A Seleção feminina foi vice-campeã nas três edições da competição realizadas até agora: 2005, 2013 e 2017, sendo que o torneio só não foi disputado na capital paulista em 2013. À ocasião, o campeonato foi sediado em Colorado Springs (EUA).
Auxiliar técnico da Seleção entre 2014 e 2021, o atual treinador afirmou que busca um estilo de jogo mais “dinâmico” e “imprevisível para as adversárias”. Durante o torneio, o Brasil pode enfrentar os EUA, que eliminaram as brasileiras nas semifinais dos Jogos Paralímpicos de Tóquio. Na decisão, as norte-americanas foram superadas pela Turquia e ficaram com a medalha de prata. Já o Brasil terminou a competição na quarta colocação.
Em relação à Seleção Brasileira que foi para a capital japonesa, Jônatas promoveu duas mudanças: as alas Ana Carolina Duarte e Victória Amorim foram substituídas por Larissa Saturnino (pivô) e Danielle Longhini. “Além de renovar o time, nossa pretensão é ampliar o leque de meninas tecnicamente capazes de representar a Seleção. Mais do que isso, a modernização pretendida exige meninas versáteis e que se adaptem ao jogo dinâmico, com condições de exercerem diferentes funções em quadra”, justificou o treinador.
O Campeonato das Américas valerá vaga para o Mundial da modalidade, marcado para junho, na China. A Seleção feminina busca ser uma das duas classificadas. Para tanto, tem que chegar à final. Caso os EUA sejam um dos times finalistas, a terceira colocação bastará, pois as norte-americanas já possuem vaga no Mundial.
O que pretende com a duas trocas feitas em relação à convocação para Tóquio?
Além de renovar o time, nossa pretensão é ampliar o leque de meninas tecnicamente capazes de representar a Seleção. Mais do que isso, a modernização pretendida exige meninas versáteis e que se adaptem ao jogo dinâmico, com condições de exercerem diferentes funções em quadra. O atual sexteto, convocado para o Campeonato das Américas, foi o que obteve o melhor desempenho para a atual proposta.
Além das trocas de jogadoras, qual é a principal mudança desta Seleção para a que jogou em Tóquio?
Observamos que o estilo de jogo das nossas principais adversárias estava muito mais dinâmico após a pandemia. Isso nos trouxe dificuldades nos Jogos Paralímpicos. Desde dezembro de 2021, quando assumi a Seleção nos treinamentos, trabalhamos para modernizar nossa dinâmica. A ideia é ser mais imprevisível e de mais difícil leitura às adversárias. Já neste Campeonato das Américas, vamos apresentar esse novo conceito e avaliar ainda mais as mudanças para o futuro.
Explique um pouco melhor essas mudanças que pretende implantar.
Implantamos um formato mais desafiador, com maior quantidade de treinos, considerando treinamentos físicos, técnicos e táticos. Desta forma, a intensidade dos treinamentos exige maior esforço físico e mental, porém sempre em doses adequadas ao condicionamento do grupo. Isso exigiu um planejamento mais amplo com a nova comissão técnica. Felizmente, a resposta das atletas tem sido satisfatória. Percebemos um grande avanço dentro do que prevíamos para este momento pré-competição.
O Brasil é uma das melhores seleções do mundo, mas ainda não conquistou nenhuma medalha nos Jogos Paralímpicos e foi três vice-campeão no Campeonato das Américas. Com essas mudanças implementadas, acredita que o título nesta edição ficará mais próximo?
Traçamos pequenos objetivos dentro do torneio. Todos são reais! A primeira missão, já na fase de grupo, é apresentar eficiência no nosso novo conceito de jogo. Em seguida, vamos em busca da vaga para o Mundial. E, claro, buscar o título, que seria inédito para o Brasil nesta competição. Sabemos que será um campeonato muito difícil, mas, pelo patamar que o Brasil já tem e com as novas propostas em prática, o título é possível.
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Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br).