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Jovem goiano com má-formação faz do skate seu meio de locomoção e estreia com ouro nas piscinas no Conexão Paralímpica

O nadador goiano Nirondes de Aguiar Lino, participante do Conexão Paralípica em Goias | Foto: Saulo Cruz/CPB

O nadador goiano Nirondes de Aguiar Lino, 16, venceu a prova dos 50m peito da classe S4 (comprometimentos físico-motores) nesta quinta-feira, 22, na abertura do Conexão Paralímpica, em Goiânia, realizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Ele é um dos cerca de 200 participantes de sete estados (MS, PI, GO, AP, AC e TO) e do Distrito Federal da segunda etapa regional do evento que reúne três competições simultâneas: Intercentros, Paralimpíadas Militares e Paralimpíadas Universitárias. As disputas acontecem pela natação, atletismo, bocha, tiro com arco e tiro esportivo na capital goiana até esta sexta-feira, 23.

O jovem atleta, que nasceu com má-formação congênita nas duas pernas e do braço direito, tem o skate como uma das suas paixões e se locomoveu sentado sobre ele durante as provas entre os participantes dos projetos dos Centros de Referência do CPB. Ele também vai nadar as provas do 100m e 200m livre na sexta-feira. 

Os Centros de Referência fazem parte do Plano Estratégico do CPB, elaborado em 2017 e revisitado em 2021. O objetivo do projeto é aproveitar espaços esportivos em estados de todas as regiões do país para oferecer modalidades paralímpicas, desde a iniciação até o alto rendimento.

Nirondes descobriu aos seis anos o skate, o que foi por uma década seu esporte favorito, sentado e remando com uma das mãos. Até que surgiu a natação, por meio de um convite de um amigo em julho do ano passado.

Em um ano de treinos na natação, o goiano já adquiriu o gosto pelas competições. “Minha paixão é a natação. A prova é um momento muito legal. Tem gente que tem medo de vir, ansiedade. Eu mesmo, antes da largada, fico com medo de um monte de coisa. Mas, quando nado, esqueço de tudo”, disse. “Quero ser um atleta paralímpico, participar dos Jogos Paralímpicos. O que eu gosto mesmo é de nadar”, completou. 

Sobre o skate, Nirondes conta ter sido ideia de sua mãe, Aneide de Aguiar Ribeiro, que está muito feliz com o desenvolvimento do filho no esporte. “Desde pequeno ele gostava de piscina, mas eu tinha muito medo de deixar ele nadar sozinho. No início, fiquei assustada, eu me perguntava se ele iria conseguir. Mas o resultado é maravilhoso agora. Ele tem uma capacidade fantástica e vai se desenvolver muito e ter todo apoio”, afirmou.

O Conexão também contou com a participação dos irmãos gêmeos Cauê Brito e Guilherme Brito, 14, nascidos no Mato Grosso do Sul. Os dois nasceram prematuramente e, por conta disso, têm paralisia cerebral. A dupla descobriu a bocha já aos quatro anos, por sugestão de uma treinadora.

Guilherme joga pela classe BC1 (atletas que jogam com as mãos ou com pés e têm opção de assistência) Cauê pela BC2 (não recebem assistência). Apesar de não competirem juntos, os irmãos se ajudam muito. “A gente está se apoiando sempre. Quando a gente ganha, a gente comemora. Quando perde, damos bronca. Irmandade é tudo”, diz Guilherme.

Os irmãos já participaram das Paralimpíadas Escolares em São Paulo, no Centro de Treinamento Paralímpico. Na manhã desta quinta-feira, 22, André venceu sua partida de estreia por 7 a 0. A dupla tem como objetivo chegar à Seleção Brasileira de jovens. Ambos acompanharam os Jogos Parapan-Americanos de Jovens de Bogotá, realizados neste mês. “É um sonho um dia estar lá também”, afirmou Cauê, que contou ser amigo da atleta Laissa Guerreira, ouro na Colômbia pela mesma modalidade.

Também disputando pela bocha, um dos participantes das Paralimpíadas Universitárias, o brasiliense Igor de Olinda da Silva, 18, acrescentou ainda que estar no Conexão Paralímpica é uma grande oportunidade de conhecer novos atletas e encontrar companheiros de esporte.

O atleta pratica bocha desde os 11 anos e atua pela classe BC3 (atletas que utilizam calheiro). Ele também cursa Tecnologia da Informação na Uninassau, por meio da educação à distância. “Tanto o esporte quanto também o estudo muda vidas. O esporte para mim significa lutar a cada momento. Lutar em cada bolinha e pela vida. Ele pode se unir ao estudo para permitir que você cresça e se desenvolva”, disse o atleta.

As provas e jogos são realizados em três locais de Goiânia. As disputas de atletismo, bocha e tiro com arco ocorrem no Campus II da PUC (Pontifícia Universidade Católica) Goiás. Já as de natação acontecem no Sesi Multiparque. E, por fim, as de tiro esportivo são realizadas na Liffe Academia de tiro, em Aparecida de Goiânia, região metropolitana da capital.

As provas de tiro com arco e tiro esportivo das Paralimpíadas Militares começam nesta sexta-feira.

Patrocínios
A natação e a bocha são duas modalidades patrocinadas pelas Loterias Caixa.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

PATROCINADORES

  • Toyota
  • Braskem
  • Loterias Caixa

APOIADORES

  • Ajinomoto

PARCEIROS

  • The Adecco Group
  • EY Institute
  • Cambridge
  • Estácio
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FORNECEDORES

  • Max Recovery