O evento teve início no último sábado, 3, e reúne 20 países na capital colombiana até a próxima segunda-feira, 12. A delegação brasileira tem 96 atletas de 19 estados e o DF em 10 modalidades. Até o final desta tarde, o Brasil, que não tem representantes no atletismo e na natação, liderava o quadro geral de medalhas, com 17 no total: 11 de ouro, três de prata e três bronze, seguido por México (nove ouros, duas pratas e cinco bronzes) e Colômbia (sete ouros, cinco pratas e cinco bronzes). A delegação brasileira continua em busca da 500ª e está a uma de atingir tal marca.
Lorenzo derrotou o uruguaio Alfonso Llovet, por 2 sets a 0 (duplo 6/0), e chegou à semifinal com apenas uma derrota na competição. Já Luiz Augusto superou o venezuelano Ronald Diaz, também por 2 sets a 0 (6/0 e 6/3), e continua invicto no Parapan de Jovens de Bogotá. Nas semifinais, o paulista vai enfrentar o argentino Gonzalo Enrique Lazarte, enquanto o mineiro duelará contra o também argentino Benjamin Silvetti. Ambos os jogos estão marcados para esta quarta-feira, 7, às 11h30 (de Brasília). Com os dois brasileiros entre os quatro melhores do torneio, o Brasil garantiu pelo menos um bronze na modalidade, porém as medalhas do torneio só serão contabilizadas ao fim de todas as partidas.
Para Luiz, que começou no tênis em cadeira de rodas após receber um convite do técnico Leonardo de Oliveira, disputar uma semifinal do Parapan de Jovens representa um misto de felicidade e ansiedade. “É um jogo decisivo, no qual sei que tudo pode acontecer. Tenho falado bastante com a minha psicóloga para me preparar, estamos trabalhando nisso. Ao mesmo tempo, fico muito feliz por chegar até aqui”, disse o mineiro, que tem uma pseudoartrose na perna direita, ou seja, um encurtamento no membro e usa prótese.
Luiz vendia balas nos semáforos de Belo Horizonte (MG) aos 13 anos, quando foi descoberto pelo seu atual treinador, que também está em Bogotá. “Ele é como se fosse um pai para mim. Fui convencido a começar a treinar tênis em cadeira de rodas, fiquei uns quatro meses, mas desisti. A rotina de treino era muito puxada e os meus amigos estavam se divertindo. Não tinha certeza de que o esporte me daria alguma coisa. Mas quando vi que a Vitória [Miranda, tenista que também representa o Brasil no Parapan de Jovens] iria viajar e eu não, percebi que deveria insistir. Hoje, o tênis em cadeira de rodas é o que eu quero para a minha vida. Agradeço a todos que me ajudaram nesta trajetória: amigos, familiares, Confederação Brasileira de Tênis (CBT) e o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB)”, afirmou o atleta.
Nesta terça-feira, além de ter vencido o duelo pela chave masculina individual, Luiz também fez dupla mista com a mineira Vitória Miranda. Ambos venceram os peruanos María Fernanda Santivañez e Walter Peralta por 2 sets a 0 (6/1 e 6/0).
Nas modalidades coletivas, o Brasil teve duas vitórias no goalball. A Seleção feminina derrotou a peruana, por 17 a 7, e a masculina superou Cuba, por 10 a 0, no Palácio dos Esportes. No basquete em cadeira de rodas feminino, a equipe brasileira perdeu para a Argentina, por 8 a 3, e venceu El Salvador, por 10 a 2. A masculina derrotou o Chile, por 54 a 47.
No futebol PC (paralisados cerebrais), no Campincito, a Seleção Brasileira goleou os anfitriões colombianos por 6 a 0, com gols de Gustavo Henrique Marques (3), Ângelo Matheus, Cesinha e Gabriel Araújo. Essa foi a seugunda partida do time na competição. Na estreia, houve empate por 2 a 2 diante da Argentina.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)
