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Paralímpico Brasileiro

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Roraimense de 16 anos nada em tempo de top-10 nacional no Meeting Paralímpico Loterias Caixa de Boa Vista

Maria Clara Andrade em ação no Meeting de Boa Vista | Foto: Saulo Cruz/CPB

A nadadora Maria Clara Andrade, 16, da classe S9 (limitação físico-motora), nadou os 50m livre em 33s95 e registrou o que seria o sétimo tempo nacional de 2023, durante o Meeting Paralímpico Loterias Caixa de Boa Vista, Roraima, na manhã deste sábado, 18.

A competição reuniu 105 atletas de alto rendimento e base na Vila Olímpica Roberto Marinho para provas de atletismo, natação e tiro com arco. Maria Clara é natural da capital roraimense e nasceu com má formação congênita, sem a mão direita.

“Baixei bastante meu tempo nas provas. Estou muito feliz. Com as marcas de hoje, consegui me classificar para cinco provas da Fase Nacional das Paralimpíadas Escolares”, afirmou a jovem, que já figurava no top-10 brasileiro da temporada passada nos 50m livre, com a marca de 34s22. Nesta manhã, ela competiu na Seletiva Estadual das Paralimpíadas Escolares, uma das disputas que compõem o Meeting (veja mais abaixo). Também nadou os 100m peito (2min14s59), 100m livre (1min24s56) e 100m costas (2min51s80). 

Além de Maria, outro destaque da competição deste sábado em Boa Vista foi o arqueiro Yan Carlos Ramos, 28. Até março deste ano, o esporte paralímpico não fazia parte da rotina do roraimense, natural de Caracaraí, terceiro município mais populoso do Estado. Oficial do Exército Brasileiro, ele sofreu um acidente de moto em 2015 e ficou paraplégico. “Sirvo na Brigada de Infantaria de Selva. Treino tiro com arco duas horas por dia, todos os dias”, contou Yan para explicar sua rápida evolução na classe W2 (para atletas com deficiências graves, em três ou quatro membros). Se em março ele mal sabia segurar o arco, agora ele conta com próprio equipamento para treinar em casa e ficou com o ouro no Meeting. 

Entre os competidores do atletismo, esteve o primeiro atleta do Centro de Referência do CPB em Roraima, o velocista Maziel Oliveira, da classe T47 (deficiência nos membros superiores). Com má formação congênita no braço direito, o boa-vistense de 21 anos atingiu os tempos de 12s19, nos 100m, e 24s53, nos 200m, garantindo a medalha de ouro nas duas provas. “Competir na minha cidade significa muito pra mim em termos de saúde e autoestima. Desde que comecei no esporte, eu me inspiro no Petrúcio Ferreira. Ele, junto com meus professores, é o motivo pelo qual estou no atletismo”, afirmou Maziel, que tem até foto com o seu ídolo paraibano, tetracampeão mundial e bicampeão paralímpico nos 100m T47. 

Quem também treina no Centro de Referência é o venezuelano refugiado Aníbal Bello, 55. Medalhista de bronze nos Jogos Paralímpicos de Atenas 2004 no revezamento 4x100m das classes T11 a T13 (para pessoas com deficiência visual), Aníbal também disputa provas de campo. Há 20 anos, na Grécia, ele ainda competiu no lançamento de dardo e no arremesso de peso da classe F11. No Meeting, neste sábado, fez as marcas de 9,08m no arremesso de peso e 24,71m no lançamento de disco. 

Os Centros de Referência fazem parte do Plano Estratégico do CPB, elaborado em 2017 e revisitado em 2021. O objetivo do projeto é aproveitar espaços esportivos em estados de todas as Regiões do país para oferecer modalidades paralímpicas, desde a iniciação até o alto rendimento. 


Meeting Paralímpico em 2024
A temporada do Meeting Paralímpico Loterias Caixa de 2024 começou em fevereiro com etapas simultâneas em Porto Alegre (RS) e Rio Branco (AC). O evento já passou, também, por Florianópolis (SC), Porto Velho (RO), Curitiba (PR), Cuiabá (MT), Salvador (BA), Campo Grande (MS), Goiânia (GO), Aracaju (SE), Recife (PE), Palmas (TO), Belo Horizonte (MG), João Pessoa (PB), Natal (RN), Vitória (ES), Rio de Janeiro (RJ) e Fortaleza.  Neste sábado, também houve uma etapa em Teresina (PI). A competição volta no próximo sábado, 25, em São Luís (MA) e Manaus (AM). 

Neste ano, o evento oferece mais modalidades e passará por todas as capitais brasileiras. Em 2024, além de competições de atletismo, natação e halterofilismo organizadas pela Diretoria de Esportes de Alto Rendimento (DEAR) do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), os Meetings também recebem etapas regionais de competições organizadas pela Diretoria de Desenvolvimento Esportivo (DDE): Paralimpíadas Escolares, Paralimpíadas Universitárias, Paralimpíadas Militares e Intercentros (competição entre alunos dos Centros de Referência do CPB, projeto que aproveita espaços esportivos em estados de todas as regiões do país para oferecer modalidades paralímpicas, desde a iniciação até o alto rendimento). Com isso, os Meetings passam a abrigar também disputas em três novas modalidades: bocha, tiro com arco e tiro esportivo.

O Meeting Paralímpico Loterias Caixa tem o objetivo de desenvolver o paradesporto em todo o território nacional, com a participação de novos talentos e atletas de elite. É idealizado e organizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) desde 2021, como uma atualização dos tradicionais Circuitos Loterias Caixa, que já eram realizados desde 2005. Entre 2021 e 2023, reunia provas de atletismo, natação e halterofilismo, sendo que cada cidade sediava disputas de, pelo menos, uma dessas modalidades.

Patrocínios
As Loterias Caixa são a patrocinadora oficial do Meeting Paralímpico Loterias Caixa
As Loterias Caixa e a Braskem são as patrocinadoras oficiais do atletismo
As Loterias Caixa são a patrocinadora oficial da natação
As Loterias Caixa são a patrocinadora oficial da bocha
As Loterias Caixa são a patrocinadora oficial do tiro esportivo

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

PATROCINADORES

  • Toyota
  • Braskem
  • Loterias Caixa

APOIADORES

  • Ajinomoto

PARCEIROS

  • The Adecco Group
  • EY Institute
  • Cambridge
  • Estácio
  • Governo do Estado de São Paulo

FORNECEDORES

  • Max Recovery