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Parapan de Jovens: Brasil tem medalhistas mundiais e atletas que já disputaram Jogos Paralímpicos 

Lara Lima durante competição de halterofilismo no CT Paralímpico, em São Paulo | Foto: Alessandra Cabral/CPB
A delegação brasileira convocada para os Jogos Parapan-Americanos de Jovens de Bogotá é composta por 96 atletas, dentre os quais há medalhistas mundiais e representantes do país nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020. 

A competição de jovens será disputada entre os dias 2 e 12 de junho, na capital colombiana, com atletas brasileiros presentes em dez modalidades. A delegação se reúne no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, a partir da próxima segunda-feira, 29, e parte dela embarcará para a Colômbia na quarta-feira, 31. 

Entre os convocados para o Parapan, duas participaram dos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020: a halterofilista mineira Lara Lima e a mesatenista goiana Lethícia Rodrigues, ambas com 20 anos de idade. 

Na capital japonesa, Lara, então com 18 anos, ficou na sétima posição entre as competidoras da categoria até 41 kg. Já Lethícia, que completou 19 anos logo após voltar de Tóquio, foi eliminada nas quartas de final na disputa individual feminina da classe 8. 

“Estou me preparando muito para conseguir o melhor resultado em Bogotá, cuidando de cada detalhe para trazer uma medalha. Apesar de já ter disputado os Jogos Paralímpicos, vai ser meu primeiro Parapan de Jovens. Uma experiência nova e que tem tudo para ser inesquecível”, afirmou Lara.

A mineira também compõe a lista de medalhistas mundiais que estarão na capital colombiana. No Mundial de halterofilismo paralímpico de Tbilisi, Geórgia, em 2021, ela foi ouro na categoria Júnior. 

Outros convocados também subiram ao pódio em uma edição de Mundial, mas, nesse caso, entre os adultos. Os mesatenistas Sophia Kelmer, 15, e Lucas Arabian, 17, foram bronze em Granada, Espanha, em novembro do ano passado. 

A carioca, que tinha 14 anos à época, conquistou a medalha na disputa individual da classe 8. Atualmente, ela lidera o ranking sub-23 e é a quarta colocada no sênior. O paulista também foi premiado nas simples, mas na classe 5. 

“Estou muito feliz pela convocação e por participar do meu primeiro Parapan de Jovens. Muitos atletas começaram suas trajetórias no evento. Embora seja minha estreia nesta competição, eu já tive a oportunidade de enfrentar as melhores mesatenistas do mundo em torneios adultos. Então, para mim, é muito legal saber que sou jovem, mas que já conquistei coisas importantes internacionalmente”, avaliou Sophia, uma dos 10 atletas que terão 15 anos ou menos durante os Jogos Parapan-Americanos de Jovens de Bogotá. 

Considerando os 96 convocados, a média de idade da delegação brasileira é de 17,39 anos e 45% dos atletas são de projetos de desenvolvimento esportivo do CPB. São 68 esportistas do sexo masculino (70,8%) e 28 (29,2%), do feminino, oriundos de 20 unidades federativas do país e divididos em dez modalidades: 16 no basquete em cadeira de rodas, oito na bocha, 10 no futebol de cegos, 12 no futebol PC (paralisados cerebrais), 10 no goalball, cinco no judô, 16 no halterofilismo, oito no tênis de mesa, três no tênis em cadeira de rodas e oito no vôlei sentado. Duas delas são disputadas apenas por jogadores masculinos: futebol de cegos e futebol PC. 

Nos outros oito esportes, as 28 representantes femininas serão divididas desta maneira: quatro no basquete em cadeira de rodas, quatro na bocha, cinco no goalball, quatro no halterofilismo, duas no judô, quatro no tênis de mesa, uma no tênis em cadeira de rodas e quatro no vôlei sentado. Confira mais sobre o perfil da delegação. 

Esta será a quarta participação do Brasil no evento – a exceção foi em Barquisimeto, na Venezuela, no ano de 2005. Quatro anos depois, em Bogotá, a delegação brasileira estreou no evento com 134 medalhas (78 de ouro, 39 de prata e 17 de bronze). Em 2013, na cidade de Buenos Aires (ARG), o país teve o seu melhor desempenho e foi campeão com 209 pódios (102 ouros, 65 pratas e 42 bronzes).

Já em 2017, em São Paulo, última vez em que os Jogos Parapan-Americanos de Jovens foram realizados, o Brasil voltou a liderar o quadro de medalhas, com 139 no total: 66 de ouro, 41 de prata e 32 de bronze. 

O Parapan de Jovens é um celeiro de talentos para o paradesporto mundial. No caso do Brasil, nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, pelo menos quatro campeões disputaram a competição juvenil.  O fundista Yeltsin Jacques, ouro nos 1.500m e 5.000m da classe T11 (cegos), o nadador Talisson Glock, campeão nos 400m livre da classe S6 (comprometimentos físico-motores), e o jogador de goalball Romário Marques estiveram nos Jogos Parapan-Americanos de Jovens de Bogotá 2009. Já a halterofilista Mariana D’Andrea, ouro na categoria até 73 kg, competiu no Parapan de Jovens de São Paulo 2017. 
 

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)
 

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