Os Jogos Parapan-Americanos de Jovens de Bogotá começarão no dia 2 de junho, ou seja, daqui a um mês. A delegação brasileira será composta por 96 atletas e dois calheiros em dez modalidades na capital colombiana.
A convocação feita pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), no último dia 20 de abril, contempla 16 atletas do basquete em cadeira de rodas, oito da bocha, 10 do futebol de cegos, 12 do futebol PC (paralisados cerebrais), 10 do goalball, cinco do judô, 16 do halterofilismo, oito do tênis de mesa, três do tênis em cadeira de rodas e oito do vôlei sentado.
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O evento é destinado para competidores de 12 a 20 anos (ou que completaram ou farão 21 anos ainda em 2023), oriundos de 21 países das Américas. De acordo com o Comitê Organizador Local (LOC, na sigla em inglês), haverá cerca de 900 atletas, ao todo, de 2 a 12 do próximo mês em Bogotá.
O Brasil será representado por uma delegação com média de idade de 17,39 anos. A integrante mais nova é a jogadora de goalball Ana Beatriz Araújo, 13, nascida no dia 6 de setembro de 2009, em Fortaleza (CE). Já o mais velho é o paulista Lucas Harada, 21, do vôlei sentado. Ele nasceu no dia 21 de fevereiro de 2002, em Mogi das Cruzes.
Em relação aos gêneros, a delegação brasileira será composta por 68 atletas do sexo masculino (70,8%) e 28 (29,2%), do feminino. Das dez modalidades em que o Brasil competirá, duas são disputadas apenas por jogadores masculinos: futebol de cegos e futebol PC.
Nos outros oito esportes, as 28 representantes femininas serão divididas desta maneira: quatro no basquete em cadeira de rodas, quatro na bocha, cinco no goalball, quatro no halterofilismo, duas no judô, quatro no tênis de mesa, uma no tênis em cadeira de rodas e quatro no vôlei sentado.
Dos 96 atletas brasileiros convocados, 94 têm algum tipo de deficiência. As exceções são os dois goleiros do futebol de cegos. São 71 competidores com comprometimentos físico-motores, ou seja, 75,53%, e 23 (24,47%) com deficiência visual: oito no futebol de cegos, 10 no goalball e cinco no judô.
O Parapan de Jovens é um celeiro de talentos para o paradesporto mundial. No caso do Brasil, nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, pelo menos quatro campeões disputaram a competição juvenil. O fundista Yeltsin Jacques, ouro nos 1.500m e 5.000m da classe T11 (cegos), o nadador Talisson Glock, campeão nos 400m livre da classe S6 (comprometimentos físico-motores), e o jogador de goalball Romário Marques estiveram nos Jogos Parapan-Americanos de Jovens de Bogotá 2009. Já a halterofilista Mariana D’Andrea, ouro na categoria até 73 kg, competiu no Parapan de Jovens de São Paulo 2017.
Das quatro edições anteriores do Parapan de Jovens, o Brasil só não participou da primeira, em Barquisimeto, na Venezuela, no ano de 2005. Quatro anos depois, em Bogotá, a delegação brasileira estreou no evento com 134 medalhas (78 de ouro, 39 de prata e 17 de bronze). Em 2013, na cidade de Buenos Aires (ARG), o país teve o seu melhor desempenho e foi campeão com 209 pódios (102 ouros, 65 pratas e 42 bronzes).
Já em 2017, em São Paulo, última vez em que os Jogos Parapan-Americanos de Jovens foram realizados, o Brasil voltou a liderar o quadro de medalhas, com 139 no total: 66 de ouro, 41 de prata e 32 de bronze. A atual edição estava marcada para 2021, porém, devido à pandemia de Covid-19, foi adiada por duas vezes até junho deste ano.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)