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Conheça os atletas da classe S1 com índice para Tóquio na seletiva de natação paralímpica

O nadador Gabriel Feiten, da classe S1, nada durante a prova dos 50m costas no CT Paralímpico | Foto: Ale Cabral / CPB.

Nota atualizada às 09h50 de sexta-feira, 4

Dentre os dez índices alcançados para os Jogos de Tóquio
no segundo dia da Fase de Treinamento Seletiva da natação, nesta quinta-feira, 3, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, dois atletas da classe S1 se destacaram. Agora, todos aguardam o final da seletiva e também a verificação de elegibilidade para confirmar suas vagas para o evento na capital japonesa.

O paulista José Ronaldo da Silva, 40 anos, nadou 1min26s33 e bateu o índice de 1min40s41 ainda nas provas eliminatórias dos 50m costas masculino. De quebra, seu tempo foi o novo recorde das Américas, que era até então de 1min38s18.

Já o gaúcho Gabriel Feiten, 41 anos, completou a mesa prova com o tempo de 1min31s75 e foi outro atleta da classe S1 a bater o índice paralímpico no dia.

“Temos novamente a chance de levar dois atletas classes baixas com chances de estar em finais e de conquistar medalha em Jogos Paralímpicos para o Brasil. Espero fazer uma dobradinha com o José Ronaldo em Tóquio”, afirmou Gabriel Feiten, que é tetraplégico por causa de uma lesão completa na coluna de nível cervical C6.   

As classes S1 e S2 na natação concentram atletas com os mais severos comprometimentos nos quatro membros ou ainda com graves lesões medulares.

“A gente vinha trabalhando, treinando, mas veio esta surpresa do recorde. É gratificante, é uma vida, poder representar um país. Ainda mais agora pela classe S1”, apontou José Ronaldo, que mudou da classe S2 para S1 em 2018 e também é tetraplégico. 

A valorização e estímulo à participação de atletas com deficiência, principalmente as mais severas, em eventos esportivos é um dos objetivos traçados no Planejamento Estratégico do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) 2017-2024. Nos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019, 25% dos atletas com deficiência física eram das chamadas “classes baixas” (para atletas com deficiências mais severas). 

Com esta marca, o CPB superou o objetivo de 12% estabelecido para os Jogos Parapan-Americanos de 2023, em Santiago, Chile.

“O aumento de atletas com deficiências severas [classes baixas] é muito importante para o fomento do esporte para pessoas com este perfil de deficiência. Assim, pessoas que têm deficiências parecidas conseguem perceber que elas também podem alcançar seus sonhos, dentro de suas limitações, seja dentro do esporte ou não”, aponta Fabiano Quirino, técnico de classes baixas da seleção brasileira paralímpica da natação. 

Os atletas José Ronaldo e Gabriel Feiten participaram da primeira edição do Camping Escolar do CPB, em 2018, projeto que proporciona a jovens atletas o primeiro contato com a rotina de um profissional de alto rendimento.

“Foi também uma coisa inédita na nossa vida, foi uma semana muito positiva, deu para absorver muita informação. Naquela ocasião, tivemos ainda contato com a nadadora Edênia Garcia, que nos contou as experiências dela como atleta. Então, foi tudo um grande aprendizado”, recordou José Ronaldo.

“O Camping é mais uma mostra do mérito do técnico Fabiano [Quirino] e do CPB por investir em atletas oriundos de classes baixos. Esse trabalho de base, de investimento, gerou novos frutos agora para os Jogos de Tóquio”, finalizou Gabriel Feiten, que ainda disputou os Jogos de Pequim 2008 e o Parapan 2011 pela classe S2.

Mais índices nesta tarde 

Na sessão da tarde desta quinta-feira, 3, mais cinco atletas alcançaram o índice, em suas respectivas provas e classes, para os Jogos de Tóquio. O primeiro foi com o paraibano Ronystony Cordeiro, classe S4, nos 50m costas. Com o tempo de 47s52, ele ficou mais próximo dos Jogos na capital japonesa.

Nos 400m livre, o carioca Caio Amorim (S8) concluiu a prova em 4min39s44, ficando quase dois segundos abaixo do índice. Caio tem má-formação congênita nos membros inferiores e começou a nadar aos 5 anos por recomendação médica. Na mesma prova, o catarinense Matheus Rheine (S11) também nadou abaixo do índice.Com a marca de 4min49s89, ele foi aproximadamente quatro segundos mais rápido que o exigido pelo critério técnico [4min53s82].

Já nos 50m borboleta, a potiguar Joana Neves (S5) alcançou o índice para os Jogos ao finalizar a prova em 46s68. A marca estabelecida pelo CPB era de 47s21. Joana tem acondroplasia (nanismo) e compete desde os 13 anos. No Mundial de Londres 2019, ela conquistou a medalha de prata nesta prova.

Na última prova do dia, os 100m borboleta masculino, o paulista Gabriel Cristiano (S8) atingiu o índice exigido [01min05s47] ao finalizar a distância em 01min05s21. Na mesma prova, o também paulista Gabriel Bandeira (S14), que já tinha conquistado o índice pela manhã, estabeleceu um novo recorde das Américas com a marca de 54s64. O brasileiro já era o detentor da marca continental desde o Campeonato Europeu em Madeira no mês de maio, com 54s99. O recorde mundial ficou a apenas 18 centésimos [54s46]. 

A seletiva, que ocorrerá até sábado, 5, tem como objetivo definir quais os nadadores preencherão as vagas da natação para os Jogos de Tóquio. 

Todos os participantes da Fase de Treinamento Seletiva têm obedecido a rigorosos protocolos sanitários implementados pelo CPB desde sua reabertura em julho do ano passado. 

O CPB transmitirá em seu canal do Youtube e na página oficial do Facebook as finais das provas 50m livre e 100m costas nesta sexta, 4, a partir das 17h. 

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