Essa foi a primeira vez que uma atleta cadeirante do país recebeu um convite para a Diamond League, um dos eventos de atletismo mais tradicionais do mundo. Além de ter recebido esse convite inédito, Aline é a única mulher brasileira a disputar edições de Jogos Paralímpicos de Inverno (PyeongChang 2018 e Pequim 2022), nas quais competiu em provas de esqui cross-country. Antes, em 2016, a paranaense também esteve nos Jogos Paralimpícos do Rio 2016 e participou de corridas em cadeira de rodas: 1.500 m e maratona.
Em Zurique, Aline disputou uma prova mista de perseguição, na qual cinco homens percorreram uma distância de 3.000 m e cinco mulheres fizeram um trajeto de 2.600 m, características e distância incomuns para a atleta. Sua ida para a Diamond League faz parte do seu aprimoramento em disputas de pista. Recentemente, ela esteve no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, para participar de um camping de atletismo liderado pelo ex-atleta norte-americano Adam Bleakney.
Adam foi medalha de prata nos 800 m T54 nos Jogos de Atenas 2004. Hoje, ele atua como treinador da seleção norte-americana de atletismo paralímpico e técnico-chefe da modalidade na Universidade de Illinois.
“Foi uma prova muito forte. Sabíamos que seria uma disputa dura. Precisaríamos correr abaixo dos 6min para chegar ao top-3. A Aline teve dificuldades para manter o ritmo, mesmo começando bem nas três primeiras voltas. Estamos muito honrados pelo convite e felizes pela oportunidade. Fomos recebidos com muito carinho por todos e estar aqui já é, para nós, uma grande conquista. Esperamos que surjam novos convites”, disse Fernando Orso, técnico de Aline.
Essa foi a segunda vez que um atleta paralímpico brasileiro participou de uma etapa da Diamond League neste ano. No último 16 de junho, Petrúcio Ferreira correu os 100 m em Oslo, capital da Noruega. Na oportunidade, ele chegou em segundo lugar.
No Estádio Bislett, o brasileiro terminou o percurso em 10s57, o mesmo tempo do primeiro colocado da disputa, o norueguês Salum Kashafali, da classe T12 (para atletas com deficiência visual). No entanto, o anfitrião levou vantagem por causa do posicionamento do seu peito na hora em que cruzou a linha de chegada, ou seja, a decisão foi no “fotochart”. A terceira colocação foi do argelino Skander Athman (T13), que finalizou o trajeto em 10s58.
Confira o resultado da prova de cadeirantes na Diamond League, em Zurique:
Catherine Debrunner (Suíça) – Feminino – 5min45s87
Manuela Schar (Suíça) – Feminino – 5min47s56
Marcel Hug (Suíça) – Masculino – 5min48s56
Danny Sidbury (Grã-Bretanha) – Masculino – 5min59s45
Patricia Eachus (Suíça) – Feminino – 6min00s50
Merle Menje (Alemanha) – Feminino – 6min03s28
Julien Casoli (França) – Masculino – 6min12s00
Nathan Maguire (Grã-Bretanha) – Masculino – 6min12s54
Putharet Khongrak (Tailândia) – Masculino – 6min28s74
Aline Rocha (Brasil) – Feminino – 6min30s38
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