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Vice-campeão mundial de natação crava marca no top-10 no encerramento da Conexão Paralímpica, em SP

O carioca Daniel Mendes nada na piscina do CT | Foto: Alessandra Cabral/CPB

O carioca Daniel Mendes, 21, conquistou a medalha de ouro nos 50m livre no encerramento das Paralimpíadas Universitárias, nesta sexta-feira, 6, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. A competição compõe o Conexão Paralímpica, evento organizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e que também inclui as Paralimpíadas Militares, voltadas a agentes de segurança.

Nesta etapa nacional foram cinco modalidades em disputa. As provas de atletismo, bocha, natação e tiro com arco aconteceram no CT Paralímpico, enquanto as de tiro esportivo ficaram na Escola de Educação Física da Polícia Militar, na zona norte da capital paulista. Participaram 251 atletas de 18 estados e do Distrito Federal (AL, AP, BA, CE, ES, GO, MG, MS, MT, PA, PB, PE, PR, RJ, RN, RS, SC, SP). As Paralimpíadas Universitárias tiveram 200 competidores e as Paralimpíadas Militares, 51 participantes.

Daniel, representante do Centro Universitário Celso Lisboa, nadou os 50m livre da classe S6 (limitação físico-motora) em 30s96 nesta sexta-feira, o que seria a nona marca da prova em 2023. O tempo foi 1s22 acima dos 29s74 feitos em Manchester, Inglaterra, durante o Mundial da modalidade, disputado em julho e agosto deste ano. No Reino Unido, o carioca ficou com a prata.

“Dentro das circunstâncias, foi uma boa prova. A minha ideia era me manter em ritmo de competição e aproveitar toda a estrutura do CT Paralímpico, que é fantástica. Também é uma honra representar a minha universidade”, avaliou o atleta, que tem paraparesia espástica, doença que limita os movimentos dos seus membros inferiores. Hoje, ele cursa Direito e está no oitavo semestre.

Nas Paralimpíadas Militares, o policial baiano Romualdo Marques, 35, obteve sua primeira medalha de ouro no tiro esportivo ao vencer a prova P1 Pistola de ar masculina SH1. Representante da Polícia Militar do Paraná, à qual é filiado desde 2016, Romualdo está no tiro esportivo desde 2021. A chegada ao Movimento Paralímpico ocorreu após a amputação de sua perna esquerda, por ter sido baleado em confronto enquanto exercia a atividade policial.

“Estava internado e recebi um folder sobre o Programa Militar Paralímpico (PMP). Foi uma felicidade, um norte para minha vida descobrir que havia um braço do CPB preocupado com os militares com deficiência”, afirmou, citando o projeto do Comitê, cujo o objetivo é apresentar o esporte paralímpico como uma ferramenta de aprimoramento de qualidade de vida para agentes das forças de segurança com deficiência. Como segundo objetivo, o PMP visa também a detecção de possíveis talentos esportivos. 

Antes do título nas Paralímpíadas Militares neste ano, Romualdo havia conquistado uma medalha de bronze na edição nacional do evento no ano passado, em João Pessoa (PB). O atleta diz esperar continuar em evolução para alcançar uma vaga na Seleção Brasileira. “Tenho investido muito tempo nos treinamentos para poder defender o Brasil, a maioria deles no próprio batalhão. Isso tem melhorado meus resultados Em 2024, quero obter o índice mínimo para compor a Seleção Brasileira e, assim, buscar um espaço no ciclo para os Jogos Paralímpicos de Los Angeles, em 2028”, contou.
Outro destaque da competição foi o gaúcho Emerson da Silva Pereira, 51, ouro nas provas R4 carabina de ar SH2 e R5 carabina de ar SH2, também participante do PMP. “O programa é de grande valia para os militares reformados. Por meio dele, o militar sai do ostracismo após sofrer uma lesão e é resgatado para o esporte. Ele encontra outros militares que também têm deficiência física e desenvolve sua autoestima”, analisou. 

O gaúcho conheceu o tiro esportivo em 2022, por meio de um Camping Militar, projeto do CPB que apresenta modalidades paralímpicas (tiro com arco e tiro esportivo) a militares e agentes de segurança. Emerson também busca sua vaga na equipe principal brasileira. “Eu faço treinamentos diários. Montei estande de tiro em casa. Minha meta é chegar à equipe brasileira. Sou o quarto colocado do Brasil, e a equipe é formada pelos três primeiros. Preciso continuar treinando e me dedicando para conseguir essa vaga”, concluiu o sargento reformado, representante do Exército e que começou no esporte depois de sofrer esmagamento no braço direito. 

Na bocha, o brasiliense Eduardo dos Santos Vasconcelos, 20, foi ouro na disputa da classe BC2. O atleta comemorou a oportunidade de competir no Centro de Treinamento Paralímpico. “O Conexão foi ótimo. Como atleta, é sempre importante estar em disputa, entre os melhores e mudando de local. Cada lugar é único, um ambiente diferente. Na bocha, até a temperatura influencia no jogo. Quanto mais nós jogarmos, mais evoluímos. E, tendo uma estrutura excelente, melhor ainda, afirmou.

O atleta é aluno de Recursos Humanos na faculdade Estácio e, conciliando estudos e treinos, conseguiu ser prata nos Jogos Parapan-Americanos de Jovens de Bogotá, na Colòmbia, em junho. “Muitas vezes, as pessoas acham que, por sermos deficientes, somos meio incapazes. Sendo atleta, estudando, mostramos que podemos nos tornar o que quisermos. Eu sou cadeirante. Eu não sou a cadeira. Existe uma pessoa acima da cadeira de rodas”, afirmou.

Em 2023, o Conexão Paralímpica contou com três edições regionais. A primeira aconteceu em São Paulo (SP), em maio, e contou com 300 participantes. Depois, o evento passou por Goiânia (GO), em junho (165 atletas), e João Pessoa (PB), em julho (274 atletas). As etapas regionais do Conexão também contaram com a disputa do Intercentros, competição entre alunos dos Centros de Referência do CPB, projeto que aproveita espaços esportivos em todas as regiões do país para oferecer modalidades paralímpicas, desde a iniciação até o alto rendimento.


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Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)
 

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