O Expo Brasil Paralímpico chegou ao final de sua primeira edição, neste sábado, 23, após quatro dias de conteúdo, experimentações esportivas, interação com atletas, e, acima de tudo, inclusão, inspiração e abertura de um caminho de avanços para o desenvolvimento do paradesporto no Brasil.
Realizado no São Paulo Expo, na zona sul da capital paulista, e organizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) em parceria com a 19ª Reatech, uma das feiras mais importantes da América Latina dedicadas à promoção da acessibilidade e da qualidade de vida das pessoas com deficiência, o evento reuniu atletas, especialistas e o público geral em uma celebração do esporte, da ciência e da sociedade, além de mostrar que mais do que formar medalhistas, o poder transformador do esporte também inclui pessoas com deficiência na sociedade como um todo.
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Para Mizael Conrado, presidente do CPB e bicampeão paralímpico no futebol para cegos (Atenas 2004 e Pequim 2008), o evento cumpriu seus principais objetivos. “Foi um grande sucesso. O evento esteve cheio o tempo todo e, em muitos momentos, a emoção tomou conta do público. Toda a programação mostrou muito bem os dois últimos ciclos paralímpicos, que foram muito vitoriosos para o Brasil. Foi apenas a primeira edição do Expo Brasil Paralímpico, mas o resultado foi o melhor possível. Estamos muito felizes pela parceria junto à Reatech e com o que aconteceu nestes quatro últimos dias”, analisou Mizael.
“Projetos como os Centros de Referência e a realização de ações como as Paralimpíadas Escolares, que acontecerão na próxima semana, mostram o quanto estamos dispostos a levar o Movimento Paralímpico brasileiro à primeira prateleira mundial”, continuou.
Durante todo o evento, atividades práticas como judô, tênis de mesa, basquete de cadeira de rodas, escalada e equoterapia trouxeram experiências diferentes e de integração para os visitantes, que puderam vivenciar de perto o esporte adaptado, além de interagir com atletas medalhistas nos Jogos Paralímpicos de Paris.
“Interagir com o público, principalmente crianças e adolescentes, faz toda a diferença para o esporte paralímpico. Quando as pessoas têm uma referência, elas se inspiram, se espelham e percebem que o sucesso é uma possibilidade real. O esporte paralímpico precisa disso. Acho que, a partir de agora, as próximas gerações terão essa referência em praticamente todas as modalidades”, disse Beth Gomes, bicampeã paralímpica no lançamento de disco, durante o podcast Além do Pódio, que foi transmitido diariamente no canal do YouTube do CPB em parceria com o UOL Esporte.
Para Petrúcio Ferreira, considerado o atleta paralímpico mais rápido do mundo ao correr os 100m da classe T47 (deficiência nos membros superiores) em 10s29, em 2022, na capital paulista, o Movimento Paralímpico tem tido um papel transformador ao promover inclusão e reabilitação social. “Eu mesmo, lá no começo, achava que era diferente e que não podia praticar esportes por não ter uma das mãos. O esporte me ajudou no autoconhecimento e a me reinventar. A verdadeira transformação do Movimento é para a sociedade. Não apenas para o esporte”, disse o tricampeão paralímpico.
O futuro do paradesporto também ganhou destaque com discussões sobre tecnologia, ciência e gestão inovadora, já que o Expo Brasil Paralímpico foi sede do VII Congresso Paradesportivo Internacional, que teve como meta aproximar o conhecimento gerado nas universidades brasileiras da prática esportiva, reunindo pesquisadores, doutores, mestres, alunos de pós-graduação, grupos de pesquisa, bem como profissionais de áreas afins para debates, cursos, oficinas e painéis de apresentação.
Além disso, a feira contou com estandes do CPB e de confederações esportivas para apresentar ao público programas de fomento ao Movimento Paralímpico, da base ao alto rendimento, e modalidades adaptadas que compõem o programa paralímpico. Inclusive, em parceria com o ASICS, o Comitê comercializou os mesmos modelos de uniformes que foram utilizados pelos atletas nos Jogos de Paris 2024.
A primeira edição do Expo Brasil Paralímpico foi fruto de uma parceria entre o CPB e a Fiera Milano Brasil. A entidade e a empresa trabalham juntas desde o ano passado. À ocasião, o CPB teve uma Arena Paralímpica na Reatech, o que permitiu ao público se aproximar de quatro modalidades paralímpicas: basquete em cadeira de rodas, bocha, futebol de cegos e atletismo.
Para Maurício Macedo, CEO da Fiera Milano Brasil, a parceria com o CPB traz um incremento ainda maior ao evento. “A Reatech tem o propósito de ser um vetor de transformação social e trazer o paradesporto a esta causa é muito enriquecedor por todo o poder unificador e o legado maravilhoso que o paradesporto brasileiro nos traz.”
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)