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Gaúcho vence no tiro com arco e faz melhor marca pessoal no Conexão Paralímpica em Goiânia

arqueiro gaúcho Denilson Rodrigues posa para foto durante Conexão Paralímpica em Goiânia | Foto: Saulo Cruz / CPB

O arqueiro gaúcho Denilson Rodrigues, 46, conquistou a medalha de ouro na classe W2 (cadeirantes) nesta sexta-feira, 23, segundo e último dia de competições da etapa regional de Goiânia do Conexão Paralímpica. Ele competiu nas Paralimpíadas Militares,  um dos três eventos simultâneas que fazem parte do Conexão Paralímpica

O Conexão é realizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e conta com 165  participantes de sete estados (MS, PI, GO, AP, AC e TO) e do Distrito Federal. O evento reúne, além de provas para oficiais da reserva, com deficiência, das Forças Armadas e forças auxiliares, o Intercentros (para jovens participantes do projeto de Centros de Referência do CPB) e as Paralimpíadas Universitárias. A capital goiana sediou disputas de natação, atletismo, bocha, tiro com arco e tiro esportivo nesta quinta-feira, 22, e sexta-feira, 23. 

Denilson passou a praticar o tiro com arco no Camping Militar, realizado em Campinas, São Paulo, em julho do ano passado. Desde então, segundo ele, seu desempenho tem melhorado. “Minha primeira pontuação foi 118 pontos. Agora foram 489. Antes, minha melhor marca era de 440”, afirmou.

O Camping Militar tem como principal objetivo apresentar o Movimento Paralímpico, por meio das modalidades tiro esportivo e tiro com arco, como uma ferramenta de aprimoramento de qualidade de vida, além de detectar possíveis talentos esportivos e proporcionar uma rotina de alto rendimento aos participantes.

Denilson, que mora em Santa Maria, no Rio Grande do Sul,  é cabo reformado do Exército. Em 2006, o gaúcho passou a usar cadeira de rodas após cair do telhado de casa. Ele entrou para o Movimento Paralímpico no ano seguinte ao acidente. Entre as modalidades que já praticou estão o handebol, basquete e canoagem. “Estou me preparando para competir em alto nível outra vez. Já adquiri material adequado para fazer isso no tiro com arco”, contou. Em maio ele participou da etapa regional de São Paulo do Conexão e estará em João Pessoa no próximo mês.

Outra participante do Conexão foi a amapaense Yndiraima da Cunha, 26, que ganhou a medalha de ouro no arremesso de peso e nos lançamentos de disco e de dardo na classe F54 (cadeirante). Aluna do sétimo semestre do curso de Direito na Universidade Federal do Amapá, Yndiraima foi uma das competidoras das Paralimpíadas Universitárias. 

Ela contou que o esporte a ajudou a retornar à escola meses após ser atingida por um tiro acidental disparado por seu irmão mais velho, quando tinha 12 anos. A atleta foi descoberta pelo treinador Marlon Gomes, coordenador do Centro de Referência do CPB em Macapá, Amapá aos 15 anos. Ele visitava o abrigo para crianças com deficiência em que ela morava, para deixar um aluno cego quando a conheceu e fez o convite para que se tornasse uma atleta.

Os Centros de Referência fazem parte do Plano Estratégico do CPB, elaborado em 2017 e revisitado em 2021. O objetivo do projeto é aproveitar espaços esportivos em estados de todas as Regiões do país para oferecer modalidades paralímpicas, desde a iniciação até o alto rendimento.

Além de participar de competições nacionais, Indiraima também se engajou no fomento ao esporte e na defesa de direitos de pessoas com deficiência. Em 2013, ela participou da fundação da Associação Santanense de Esporte para Pessoa com Deficiência, também no Amapá. Mais tarde esta entidade fundiu-se com outras e se tornou a Federação de Paradesporto do Amapá, da qual Yndiraima já foi presidente e e hoje está sob responsabilidade da atleta Wanna Brito, uma das convocadas para o Campeonato Mundial da modalidade, a ser disputado de 8 a 17 de julho em Paris, na França.

A formação em direito, contou Indiraima, deverá permitir que ela siga apoiando atletas com deficiência. “Quero transformar a vida de mais pessoas. Faço parte do Conselho Estadual da Pessoa com Deficiência. Sei que, depois de formada, vou poder ajudar ainda mais os atletas. Vou me formar, pegar minha carteirinha da Ordem dos Advogados do Brasil e seguir perto do esporte. Minha vida, meus melhores amigos, tudo está ligado ao esporte”, afirmou.

O Conexão também oferece a oportunidade aos mais jovens de se inspirarem em atletas mais experientes. É o caso da nadadora da classe S9 (comprometimentos físico-motores) Emylly Vitória Aguiar, 11, Aluna do Centro de Referência de Goiás, e ouro no Intercentro, na prova dos 50m livre. Ela tem amputação na perna direita. 

A inspiração de Emily para trilhar o caminho do esporte vem de uma atleta que treina no Centro de Referência de Goiânia, a paraense Paloma Silveira, que competiu pelas Paralimpíadas Universitárias, representando a Unicesumar, onde estuda educação física. A nadadora também tem amputação na perna direita em decorrência de acidente de moto sofrido em 2020, e compete na mesma classe de Emily. Paloma foi ouro nos 400m, 100m e 50m livre. “Quando estou nadando, me sinto como a sereia no mar. Faço com gosto, com amor. Na piscina eu posso mostrar para a sociedade que, independentemente da deficiência, podemos fazer qualquer coisa. Fico feliz de saber que sirvo de inspiração nas piscinas e fora delas. Fico emocionada e cheia de gratidão”, disse Paloma.

O Conexão Paralímpica também marcou a estreia em competições das nadadoras nascidas no Mato Grosso do Sul Mariana Vitória Gil e Hadassa Coutinho Facciochi, ambas de 11 anos. As duas começaram a treinar juntas no início deste ano no Rádio Clube e na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul e logo souberam pela professora que haveria competição no mês de julho. “Desde que soube que teria competição, eu já fui falar com meus pais. Queria muito vir. Nunca tinha saído do estado e nem viajado de avião”, contou Mariana.

As nadadoras ganharam a medalha de ouro tanto nos 50m livre como também no 50m costas. Mariana, que tem má-formação no braço esquerdo, competiu pela classe S9, e Hadassa, com má-formação na mão direita, pela classe S10.

Mariana disse ter feito pela primeira vez muitos amigos com deficiência dde que começou a nadar. “A gente conhece pessoas que, ao mesmo tempo, são muito parecidas, mas também são muito diferentes”, contou. As provas e jogos são realizados em três locais de Goiânia.

As disputas de atletismo, bocha e tiro com arco ocorrem no Campus II da PUC (Pontifícia Universidade Católica) Goiás. Já as de natação acontecem no Sesi Multiparque. E, por fim, as de tiro esportivo são realizadas na Liffe Academia de tiro, em Aparecida de Goiânia, região metropolitana da capital.

Em 2023, pela primeira vez, o Conexão Paralímpica passou a contar com três fases regionais e uma nacional. A primeira regional, realizada em maio, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, contou com a participação de 301 atletas de 11 estados e do DF. O evento terá uma nova fase regional em João Pessoa (PB), de 18 a 21 de julho. No segundo semestre, em outubro, ocorrerá a fase nacional, novamente em São Paulo, no Centro de Treinamento Paralímpico.

A primeira edição do Conexão Paralímpica teve apenas uma fase nacional, em outubro do ano passado, em João Pessoa, e reuniu 510 participantes.
 
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