Entre os representantes do projeto, o maranhense André Martins e a paulista Nicole Ferreira foram os únicos representantes do projeto a conquistar duas medalhas na competição.
André, atleta da bocha pela classe BC4 (que não recebem assistências), garantiu o ouro na disputa individual e na dupla mista com a paraibana Laissa Guerreira.
O jovem tem Distrofia de Duchenne, doença genética degenerativa. Ele descobriu a Escolinha enquanto buscava na internet um meio de jogar tênis de mesa. Logo ao chegar no CT, conheceu a bocha, modalidade pela qual se apaixonou.
Já Nicole, da classe 3, se sagrou campeã nas duplas mistas XD4-10 (cadeirantes) com o paulista Lucas Arabian, da classe 5. E conquistou o bronze nas disputas individuais das classes 1 a 3.
“Encerro minha participação com muito orgulho e determinação. Eram provas multiclasses e ainda é difícil para mim jogar com meninas de classes mais fortes, então quando recebi o bronze fiquei muito emocionada. Um bronze que vale como um ouro. E logo depois, conquistei o tão sonhado ouro nas duplas mistas com o Lucas. Acredito que nossas estratégias e comunicação foram essenciais para alcançarmos o primeiro lugar. Só tenho a agradecer a todos que acreditaram em mim e tenho muito orgulho de dizer que sou da Escolinha Paralímpica de Esportes”, comentou a jovem.
Os brasileiros conquistaram ao todo 52 medalhas que fizeram do país campeão em nove das dez modalidades em que participou – a exceção foi a Seleção de futebol PC, medalhista de prata, e no basquete em cadeira de rodas houve um empate com a Argentina. Cada nação ficou com um ouro e uma prata. Na capital colombiana, o Brasil conquistou sua 500ª medalha na história do evento e chegou a 534 pódios nas quatro edições em que competiu.
No quadro de medalhas dos 10 esportes em que o Brasil esteve presente, a Argentina terminou na segunda colocação, com 33 pódios (oito ouros, 13 pratas e 12 bronzes), seguida pela Colômbia, que obteve 31 conquistas (oito ouros, 13 pratas e 10 bronzes). No ranking geral, considerando também natação e atletismo, a delegação brasileira ficou na quarta posição, atrás de Colômbia (52 ouros), Argentina (36) e México (33).
Escola Paralímpica de Esportes
A Escola Paralímpica de Esportes é idealizada e realizada pelo CPB e tem como objetivo promover a iniciação de crianças com deficiência física, visual e intelectual, na faixa etária de 7 a 17 anos, em treze modalidades paralímpicas.
São oferecidas aulas de atletismo, badminton, bocha, esgrima em cadeira de rodas, futebol de cegos, goalball, halterofilismo, judô, natação, tênis de mesa, tiro com arco, triatlo e vôlei sentado. Todas compõem o atual programa dos Jogos Paralímpicos, estabelecido pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC, sigla em inglês).
Os alunos são atendidos dois dias por semana, divididos em turmas às segundas e quartas-feiras e terças e quintas-feiras, em dois horários: das 14h às 15h30 e das 16h às 17h30.
As crianças recebem uniforme e lanche durante a estadia no CT Paralímpico. Também é disponibilizado transporte em locais estratégicos da Grande São Paulo. Todos os serviços são oferecidos gratuitamente. Para mais informações sobre o projeto, entrar em contato pelo e-mail: escolaparalimpica@cpb.org.br.
Patrocínios
A Escola Paralímpica de Esporte conta com o patrocínio do Grupo Volvo via Lei de Incentivo ao Esporte do Governo Federal.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)