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Só falta uma: Brasil chega a 499 medalhas em Parapan de Jovens 

Lucas Arabian e Nicole Santos mostram suas medalhas de ouro no Parapan de Jovens de Bogotá | Foto: Alessandra Cabral/CPB
*Matéria atualizada às 21h43

O Brasil conquistou cinco medalhas, três de ouro, uma de prata e uma de bronze, no Parapan de Jovens de Bogotá, nesta segunda-feira, 5, segundo dia de premiações na capital colombiana. Com esses pódios, o país chegou a 17 na atual edição: 11 ouros, três pratas e três bronzes. Na história do evento, são 499 medalhas, ou seja, o país está a uma da 500ª. Nas três edições anteriores, os atletas brasileiros somaram 482 pódios: 246 ouros, 145 pratas e 91 bronzes. Neste ano, o Brasil não tem representantes no atletismo e na natação, mas lidera o quadro geral de medalhas, seguido por México (cinco ouros e cinco bronzes), Chile (quatro ouros, três pratas e três bronzes) e Colômbia (três ouros, cinco pratas e cinco bronzes). 

O evento teve início no último sábado, 3, e reúne 20 países na capital colombiana até a próxima segunda-feira, 12. A delegação brasileira tem 96 atletas de 19 estados e o DF em 10 modalidades. 

O primeiro ouro brasileiro do dia foi conquistado pela carioca Sophia Kelmer e a goiana Lethicia Lacerda, ambas da classe 8 e finalistas da chave individual das classes 6 a 8. Nas duplas WD14-20, que comportam atletas cujas suas classes, somadas, fiquem entre 14 e 20, elas superaram a brasileira Karina Moura e a chilena Joseline Yevenes, por 3 sets a 1 (parciais 11/6, 8/11, 11/4 e 11/9), na decisão. Pelo regulamento da competição, o pódio da paulista Karina Moura não foi contabilizado, pois sua dupla era de outro país. Elas foram premiadas, mas suas conquistas não irão constar no quadro de medalhas.

“Eu e a Sophia nos damos muito bem. Ontem [domingo], fomos adversárias na final individual, mas é uma rivalidade que fica na mesa. Fora dela, a gente conversa muito e gostamos das mesmas coisas. Inclusive, ficamos concentradas juntas. Por isso, a nossa dupla dá certo e vamos levar o ouro para o Brasil”, afirmou Lethicia, que voltará para o país com um “pódio completo”. Além do título nas duplas femininas e o vice na individual, ela também conquistou um bronze nas duplas mistas XD14-17, ao lado do paulista Jean Mashki, nesta segunda-feira. 

Nas duplas mistas XD4-10 (cadeirantes), os paulistas Lucas Arabian, classe 5, e Nicole Santos, classe 3, ficaram com o ouro após superarem a dupla formada pelo brasileiro Carlos Eduardo Moraes e pela salvadorenha Josselyn Miranda, por 3 sets a 0 (parciais 11/6, 11/4 e 11/5). Assim como a medalha da Karina, a de Carlos Eduardo também não entrará no quadro. 

“Eu e o Carlos temos uma rivalidade de longa data. A gente disputa as mesmas competições desde crianças. Ontem [domingo], ele teve muito mérito na vitória. Hoje, estou muito feliz por ter conquistado esse ouro para o Brasil ao lado da Nicole”, disse Lucas, 17, referindo-se à final individual das classes 1 a 5, na qual foi superado por Carlos por 3 sets a 2 (12/10, 11/7, 6/11, 5/11 e 11/6).

Nicole é a primeira aluna da Escola Paralímpica de Esportes, projeto de iniciação esportiva do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), a conquistar uma medalha de ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Jovens. Na última edição, em 2017, em São Paulo, a Escolinha ainda não havia sido inaugurada. “Graças à Escolinha, estou aqui, na Colômbia, e conquistando medalhas para o Brasil. Por isso, digo para todos os jovens com deficiência participarem do projeto. Vale muito a pena”, avaliou Nicole, 18, que também faturou um bronze na chave individual.

O terceiro ouro do Brasil nesta segunda-feira veio com o catarinense Gabriel Antunes e o paulista Jean Mashki, que venceram os colombianos Santiago Ramirez e Miguel Castro, na final da classe MD 14-18, por 3 sets a 2 (11/6, 8/11, 9/11, 11/6 e 11/6). “Foi um jogo muito difícil, mas, ao mesmo tempo, muito bom. Confesso que estava um pouco nervoso. Nós já tínhamos ganhado deles na fase de grupos, mas estava com dificuldades para receber o saque. Conversei com o técnico e acertamos os detalhes para sair com a vitória”, concluiu Jean.

A prata brasileira do dia também foi conquistada por Gabriel, mas ao lado de Sophia Kelmer, nas duplas mistas XD20. A disputa nessa classe foi feita em chave única, sem fases eliminatórias. Os brasileiros perderam uma partida e ganharam duas. Esse foi o último dia do tênis de mesa no Parapan de Jovens de Bogotá. O Brasil liderou o quadro de medalhas da modalidade, com seis ouros, três pratas e três bronzes. 

Ainda nesta segunda-feira, o Brasil estreou no futebol PC (paralisados cerebrais), com um empate por 2 a 2 contra a Argentina, no Campincito. A Seleção ficou duas vezes atrás no placar, com gols de Claudio Romero e Bautista Carboneti, mas buscou a igualdade com Cesinha, que balançou as redes adversárias em duas oportunidades. A primeira, em cobrança de pênalti, e a segunda, em uma linda jogada individual, na qual ele driblou três adversários e chutou com categoria para empatar a partida no último lance.

A Seleção masculina de basquete em cadeira de rodas derrotou os argentinos, por 58 a 54, na prorrogação, no Parque Cayetano Cañizares, e somou sua segunda vitória no Parapan. Já a feminina de goalball, que também duelou contra a Argentina nesta segunda-feira, foi superada por 11 a 8. A masculina ganhou seu segundo jogo na competição: 10 a 0 diante de Porto Rico. Ambos os jogos foram no Palácio dos Esportes. 

Nesta terça-feira, 6, nos esportes coletivos, a equipe feminina de goalball voltará à quadra, contra o Peru, às 14h15 (de Brasília). A masculina terá Cuba como adversária, às 13h. A Seleção feminina de basquete em cadeira de rodas vai encarar a Argentina, às 12h30, enquanto a masculina pegará o Chile, às 17h. O time de futebol PC, em seu segundo compromisso, vai encarar os anfitriões colombianos, às 11h. 

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

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