No Estádio Bislett, o brasileiro terminou o percurso em 10s57, o mesmo tempo do primeiro colocado da disputa, o norueguês Salum Kashafali, da classe T12 (para atletas com deficiência visual). No entanto, o anfitrião levou vantagem por causa do posicionamento do seu peito na hora em que cruzou a linha de chegada, ou seja, a decisão foi no “fotochart”. A terceira colocação foi do argelino Skander Athman (T13), que finalizou o trajeto em 10s58.
Bicampeão paralímpico da prova na T47, Petrúcio competiu contra atletas de outras classes em Oslo. Na disputa da Diamond League, havia velocistas com deficiência visual (classes T11, T12 e T13) e amputados que competem com próteses (classes T62 e T64).
Apesar de não ter vencido a prova na capital norueguesa, o paraibano mantém o posto de atleta paralímpico mais rápido do mundo. No último dia 31 de março, durante o Desafio CPB/CBAt, realizado no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, ele bateu o recorde mundial da prova em sua classe ao terminar o percurso em 10s29.
À ocasião, o velocista superou sua própria marca de 10s42, obtida no Mundial de atletismo de Dubai, em 2019. Em provas individuais válidas oficialmente pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês), nenhum esportista paralímpico, na história, correu os 100 m abaixo destes dois tempos registrados por Petrúcio.
“Infelizmente, eu não tive uma boa saída. Mas também tenho de reconhecer o mérito do meu adversário [o norueguês Salum Kashafali]. Ele correu muito bem e tenho que aplaudi-lo na casa dele”, disse o paraibano, que também elogiou a organização da Diamond League.
“O evento foi maravilhoso. Só posso agradecer pela oportunidade de ter participado e dividido experiências com outros grandes atletas, inclusive do atletismo convencional brasileiro, como Alison dos Santos, Thiago Braz [ambos medalhistas olímpicos] e Rafael Pereira”, avaliou.
Petrúcio ainda comentou sobre a pista do Estádio Bislett e as condições climáticas em Oslo: “A pista é excelente. Choveu um pouco, mas atletas de alto rendimento precisam estar preparados para qualquer situação. Não é sempre que vou encontrar o sol e o calor de João Pessoa, onde costumo treinar”, finalizou o velocista, que, para chegar à Escandinávia, enfrentou uma “maratona” de quase 21 horas de viagem.
Confira o resultado dos 100 m na Diamond League:
1º Salum Kashafali (Noruega) – classe T12 – 10s57
2º Petrúcio Ferreira (Brasil) – classe T47 – 10s57
3º Skander Athmani (Argélia) – classe T13 – 10s58
4º Noah Malone (EUA) – classe T12 – 10s70
5º Felix Streng (Alemanha) – classe T64 – 10s80
6º Johannes Floors (Alemanha) – classe T62 – 10s97
7º Athanasios Gavelas (Grécia) – classe T11 – 11s04
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)