Nesta prova, Petrúcio, que é bicampeão paralímpico nos 100 m da classe T47 (para atletas com deficiência nos membros superiores), vai correr contra velocistas de outras classes. Na disputa em Oslo, haverá atletas com deficiência visual (classes T11, T12 e T13) e que competem com prótese (classes T62 e T64). Além de tentar vencer os 100 m, Petrúcio tem outro desafio na capital norueguesa: manter o posto de atleta paralimpico mais rápido do mundo.
No último dia 31 de março, durante o Desafio CPB/CBAt, realizado no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, ele bateu o recorde mundial da prova em sua classe ao terminar o percurso em 10s29. À ocasião, o velocista superou sua própria marca de 10s42, obtida no Mundial de atletismo de Dubai, em 2019. Em provas individuais válidas oficialmente pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês), nenhum esportista paralímpico, na história, correu os 100 m abaixo destes dois tempos registrados por Petrúcio
“Vencer a prova e continuar como o atleta paralimpico mais rápido do mundo é uma forma de fortalecer nosso trabalho, ainda mais em um evento como a Diamond League, visto por muitas pessoas”, disse o paraibano.
Entre os seis adversários de Petrúcio na Noruega, destaque para um atleta da casa. Nascido no Congo e naturalizado norueguês, Salum Kashafali, da classe T12, quase roubou posto do brasileiro durante os Jogos Paralímpicos de Tóquio. No ano passado, Salum fechou os 100 m em 10s43, apenas um centésimo acima do melhor tempo de Petrúcio, até então. A marca do norueguês na capital japonesa o garantiu a medalha de ouro e é o atual recorde mundial da sua classe.
Preparação
Para chegar à Escandinávia, Petrúcio enfrentou uma “maratona” de quase 21 horas de viagem. Ele saiu de João Pessoa na última segunda, 13, às 16h50 (de Brasília), aterrissou no Rio de Janeiro, pegou outro avião até Amsterdã, na Holanda, para, enfim, embarcar rumo a Oslo, onde chegou às 13h30 (também de Brasília) desta terça-feira, 14.
Nesta quarta, 15, após cumprir um período de descanso, o paraibano realizou um treino leve no local da prova. “Estou muito bem preparado para fazer o meu melhor. Gostei muito da pista. Ela é excelente. Espero sair daqui com uma ótima marca”, finalizou.
Confira a lista de atletas que vão competir com Petrúcio nos 100 m na Diamond League:
Athanasios Gavelas (Grécia) – classe T11
Salum Kashafali (Noruega) – classe T12
Noah Malone (EUA) – classe T12
Skander Athmani (Argélia) – classe T13
Felix Streng (Alemanha) – classe T64
Johannes Floors (Alemanha) – classe T62
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)