênis de mesa paralímpico, disputado em Granada, Espanha, em novembro do ano passado, o paulista Lucas Arabian, 17, da classe 5, afirmou que está com as expectativas muito altas para a competição.

“Mesmo com a experiência internacional, o Parapan de Jovens é diferente e será minha estreia no torneio. Então, estou concentrado ao máximo e espero trazer um ouro para o Brasil”, disse Lucas, um dos quatro representantes do Brasil na Colômbia que já disputaram Jogos Paralímpicos e/ou subiram ao pódio em Mundiais. 

Além dessas duas modalidades, o Brasil será representado em mais oito, totalizando dez, com a seguinte composição: 16 atletas no basquete em cadeira de rodas, oito na bocha, 10 no futebol de cegos, 12 no futebol PC (paralisados cerebrais), 10 no goalball, cinco no judô, 16 no halterofilismo, oito no tênis de mesa, três no tênis em cadeira de rodas e oito no vôlei sentado.

No domingo, 4, começarão as disputas de futebol PC, goalball, judô e tênis em cadeira de rodas. As outras quatro modalidades com atletas do Brasil vão estrear na quarta-feira, 7, quinta-feira, 8, e sexta-feira, 9.  Confira a programação aqui.

E quando a Seleção Brasileira feminina de base de goalball entrar em quadra, a mineira Amanda Beatriz Braz, 18, fará sua estreia em uma competição oficial com as cores do país. “O coração está acelerado, batendo forte, muito ansiosa. O primeiro passo que um atleta pode dar é na base. A expectativa está muito alta, mas estou firme para não perder o foco. Espero que o Parapan traga ainda mais novidades para a minha carreira”, declarou em entrevista à Agência Brasil. 

No dia 7, a Seleção Brasileira de futebol de cegos realizará seu primeiro jogo no Parapan de Jovens, contra o México, às 13h (de Brasília). No dia seguinte, os atletas de vôlei sentado e bocha farão suas estreias na capital colombiana. Por fim, no dia 9, será a vez dos halterofilistas iniciarem suas provas na Colômbia. O evento será finalizado no dia 12 de junho, com as últimas partidas de bocha e vôlei sentado. Na mesma data, ocorrerá a cerimônia de encerramento. 
 
Dos 96 convocados, 68 (70,8%) são do sexo masculino e 28 (29,2%) do sexo feminino. Eles são oriundos de 20 unidades federativas do país e 45% integram projetos de desenvolvimento esportivo do Comitê Paralímpico Brasileiro. A média de idade dos brasileiros é de 17,39 anos, sendo que 10% dos 96 atletas terão 15 anos ou menos durante a competição. 

O futebol PC e o de cegos serão praticados apenas por atletas do sexo masculino. Nos outros oito esportes, as 28 representantes femininas estarão distribuídas desta maneira: quatro no basquete em cadeira de rodas, quatro na bocha, cinco no goalball, quatro no halterofilismo, duas no judô, quatro no tênis de mesa, uma no tênis em cadeira de rodas e quatro no vôlei sentado. Confira mais sobre o perfil da delegação. 

Histórico
O Brasil estreou no evento com 134 medalhas (78 de ouro, 39 de prata e 17 de bronze), em Bogotá, no ano de 2009. Quatro anos depois, na cidade de Buenos Aires (ARG), o país teve o seu melhor desempenho e foi campeão com 209 pódios (102 ouros, 65 pratas e 42 bronzes).

Já em 2017, em São Paulo, última vez em que os Jogos Parapan-Americanos de Jovens foram realizados, o Brasil voltou a liderar o quadro de medalhas, com 139 no total: 66 de ouro, 41 de prata e 32 de bronze. 

O Parapan de Jovens é um celeiro de talentos para o paradesporto mundial. No caso do Brasil, nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, pelo menos quatro campeões disputaram a competição juvenil.  O fundista Yeltsin Jacques, ouro nos 1.500m e 5.000m da classe T11 (cegos), o nadador Talisson Glock, campeão nos 400m livre da classe S6 (comprometimentos físico-motores), e o jogador de goalball Romário Marques estiveram nos Jogos Parapan-Americanos de Jovens de Bogotá 2009. Já a halterofilista Mariana D’Andrea, ouro na categoria até 73 kg, competiu no Parapan de Jovens de São Paulo 2017. 
 
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

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