A Seleção Brasileira de bocha paralímpica que vai participar do Mundial da modalidade, a partir do dia 5 de dezembro, no Parque Olímpico, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, tem a maioria dos atletas nascidos no Estado de São Paulo. São quatro dos 11 convocados, ou 36% do total da equipe brasileira que disputará o Mundial.
A principal competição da bocha do ciclo Paris 2024 vai reunir mais de 170 atletas de 41 países em disputas até o dia 13 do mesmo mês. As partidas serão realizadas no mesmo palco onde também foi sede dos Jogos Paralímpicos de 2016. Os jogos de bocha acontecerão nas estruturas das Arena Carioca 1 e a entrada será gratuita ao público.
Porta-bandeira do Brasil nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, Evelyn Oliveira é uma dos paulistas que compõem a Seleção Brasileira de bocha. Nascida em Mauá, a atleta da classe BC3 (para atletas com deficiências severas e que podem usar o instrumento auxiliar calha e ter auxílio de outra pessoa) chega ao Mundial com um ouro no individual e nos pares nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019 e um ouro nos pares BC3 nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 na bagagem, entre outras importantes conquistas.
José Carlos Chagas, medalhista de bronze nos Jogos de Tóquio pela classe BC1 (que podem jogar com as mãos ou com os pés e que contam com a opção de um auxiliar), mora atualmente em Minas Gerais, mas nasceu em Ribeirão Preto, interior de São Paulo.
Além dele, Josi Silva, da classe BC4 (atletas com deficiências severas, mas que não recebem assistência), é outra atleta que reside em local diferente da sua cidade natal. Nasceu em Guarulhos, mas vive em Suzano desde os seis meses de idade.
Antonio Leme, também conhecido como “Tó”, é mais um atleta paulista nascido no interior do estado. O atleta de Jacareí também tem no currículo esportivo uma medalha de ouro por pares BC3 nos Jogos do Rio 2016 e três pódios em Parapans: bronze no individual e ouro por pares BC3 (Toronto 2015); ouro por pares BC3 (Lima 2019).
Já o Estado de Pernambuco, com três atletas oriundos, conta com a segunda maior representatividade na Seleção Brasileira que participará do Mundial de bocha no Rio. São todas mulheres. Evani Calado, de Garanhuns, é a mais experiente e buscará sua primeira medalha em mundiais após o ouro por equipes pela classe BC3 nos Jogos do Rio 2016, entre outras medalhas.
Andreza Vitória, de Recife, e Letícia Karoline, de Caruaru, completam a lista das pernambucanas convocadas. Ambas são estreantes em Mundiais, mas Andreza já representou o país nos Jogos de Tóquio e na Copa América, no ano passado.
Já Maciel Santos, um dos mais experientes da Seleção Brasileira ao participar da sua sétima edição de campeonatos mundiais, além do título paralímpico pela classe BC2 nos Jogos de Londres 2012, é o único representante do Estado do Ceará. Nasceu em Crateus.
Outros três estados também contam com apenas um representante na Seleção: o paranaense Eliseu dos Santos, nascido em Telêmaco Borba, o potiguar Iuri Tauan, de Parnamirim, e o mineiro Mateus Carvalho, de Uberlândia.
A cerimônia de abertura será no dia 5 de dezembro, às 18h, com uma homenagem ao maior medalhista brasileiro da modalidade. O nome da mascote Dibo é a contração de “Dirceu” e “bocha”, uma homenagem póstuma a um dos maiores ídolos da bocha brasileira, Dirceu Pinto. Dono de cinco medalhas em Jogos, Dirceu faleceu em 2020, aos 39 anos, por problemas cardíacos.
As disputas começam no dia 6 de dezembro, às 9h30, com transmissão ao vivo pelo Youtube da Associação Nacional de Desporto para Deficientes (ANDE), orgnizadora do evento.
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A bocha é uma modalidade patrocinada pelas Loterias Caixa
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)