Esta é a primeira vez que ambos participam do evento, realizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) que tem como objetivo proporcionar a jovens atletas, com idade entre 11 e 17 anos. Eles foram selecionados a partir das Paralimpíadas Escolares e terão o primeiro contato com a rotina de um atleta de alto rendimento.
“Estávamos no treino ao lado dos atletas da Seleção Brasileira e um deles começou a contar sobre a rotina de treinos. Eu gostei de saber como ele chegou até lá para seguir os mesmos passos”, contou Kael.
Natural do interior do Amazonas, aos sete meses de idade sofreu uma lesão cerebral do lado esquerdo, comprometendo seus movimentos superiores e inferiores do lado direito. Ele começou a praticar tênis de mesa com o tio em um clube da cidade. Atualmente, Kael treina na escola após o horário de aula.
“Gratidão a todos os envolvidos no esporte paralímpico, por proporcionar oportunidades e realização de sonhos na vida desses jovens atletas. O tênis de mesa tem contribuído bastante e melhorado a autoestima do meu filho”, afirmou Ionice de Souza, mãe do Kael.
O jovem participa há quatro anos das Paralímpiadas Escolares, maior evento mundial para crianças e jovens com deficiência em idade escolar e que já descobriu grandes talentos do paradesporto brasileiro.
Já Guilherme participou apenas uma vez das Escolares. Após se destacar na edição de 2021, recebeu o convite para estar no Camping deste ano. Com deficiência motora, o mato-grossense começou a praticar o esporte com alguns familiares que jogam tênis de mesa por hobby.
“Antes de participar do Camping, eu já tinha uma rotina de treinos em casa. Meu pai construiu uma estrutura para mim lá em Mato Grosso, onde jogo com ele, meu tio e meu primo. Aqui, no CT, tenho um dia a dia diferente e, por enquanto tenho gostado bastante da experiência vivida durante o evento”, contou.
O técnico convidado para a modalidade, Ricardo Rieff, analisou o desempenho dos atletas nas duas fases. “Eles evoluíram bastante no intervalo de uma fase para a outra, são determinados e disciplinados. O Kael se destaca pela aptidão física diferenciada em relação aos atletas aqui presentes”.
Os atletas que participam do Camping, além de cumprirem todas as atividades propostas pelos técnicos do CPB e confederações, participam de competições regionais e/ou nacionais de suas modalidades ao longo do ano.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)