Centro de Treinamento
Paralímpico Brasileiro

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Ouro no Rio e porta-bandeira em Tóquio, Evelyn de Oliveira diz que treino no CT será adaptação para Mundial de bocha

Evelyn de Oliveira prepara jogada durante treinamento no CT Paralímpico | Foto: Ale Cabral/CPB
A atleta Evelyn de Oliveira, 34, foi uma das convocadas para a primeira fase de treinamento da Seleção Brasileira de bocha em 2022.  A equipe nacional, composta por 14 jogadores (sete homens e sete mulheres), está reunida no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, desde terça-feira, 18, e ficará no local até o próximo domingo, 23.

Ao lado de Antonio Leme e Evani Soares, Evelyn foi ouro nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. Os brasileiros subiram ao lugar mais alto do pódio na disputa por pares da classe BC3 (para atletas que usam instrumento auxiliar e podem ser ajudados por outra pessoa). Já nos Jogos de Tóquio 2020, a paulista de Mauá foi a porta-bandeira do Brasil na cerimônia de abertura do megaevento, junto com o velocista Petrúcio Ferreira. 

Com foco no Mundial de bocha, que está marcado para ocorrer entre os dias 3 e 14 de dezembro deste ano, no Rio de Janeiro, Evelyn afirmou que vai utilizar essa primeira fase de treinamento no CT Paralímpico para se adaptar às novas bolas licenciadas, que serão utilizadas nas competições internacionais a partir de 2022. Além disso, a atleta também comentou sobre o vice-campeonato na Copa América da modalidade, realizada no fim do ano passado, também no CT Paralímpico. Para ela, a derrota na final para a argentina Stefanía Ferrando serviu como um aprendizado em sua carreira. Confira a entrevista completa:

Quais atividades têm sido feitas nessa primeira fase de treinamento no CT?

Para mim, é mais um momento de adaptação, pois tive que comprar novas bolas. Houve uma mudança na regra em relação às bolas utilizadas em competições internacionais. Agora, elas precisam ser licenciadas. Só em desafios poderemos usar materiais que não são licenciados. Estou desde o final do ano focada nessa mudança. Parei só por 15 dias e voltei um pouco antes do meu descanso. Tudo isso para ganhar mais tempo e chegar em uma melhor forma ao Mundial, em dezembro.

Qual é o impacto dessa alteração no seu jogo? 

Não acredito que vá mudar muito no meu jogo. Todos os atletas serão submetidos a essa nova regra. Alguns, inclusive, já estavam treinando e jogando com as bolas licenciadas há mais tempo. Por uma questão de logística, não consegui ter acesso a elas antes. Só consegui recentemente. No entanto, em relação ao material, não muda nada. O que muda, um pouco, é o peso da bola. Há uma diferença entre bolas gastas e novas. Então, nesse caso, é preciso se adaptar para fazer a jogada de maneira assertiva. Treinando bem, o desempenho continuará em alto nível. 


Bolas licenciadas com o selo da Federação Internaiconal de Bocha (BISFed) | Foto: Ale Cabral/CPB

Como a derrota na final da Copa América pode ajudá-la na preparação ao Mundial? Ficou algum aprendizado?

Eu creio que chegarei muito bem ao Mundial. Vai ser a última competição do ano, ou seja, já saberemos como estará o nosso nível e o dos adversários. Sobre a Copa América, eu acredito que, agora, ficarei mais atenta aos detalhes, pois perdi por detalhes. Tenho que levar esse pensamento para a vida. Eu fiz uma boa competição, mas é fato que houve um choque de realidade para mim. Na primeira fase, quando você pega atletas novas e iniciantes, às vezes, o nível de exigência é menor. Depois, nas fases mais agudas, as partidas começam a ficar mais complicadas. Esse é um ponto de atenção. Na Copa América, nem joguei as quartas de final, pois minha adversária estava suspensa. Na semifinal, fiz o meu melhor jogo na competição, contra a argentina Micaela Salvador, uma atleta boa e experiente. Na decisão, perdi o título por ter feito uma parcial ruim. É um aprendizado e vou buscar fazer diferente nas próximas competições. 

Como está a bocha brasileira hoje? Vê uma evolução do cilclo paralímpico passado para este? 

Com certeza. Agora, as competições são por gênero (disputas separadas entre homens e mulheres). Muitas atletas novas e de qualidade estão surgindo. Elas podem conquistar medalhas em Paris. A expectativa é que, em 2024, homens e mulheres brasileiros estejam mais bem preparados do que estão hoje. Podemos ter muitos atletas nossos subindo ao pódio. Sem dúvidas.

Time São Paulo
A atleta Evelyn de Oliveira é integrante do Time São Paulo, parceria entre o CPB e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo que beneficia 57 atletas de 11 modalidades.

Patrocínio
A bocha paralímpica tem o patrocínio das Loterias Caixa.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br) 

PATROCINADORES

  • Toyota
  • Braskem
  • Loterias Caixa

APOIADORES

  • Ajinomoto

PARCEIROS

  • The Adecco Group
  • EY Institute
  • Cambridge
  • Estácio
  • Governo do Estado de São Paulo

FORNECEDORES

  • Max Recovery