Centro de Treinamento
Paralímpico Brasileiro

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Arqueira cearense é ouro no Conexão Paralímpica às vésperas do Parapan

A arqueira Tércia Figueiredo compete no Conexão Paralímpica 2023 | Foto: Alessandra Cabral/CPB

A tenente reformada Tércia Figueiredo, 47, foi ouro no tiro com arco, na prova recurvo feminino ST/W2, durante as Paralimpíadas Militares nesta quinta-feira, 5, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. A competição faz parte da etapa nacional do Conexão Paralímpica 2023, evento organizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e que também inclui as Paralimpíadas Universitárias. 

O Conexão oferece disputas em cinco modalidades. As provas de atletismo, bocha, natação e tiro com arco vão até esta sexta-feira, 6, no CT. Já as de tiro esportivo acontecem na Escola de Educação Física da Polícia Militar, na zona norte da capital paulista. Participam 251 atletas de 18 estados e do Distrito Federal (AL, AP, BA, CE, ES, GO, MG, MS, MT, PA, PB, PE, PR, RJ, RN, RS, SC, SP). As Paralimpíadas Universitárias recebem 200 competidores e as Paralimpíadas Militares contam com 51 participantes.

“Minha raiz vem do serviço militar. Eu me esforcei muito para estar aqui, tem todo um envolvimento emocional com a prova. E vejo uma evolução da modalidade. Há pouco tempo, quase não tínhamos militares atletas do tiro com arco e, agora, há um número significativo. Muitos estão comprando material para treinar. Esse empenho do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) em trabalhar com os militares paralímpicos é muito importante”, afirmou Tércia, que representa o Círculo Militar de Fortaleza e também subiu ao lugar mais alto do pódio nas duplas mistas no Conexão. Nesta semana, 25 militares participam da Fase Nacional do Conexão Paralímpica.

A cearense está entre os convocados para representar o Brasil nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago, no Chile, que acontecerão de 17 a 26 de novembro. Para obter a vaga, Tércia se destacou na Seletiva, também realizada no CT Paralímpico, em setembro, e teve que superar as sequelas da Covid-19, contraída no final do ano passado.

“Treinei pouco neste ano. Só ia para a competição e, por vezes, passava mal. Tomava remédios e tentava dar meu melhor. Agora, está dando tudo certo, estou com as medicações adequadas e minha situação se estabilizando. Por isso, quando soube da convocação, chorei igual a uma criança. Foi como uma medalha de ouro. É uma conquista que não é só minha. Vem com todo um carinho dos amigos e da família. No Chile, quero sentar e me divertir. Se eu fizer o meu melhor, dificilmente a medalha vai escapar. Comprei material, estou treinando bastante, adaptando minha alimentação e fazendo fisioterapia respiratória para obter um bom resultado”, afirmou.

A participação de Tércia nas Paralimpíadas Militares também reforça a preparação dela ao Parapan. “É muito importante estar em competição. É uma rotina diferente dos treinos. Sem falar que me sinto em casa no Centro de Treinamento Paralímpico. Foi aqui que descobri o esporte e consegui meus melhores resultados no tiro com o arco”, disse a cearense.

A cearense entrou no Movimento Paralímpico em 2011, após ficar sem força e equilíbrio nas pernas ao sofrer um acidente de trabalho em Divinópolis (MG). Chegou a praticar natação antes de migrar para o tiro com arco, modalidade que conheceu durante um Camping Militar, projeto do CPB que apresenta modalidades paralímpicas (tiro com arco e tiro esportivo) a militares e agentes de segurança. 

Medalhistas
A quinta-feira no Centro de Treinamento Paralímpico também teve medalhistas Mundiais em ação nas provas das Paralimpíadas Universitárias. O fundista sul-mato-grossense Yeltsin Jacques correu a prova dos 1.500m, da classe T11 (atletas cegos), em 4min08s15, quarto melhor tempo do ano, considerando as marcas registradas no site do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla inglês).

O melhor desempenho na prova em 2023 é do próprio Yeltsin, que correu o distância em 4min03s83, marca que lhe rendeu a medalha de ouro no Mundial de atletismo de Paris, em julho. Na mesma competição, o atleta também obteve o bronze nos 5.000m.

“Fizemos uma prova boa. Queria ir até um pouco melhor, chegar bem perto do recorde mundial, que é meu, mas fiquei feliz. Agora vamos seguir com o treinamento, passar uma temporada na Bolívia, na altitude e fazer alguns tiros rápidos para buscar o ouro no Parapan”, disse Yeltsin, que tem a melhor marca da história na prova, 3min57s60, tempo registrado nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 e que rendeu a 100ª medalha de ouro ao Brasil na história do megaevento.

Nas provas de campo, a amapaense Wanna Brito, prata no Mundial de Paris no arremesso de peso da classe F32 (paralisia cerebral), atingiu 7,04m na mesma prova no Conexão Paralímpica, quinta melhor distância do ano e superior aos 6,80m alcançados na capital francesa. 

Outros medalhistas mundiais estiveram nas disputas de natação. Nesta quinta-feira, Daniel Mendes, da classe S6 (limitação físico-motora), nadou os 100m livre em 1min12s44, prova em que conquistou o bronze no Mundial de Manchester, Inglaterra, em julho e agosto deste ano. Na disputa feminina S4 (limitação físico-motora), Lídia Cruz anotou o tempo de 1min29s68. A atleta é a atual vice-campeã mundial da prova. 

Em 2023, o Conexão Paralímpica contou com três edições regionais. A primeira aconteceu em São Paulo (SP), em maio, e contou com 300 participantes. Depois, o evento passou por Goiânia (GO), em junho (165 atletas), e João Pessoa (PB), em julho (274 atletas). As etapas regionais do Conexão também contaram com a disputa do Intercentros, competição entre alunos dos Centros de Referência do CPB, projeto que aproveita espaços esportivos em todas as regiões do país para oferecer modalidades paralímpicas, desde a iniciação até o alto rendimento.

Imprensa
Os profissionais de imprensa interessados em cobrir o Conexão Paralímpica podem enviar um e-mail para imp@cpb.org.br com os seguintes dados: nome completo, RG ou CPF e o veículo por qual irá cobrir o evento. No dia da competição, os profissionais deverão se identificar na sala de imprensa do local.

Serviço
Conexão Paralímpica – Etapa Nacional
Data:
6 de outubro, a partir das 9h
Provas de atletismo, bocha, natação e tiro com arco
Local:
Centro de Treinamento Paralímpico
Endereço: Rod. dos Imigrantes, Km 11,5 – Vila Guarani, São Paulo. 
Provas de Tiro esportivo
Local: Escola de Educação Física da Polícia Militar
Endereço:
Av. Cruzeiro do Sul, 548 – Canindé, São Paulo.

Patrocínios
As Loterias Caixa e a Braskem são as patrocinadoras oficiais do atletismo.
As Loterias Caixa são a patrocinadora oficial da bocha.
As Loterias Caixa são a patrocinadora oficial da natação.
As Loterias Caixa são a patrocinadora oficial do tiro esportivo.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

PATROCINADORES

  • Toyota
  • Braskem
  • Loterias Caixa

APOIADORES

  • Ajinomoto

PARCEIROS

  • The Adecco Group
  • EY Institute
  • Cambridge
  • Estácio
  • Governo do Estado de São Paulo

FORNECEDORES

  • Max Recovery