O Brasil conquistou sete medalhas nas disputas individuais do Aberto Paralímpico de Montenegro nesta sexta-feira, 5.
Foram quatro pratas com Cátia Oliveira (Classe 1-2), Israel Stroh (Classe 7), Danielle Rauen (Classe 9) e Bruna Alexandre (Classe 10), além de três bronzes com Thais Severo (Classe 3), Sophia Kelmer (Classe 8) e Claudio Massad (Classe 10).
O resultado já é superior aos dos Abertos Paralímpicos da Itália e da Espanha, nos quais o Brasil garantiu seis e quatro medalhas nas disputas individuais, respectivamente. Vale lembrar que as competições disputadas no mês de março ainda não contavam com atletas chineses, que retornaram nesta edição.
O ouro ficou muito próximo do Brasil em quatro oportunidades. Pela classe 1-2 feminina, Cátia Oliveira venceu Aino Tapola, da Finlândia, nas semifinais, mas acabou sendo superada pela chinesa Jing Liu, tetracampeã da classe, por 3 sets a 1.
“Estou muito feliz em estar representando o Brasil mais uma vez, conseguindo ir para mais uma final. Infelizmente acabei perdendo para a chinesa, tetracampeã da minha classe, mas mesmo assim estou feliz com meu desempenho. Vamos para cima que ainda teremos mais desafios por aqui”, disse Cátia Oliveira.
Pela classe 9, Danielle Rauen, que era a única não chinesa nas semifinais da classe, venceu Mei Li Liu por 3 sets a 1 nas semifinais e encarou Guiyang Xiong na grande final. Na mesa, 3 sets a 0 para a adversária, confirmando a prata para a brasileira.
Em grupo único, pela classe 10, Bruna Alexandre venceu três dos quatro confrontos que tinha pela chave e ficou com a segunda colocação. No último compromisso do dia, que valeu como uma final, a brasileira encarou a chinesa Xiaoging Zhao e sofreu um revés por 3 sets a 1, ficando então com a prata.
Já Israel Stroh também enfrentou uma grande maratona até chegar a final. Nas quartas de final, o brasileiro venceu o norueguês Krizander Magnussen por 3 sets a 0 e ainda superou o chinês Keli Liao, algoz de Tóquio 2021, pelo mesmo placar. No jogo que valia o topo do pódio, Israel saiu atrás e ainda conseguiu empatar, mas o ouro ficou com o japonês Katsuyoshi Yagi: 3 sets a 2.
“Sendo racional estou bastante feliz. Uma medalha de prata é muito importante. Nas semifinais venci o Keli Liao, chinês que ganhou de mim nos jogos de Tóquio, em 2021. Foi a primeira vez que nos enfrentamos depois daquele jogo e foi uma vitória bem categórica (11/4, 11/4 e 13/11). Antes de chegar nele precisei sair de situações bastante complicadas e tive uma performance bastante gratificante, que me faz acreditar ainda mais no trabalho. Mas a final foi doída. Saí perdendo por 2 a 0, consegui empatar e acredito que estava melhor no quinto set. Mas ele acabou vencendo, foi melhor e teve mais sorte em momentos decisivos. Nós que trabalhamos com esporte de alto rendimento sabemos que em alguns dias vamos ganhar e em outros vamos perder. Hoje foi dia dele, mas quase foi meu. É um dia para ter orgulho, mas também para tirar lições”, explicou Israel Stroh.
Bronze
Disputando a classe 3, Thaís Severo, que já tinha conquistado a classificação às quartas de final no primeiro dia de competição, venceu Zhonghui Yang, da China, por 3 sets a 1 e avançou para encarar a chinesa Juan Xue. Com a derrota por 3 sets a 0, Thaís ficou com a medalha de bronze em Montenegro.
Já pela classe 8, Sophia Kelmer se classificou diretamente para as semifinais, onde enfrentou e foi superada pela chinesa Wenjuan Huang por 3 sets a 2. A atleta é uma das convocadas para os Jogos Parapan-Americanos de Jovens de Bogotá, que serão disputados na Colômbia de 2 a 12 de junho.
Claudio Massad, por sua vez, conquistou o bronze após fazer 3 sets a 2 contra Lorenzo Cordua, da Italia, nas quartas de final e ser derrotado pelo campeão da categoria Filip Radovic, de Montenegro, por 3 sets a 1, nas semifinais.
Paulo Salmin, Marliane Santos, Joyce Oliveira e Lucas Carvalho não alcançaram as disputas por pódio
Jogando pela classe 7, Paulo Salmin acabou sendo derrotado pelo campeão da categoria, o japonês Katsuyoshi Yagi, nas quartas de final. O duelo terminou com o placar de 3 sets a 1 para o atleta do Japão.
Após vencer seus dois jogos na fase de grupos, Marliane Santos enfrentou a italiana Carlotta Ragazzini nas quartas de final e se despediu da competição após revés por 3 sets a 1. Pela classe 4, Joyce Oliveira ficou na terceira colocação da chave, mesmo vencendo dois dos seus três jogos e não se classificou.
Na classe 9, Lucas Carvalho avançou em grupos, mas caiu nas quartas de final enfrentando o vice-campeão da categoria, o chinês Yi Quing Zhao por 3 sets a 0.
Com informações da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM)
Patrocínios
O tênis de mesa é uma modalidade patrocinada pelas Loterias Caixa.
Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível
As atleta Bruna Alexandre, Danielle Rauen e Cátia Oliveira são integrante do Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível, programa de patrocínio individual da Loterias Caixa que beneficia 91 atletas.
Time São Paulo
As atletas Bruna Alexandre, Cátia Oliveira e Danielle Rauen são integrantes do Time São Paulo, parceria entre o CPB e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, que beneficia 106 atletas de 14 modalidades.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro