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Cinco fatos que marcaram a participação brasileira no Parapan de Jovens de Bogotá 2023 

Seleções masculina e feminina de vôlei sentado posam com medalhas no Coliseu El Salitre, Colômbia; ambas foram campeãs | Foto: Marcello Zambrana/CPB
Os Jogos Parapan-Americanos de Jovens de Bogotá se encerraram nesta segunda-feira, 12, com 52 medalhas brasileiras na capital colombiana: 30 ouros, 13 pratas e nove bronzes.

O país foi representado por 96 atletas de 19 estados e o DF em 10 modalidades, entre os dias 3 e 12 de junho: basquete em cadeira de rodas, bocha, futebol de cegos, futebol de paralisados cerebrais, goalball, halterofilismo, judô, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas e vôlei sentado. Não houve representantes no atletismo e na natação. A competição reuniu 20 países na capital colombiana.

O Brasil liderou nove das 10 modalidades em que participou  – a exceção foi a Seleção de futebol PC, medalhista de prata, e no basquete em cadeira de rodas houve um empate com a Argentina. Cada nação ficou com um ouro e uma prata. Na capital colombiana, o Brasil conquistou sua 500ª medalha na história do evento e chegou a 534 pódios nas quatro edições em que competiu.

Das quatro edições anteriores do Parapan de Jovens, o Brasil só não participou da primeira, em Barquisimeto, na Venezuela, no ano de 2005. A última havia sido no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, no ano de 2017. Após seis anos de hiato, os Jogos Parapan-Americanos de Bogotá 2023 ficaram marcados na história da delegação brasileira. Confira cinco destaques da participação do país no evento na capital colombiana:

Medalha 500 do Brasil na história do Parapan de Jovens
A 500ª medalha do Brasil na história dos Jogos Parapan-Americanos de Jovens veio no dia 7 de junho, com a dupla masculina de tênis em cadeira de rodas formada pelo mineiro Luiz Augusto Calixto e o paulista Lorenzo Godoy. Ambos foram superados pelos argentinos Benjamín Silvetti e Gonzalo Enrique Lazarte, por 2 sets a 0 (parciais 6/2 e 6/1), no Centro de Alto Rendimento, e ficaram com a prata. 

“Estou muito honrado em ajudar nesta marca tão importante para o Brasil. Esperava a medalha de ouro, mas estou feliz pela conquista da prata”, disse Lorenzo, 24º do ranking mundial Júnior. Ele tem mielomeningocele e começou no tênis em cadeira de rodas há cinco anos. Antes, jogava basquete em cadeira de rodas.

“Foi uma partida disputada. Poderíamos ter ido melhor e ter trocado mais bolas com os argentinos, mas faz parte. Foi uma grande experiência, de qualquer forma”, opinou Luiz, 22º do ranking mundial Júnior. Os argentinos Gonzalo e Benjamín são 14º e 17º, respectivamente.

Dobradinha no vôlei
Na segunda-feira, 12, último dia do Parapan de Jovens, o vôlei sentado fez uma dobradinha no Coliseu El Salitre. A Seleção masculina disputou a final contra a Venezuela e saiu vitoriosa com um placar de 3 sets a 0 (25/10, 25/14 e 25/16). “O ouro representa todos os treinos feitos nos últimos meses. Durante a competição, conseguimos colocar tudo em prática o que treinamos. Também é um prêmio a todos que nos ajudaram nessa jornada”, afirmou o paulista Lucas Harada, 21, que nasceu com má-formação na mão direita. Ele foi eleito o melhor jogador do Parapan de Jovens.

Na decisão feminina, a Seleção venceu a Argentina, por 3 sets a 0 (parciais 25/15, 25/8 e 25/15), e terminou a competição sem perder nenhum set. “Tem um sabor especial ganhar da Argentina. Por mais que elas sejam nossas amigas fora de quadra, no jogo, cada uma quer defender o país e sabemos que é uma rivalidade histórica”, afirmou a paulista Yasmin Camargo, capitã do Brasil e eleita melhor jogadora de vôlei sentado do torneio. Ela tem má-formação congênita na perna direita.

Cinco ouros de cinco possíveis no judô 
No segundo dia de disputas, 4 de junho, também no Coliseu El Salitre, os judocas brasileiros Marcelo Casanova, Danilo Gerônimo, Helen Machado, Kelly Victorio e Gabriel Rodrigues faturaram cinco medalhas douradas.

Um dos porta-bandeiras do Brasil na cerimônia de abertura dos Jogos Parapan-Americanos de Jovens, o gaúcho Marcelo Casanova, 19, quarto do ranking mundial adulto da classe J2 (baixa visão) até 90 kg, venceu o dominicano Gabriel Macey em uma disputa de três lutas na categoria acima de 81 kg. Situação semelhante à do rondoniense Danilo Gerônimo, que levou a melhor contra o argentino Lautaro Aguilar na classe J1 (cegos) até 81 kg. 

“É a materialização de um trabalho que está dando certo. São dois anos de treinos e competições com a Seleção principal de judô. Muito feliz com essa medalha no peito. Ela mostra que o caminho trilhado tem sido de sucesso”, disse Marcelo, que, em nove meses, saltou da 16ª posição do ranking mundial adulto para a quarta. 

No mesmo sistema, a sul-mato-grossense Kelly Victório, (J2) acima de 63 kg, derrotou a argentina Candela Pogonza. Outra sul-mato-grossense, Helen Machado, (J2) até 63 kg, participou de uma chave com mais duas judocas e superou ambas: a chilena Estefânia Martínez e a colombiana Lina Arbelaez. 

Por fim, Gabriel Rodrigues, (J1) até 55kg, também do Mato Grosso do Sul, esteve em uma chave com mais três adversários: o venezuelano Carlos Parra, o colombiano Manuel García e o argentino Antonio Quintara. O brasileiro saiu vitorioso de todos os duelos. 

Primeiro ouro da Escola Paralímpica de Esportes no Parapan de Jovens
Já no terceiro dia de competições, 5 de junho, no Centro de Alto Rendimento, a mesatenista paulista Nicole Santos, da classe 3, foi a primeira aluna da Escola Paralímpica de Esportes, projeto de iniciação esportiva do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), a conquistar uma medalha de ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Jovens.

Na decisão das duplas mistas XD4-10 (cadeirantes), ela e o paulista Lucas Arabian, classe 5, ficaram com o ouro após superarem a dupla formada pelo brasileiro Carlos Eduardo Moraes e pela salvadorenha Josselyn Miranda, por 3 sets a 0 (parciais 11/6, 11/4 e 11/5). 

“Graças à Escolinha, conquistei medalhas para o Brasil no Parapan de Jovens da Colômbia. Por isso, digo para todos os jovens com deficiência participarem do projeto. Vale muito a pena”, avaliou Nicole, 18, que também faturou um bronze na chave individual.

Aumento de 114% nas medalhas do halterofilismo 
Nos Jogos Parapan-Americanos de Jovens de 2017, o halterofilismo brasileiro conquistou sete medalhas: três de ouro, duas de prata e duas de bronze. Além disso, a competição revelou a paulista Mariana D’Andrea, campeã paralímpica em Tóquio. 

Mas foi na edição de Bogotá 2023 que os brasileiros da modalidade subiram mais vezes ao pódio. Com 16 atletas convocados, o Brasil liderou o quadro de medalhas do halterofilismo, conquistando 15 medalhas (oito ouros, quatro pratas e três bronzes) – número 114% superior ao registrado na capital paulista há seis anos. 

“Foi uma manhã [de domingo, 11 de junho] incrível e de ótimos resultados, representando o Brasil. Acredito que o Parapan tenha sido de grande aprendizado para todos nós. Estou muito feliz pelo ouro”, disse o halterofilista mineiro Marco Túlio Cruz, campeão por equipes mistas e que também subiu ao lugar mais alto do pódio na disputa masculina individual pela categoria até 54 kg. 

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

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