O Centro de Treinamento Paralímpico completa oito anos nesta quinta-feira, 23, confirmando sua vocação para sediar importantes competições internacionais do desporto paralímpico. Prova disso está no calendário de eventos: o espaço, que é gerido pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), recebe em 15 dias duas etapas de Copa do Mundo: bocha, de 29 de maio a 7 de junho, e esgrima em cadeira de rodas, que começou nesta quinta-feira, 23, e vai até domingo, 26.
Localizado no Parque Fontes do Ipiranga, na Rodovia dos Imigrantes, Zona Sul de São Paulo, o Centro de Treinamento Paralímpico é o quatro maior do mundo para atletas com deficiências e foi inaugurado às vésperas dos Jogos do Rio 2016. O local está próximo de completar seu segundo ciclo paralímpico completo.
Copas do Mundo
Os principais atletas da esgrima em cadeira de rodas estão no CT para disputar a Copa do Mundo da modalidade. Este será o último torneio qualificatório para os Jogos Paralímpicos de Paris 2024 e também a derradeira disputa dos atletas da Seleção Brasileira antes do megaevento. A competição acontece logo após um torneio continental da modalidade, o Campeonato Regional das Américas, movimentar o CT, com competidores de nove países, de 16 a 21 de maio.
Na semana seguinte, a partir do dia 29 de maio, já começa a Copa do Mundo de bocha, para a qual o Brasil trará seus principais atletas, entre eles a pernambucana Andreza Vitória, campeã mundial de 2022 e os paulistas Maciel Santos e Evelyn Oliveira, ouro nos Jogos de Londres 2012 e do Rio 2016, respectivamente.
Além das instalações esportivas modernas e adaptadas para receber atletas com deficiência de todo o mundo, o CT ainda conta comuma área residencial composta por alojamentos com capacidade para 300 pessoas, refeitório e lavanderia. Toda esta infraestrutura apoia a realização de competições nacionais e internacionais ao longo de todo o ano.
Em sua história, o CT Paralímpico também se firmou como um celeiro de grandes atletas, como é o caso da nadadora pernambucana Carol Santiago, dona de cinco medalhas nos Jogos de Tóquio 2020 (três de ouro, uma de prata e uma de bronze). A atleta treina no local desde 2018 e, hoje, vive na capital paulista para aproveitar todo o espaço.
A mesma estrutura utilizada por atletas do alto rendimento também é usada por crianças e jovens que estão no começo de suas vidas esportivas. Há seis anos, o CT também é sede da Escola Paralímpica de Esportes, projeto que tem o objetivo de iniciar pessoas de 7 a 17 anos em uma modalidade paralímpica.
Hoje, são 14 esportes oferecidos: atletismo, badminton, bocha, esgrima em cadeira de rodas, futebol de cegos, goalball, halterofilismo, judô, natação, rúgbi em cadeira de rodas, tênis de mesa, tiro com arco, triatlo e vôlei sentado. Todas compõem o atual programa dos Jogos Paralímpicos. Os alunos são atendidos dois dias por semana, divididos em turmas às segundas e quartas-feiras e terças e quintas-feiras, em dois horários: das 14h às 15h30 e das 16h às 17h30.
Recordes mundiais
O CT também já foi palco para a quebra de mais de 50 recordes mundiais em sua história. A última melhor marca do planeta estabelecida no complexo foi da amapaense Wanna Brito. Em março deste ano, a atleta da classe T32 (paralisia cerebral) obteve a marca de 7,85m no Circuito Nacional Loterias Caixa de atletismo e superou os 7,83m da russa Evgueniia Galaktionova, feitos em agosto de 2023.
Mais sobre o CT
O CT Paralímpico tem por missão desenvolver ações que possam posicionar o país entre as maiores potências esportivas do mundo. O objetivo, também, é desenvolver iniciativas que ajudem a massificar o esporte paralímpico no Brasil e auxiliar na inclusão da pessoa com deficiência em nossa sociedade.
São, ao todo, 95 mil metros quadrados de área construída. O espaço tem instalações esportivas indoor e outdoor que servem para treinamentos, competições e intercâmbios de atletas e seleções em diversas modalidades paralímpicas: atletismo, basquete, esgrima, rúgbi e tênis em cadeira de rodas, bocha, natação, futebol de cegos, futebol de paralisados cerebrais, goalball, halterofilismo, judô, tênis de mesa, triatlo e vôlei sentado. Algumas dessas instalações são adaptadas para a prática de outros esportes, como taekwondo e badminton. O espaço também comporta uma academia e a sede administrativa do CPB, na qual atuam mais de 500 profissionais de diversas áreas.
O investimento para a obra, em valores de 2016, quando da conclusão das obras, foi de R$ 264,272 milhões, sendo R$ 149,630 milhões do Governo Federal – por meio do Plano Brasil Medalhas – e R$ 114,642 milhões do Governo do Estado de São Paulo.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)