A Live Tamo Junto, parceria entre o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e o Comitê Olímpico do Brasil (COB), desta quinta-feira, 28, contou com a medalhista paralímpica Rio 2016 e vice-campeã parapan-americana em Lima 2019 no vôlei sentado Edwarda Dias e do campeão olímpico e mundial de vôlei de praia Ricardo Santos. No bate-papo, eles contaram os planos para o futuro e as principais diferenças entre as duas modalidades.
A transmissão deu sequência ao conjunto de ações feitas pelo CPB durante a pandemia do Covid-19. Ao todo, já foram realizadas 17 lives, sendo nove sobre natação paralímpica, cinco da série Live Paralímpica e três da série Live Tamo Junto, parceria inédita entre o CPB e o COB.
Aos 21 anos, Edwarda, conhecida como Duda, já acumula no currículo duas pratas em Jogos Parapan-Americanos (Toronto 2015 e Lima 2019) e um bronze paralímpico, primeira medalha em Jogos Paralímpicos do Brasil no vôlei sentado feminino. “Tenho conquistas bem importantes no vôlei apesar da pouca idade, mas quero experimentar o máximo do esporte que puder, até porque sou nova. Estou começando no parabadminton, ano passado disputei meu primeiro brasileiro”, contou.
O medalhista olímpico (ouro em Atenas 2004, prata em Sydney 2000 e bronze em Pequim 2008) e campeão mundial em 2003, Ricardo, que hoje mora na Flórida (EUA), assumiu a responsabilidade de treinar jovens atletas do vôlei de praia.
“Ser técnico vai além de treinar cortadas e bloqueios massivamente, isso qualquer um faz, mas passar a experiência que tenho como jogador é o que faz a diferença. Em grandes competições, como nos Jogos Olímpicos, o técnico não fica no banco e não pode falar nada com os jogadores, então esse preparo, amadurecimento dos atletas é muito importante. Tenho aproveitado esse tempo de isolamento social também para me aprimorar pensando nesse projeto”, explicou.
Duda aproveitou a conversa para explicar para o campeão mundial do vôlei de praia e para o público as principais regras do vôlei sentado. “A principal regra é que o jogador não pode se levantar, uma parte do glúteo tem que sempre estar em contato com o chão durante a jogada, o toque na bola. Podemos também bloquear um saque, fora isso as regras são iguais ao vôlei convencional. Por estarmos sentados, a rede é mais baixa e a altura é diferente entre os gêneros, 1,45m no masculino e 1,05m no feminino”, detalhou a jogadora que é amputada abaixo do joelho da perna direita.
Esta foi a terceira live conjunta entre as duas entidades que regem o desporto olímpico e paralímpico no país. Juntos, os dois comitês reúnem 336mil seguidores no Instagram. Atletas do atletismo e tênis de mesa já participaram desta parceria.
Na próxima quinta-feira, 4, será a vez do multimedalhista paralímpico Daniel Dias e o medalhista mundial Bruno Fratus conversarem sobre a natação.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)