Em conversa amigável, os cavaleiros Rodolpho Riskalla e Marlon Zanotelli compartilharam histórias de suas carreiras na Live Tamo Junto desta quinta-feira, 11. Riskalla lembrou sua estreia no hipismo paralímpico e o maranhense sua medalha histórica nos Jogos Pan-Americanos de Lima.
Esta foi a quinta live conjunta entre as duas entidades que regem o desporto olímpico e paralímpico no país. Juntos, os dois comitês reúnem 336mil seguidores no Instagram. Atletas do atletismo, tênis de mesa, vôlei e natação já participaram desta parceria.
Rodolpho, 35 anos, é cavaleiro do hipismo convencional desde os oito anos. Em 2015, adquiriu meningite bacteriana e sofreu amputação tibial nas duas pernas, mão direita e dedos da mão esquerda.
“Exatamente um ano depois das amputações, eu estava nos Jogos do Rio. Neste período, eu consegui um cavalo e me classifiquei para a competição. Só tenho a agradecer ao esporte por ter me ajudado a passar por essa fase ruim. Depois, as coisas começaram a deslanchar. Hoje eu tenho dois cavalos prontos para competir e chance de medalha em Tóquio”, comentou o atleta que compete no adestramento pela classe grau IV.
Em seguida, Marlon, 31, lembrou sua conquista do primeiro ouro no salto individual do hipismo brasileiro nos Jogos Pan-americanos Lima 2019. O feito também garantiu uma vaga brasileira nos Jogos Olímpicos de Tóquio.
“A prova de salto foi a última prova da modalidade e são dois percursos diferentes. Eu não cometi nenhum erro nos percursos. Minha família estava lá e nós nem sabíamos que não existia um campeão pan-americano. Quando terminei a prova, comentaram isso e é indescritível colocar seu nome na história do esporte foi surreal”, narrou.
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A família de ambos os atletas é muito envolvida em suas carreiras, principalmente no trato dos cavalos. A mãe de Rodolpho é sua treinadora e a irmã cuida dos cavalos enquanto ele trabalha. Já Marlon, tem um haras com sua esposa que também é amazona profissional.
“Sempre que falam que o hipismo é um esporte individual, eu explico por que não concordo com isso. Cada cavalo tem pelo menos quatro pessoas viajando com ele entre veterinários e fisioterapeutas. A gente mostra o resultado final, mas sem essa equipe toda envolvida a gente não é nada”, disse Riskalla, que atualmente mora na França.
Entre as ações feitas pelo CPB durante a pandemia do Covid-19, também foram realizadas outras 16 lives, sendo nove sobre natação paralímpica e sete da série Live Paralímpica.
Na próxima terça-feira, 16, às 16h, a Live Paralímpica terá como convidada a nadadora Edênia Garcia. Já na Live Tamo Junto, o bate-papo será sobre ciclismo. Os campeões mundiais Lauro Chaman e Henrique Avancini se encontrarão nos perfis do CPB e do COB no Instagram na quinta-feira, 18, às 18h30.
Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível
O atleta Rodolpho Riskalla é integrante do Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível, programa de patrocínio individual da Loterias Caixa que beneficia 70 atletas e sete atletas-guia.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)