A carioca Camila Dias, 12, e o paulista Murilo Akyra, 17 participam pela primeira vez da semana de treinos das Seleções Brasileiras sub-18 e sub-20 de natação, que acontece no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo.
Os jovens fazem parte dos 23 atletas convidados para a terceira fase de treinamento da modalidade e foram selecionados de acordo com a performance observada em competições anteriores, como Meeting Paralímpico e Paralímpiadas Escolares.
Camila tem paraparesia espástica, doença que limita os movimentos dos seus membros inferiores e compete na classe S8 (para atletas com limitações físico-motoras). Por volta de um ano de idade, recebeu uma indicação médica para iniciar na natação.
A jovem nada 100m costas e 50m livre, a última sendo sua principal prova com a marca de 40s. Há um ano, está inserida no esporte paralímpico e participou das Paralímpiadas Escolares em 2020 e do Camping Escolar Paralímpico, em janeiro deste ano.
O tempo de 40s a classificaria para o Circuito Nacional da modalidade, principal competição de alto rendimento, já que o índice mínimo para sua classe é de 48s. A idade mínima para participar é 14 anos, por este motivo, a nadadora ainda não disputa este torneio.
“É muito gratificante estar treinando aqui na Seleção, porque me estimula a traçar novas metas”, afirmou a jovem nadadora.
Assim como a carioca, Murilo também começou desde pequeno a prática de esportes.
O atleta, da classe S7, nasceu com mielomeningocele (má-formação na coluna vertebral durante a gestação) e conheceu o esporte paralímpico aos sete anos, indicado pela sua fisioterapeuta a frequentar um clube da cidade onde mora. E, quatro anos depois, já disputava suas primeiras competições.
Neste ano, o jovem participou de torneios como o Campeonato Brasileiro e o Campeonato Paulista da natação. “Participar do Brasileiro foi uma grande novidade para mim, era um sonho que eu consegui alcançar”, comentou o atleta.
Rotina
Até o dia 16 de julho, eles treinarão com os técnicos da Seleção Brasileira, assistirão a palestras com profissionais do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e serão submetidos a avaliações.
“Os treinos estão sendo diferentes, a disputa é contra o tempo e isso exige mais dedicação. Além disso, essa semana fiz exercícios de perna pela primeira vez aqui na academia do CT”, contou Murilo.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)