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Campeã paralímpica Mariana D’Andrea busca medalha em nova categoria no Mundial de halterofilismo neste sábado

Mariana D’Andrea celebra movimento válido com seu técnico, Valdecir Lopes | Foto: Ana Patrícia/CPB

Campeã paralímpica nos Jogos de Tóquio 2020 na categoria até 73 kg,  a paulista Mariana D’Andrea entrará na disputa por medalha em uma nova categoria no Mundial de halterofilismo de Dubai, neste sábado, a partir das 8h55 (de Brasília). Pela primeira vez em uma edição do torneio, a atleta competirá na categoria até 79 kg.

Além de campeã paralímpica, Mariana também é a atual vice-campeã mundial na categoria até 73 kg, com uma prata conquistada na edição anterior, em Tbilisi, na Geórgia, melhor resultado do Brasil na história do evento.

As disputas nos Emirados Árabes começaram na terça-feira, 22, e vão até 30 de agosto no hotel Hilton Habtoor City, onde as delegações estão hospedadas. O evento conta com 495 atletas de 78 países. O Brasil conquistou uma medalha de bronze na categoria adulta e outra de ouro, entre os juniores, ambas com a mineira Lara Lima.

A Seleção Brasileira se faz presente com uma equipe de 23 halterofilistas, de 12 unidades federativas (AM, BA, MG, PA, PB, PE, PR, RJ, RN, RS, SC e SP). A delegação é formada por aqueles que alcançaram os índices estabelecidos pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) durante a Primeira Fase Nacional do Circuito Loterias Caixa, em março, e o Campeonato Brasileiro Loterias Caixa, em abril, ambas no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. O Mundial é realizado pela terceira vez em Dubai, onde já esteve em 1998 e 2014 e é etapa obrigatória para qualificação aos Jogos Paralímpicos de Paris 2024.

“Acredito que treinei muito bem nos últimos dias, tanto no Brasil como também aqui em Dubai. Isso está me deixando bem confiante para repetir o que faço ali na competição. Está sendo um Mundial muito duro, os árbitros estão bem rígidos, mas acredito que dará tudo certo e vou fazer uma bela competição. Nessa hora, não adianta querer ficar nervosa. A ansiedade vem, mas estou conseguindo me manter tranquila”, afirmou Mariana, que tem baixa estatura e fará sua primeira competição internacional na categoria até 79kg, na qual ela começou a competir no início do ano.

Mariana está em segundo lugar no ranking mundial na categoria até 73kg, sua anterior e na qual obteve seus principais títulos, com a marca de 140 kg. A liderança é da nigeriana Kafila Aalmaruf, com 145kg levantados em outubro de 2022.

A paulista ainda não possui marca internacional na categoria até 79kg, mas obteve bons resultados em disputas nacionais. Em julho, na Segunda Fase Nacional do Circuito Loterias Caixa, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, ela suportou 150kg, o que a colocaria em primeiro lugar no ranking para os Jogos Paralímpicos de Paris 2024, caso o campeonato estivesse dentro do grupo de eventos internacionais considerados.

Além de buscar uma medalha, o objetivo de Mariana e da comissão técnica é conseguir uma boa posição no ranking na nova categoria, o que permitiria à atleta escolher em qual categoria (até 73 kg ou até 79 kg) irá competir nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024. A decisão precisa ser tomada em junho do ano que vem.

Na disputa pela segunda medalha adulta do Brasil no Mundial, Mariana terá pelo caminho duas recordistas mundiais de diferentes categorias: A francesa Ghazouani Souhad é a atual recordista mundial na categoria até 73 kg, com a marca de 150 kg, mas, a exemplo da paulista, disputará entre as halterofilistas de até 79 kg. Além da francesa, outra recordista na prova será a nigeriana Bose Omolayo, dona da melhor marca na própria categoria até 79 kg (145 kg). 

O Brasil ainda será representado por mais três atletas neste sábado. A mineira Caroline Fernandes Alves entra na arena para sua estreia em um Mundial, na mesma prova de Mariana. A halterofilista é a nona no ranking do ciclo Paris 2024, com levantamento de 109 kg. O dia também terá a prova da categoria até 73kg, na qual competem a mineira Ângela Teixeira e a paulista Laira Guimarães.

As atletas ainda não possuem marcas no ranking Paris. Durante a Seletiva para os Jogos Parapan-Americanos de Santigago, no início de agosto, elas registraram 103 kg e 100 kg, respectivamente, o que daria a elas a oitava e a décima colocação.

Sexta-feira
A sexta-feira em Dubai teve a primeira participação em um Mundial do carioca Gustavo Souza, atleta paralímpico com maior marca entre os brasileiros, com 232 kg levantados no Meeting Loterias Caixa do Rio de Janeiro, em agosto. O halterofilista ergueu 226 kg em sua primeira tentativa na prova da categoria acima de 107 kg e terminou na nona colocação. Ele ainda tentou por duas vezes erguer 238 kg, mas teve movimentos invalidados.

A medalha de ouro e a de prata ficaram com iranianos. O primeiro colocado foi Ahmad Aminzadeh, que suportou 255 kg e o segundo, Mahdi Sayadi, com 246 kg. O pódio ainda teve Jamil Elshebli, da Jordânia, com levantamento de 237 kg. “Fiquei feliz e triste ao mesmo tempo. Foi um sonho realizado brigar lado a lado com os melhores do mundo, foi muito importante sentir isso e ganhar experiência. Mas eu queria ganhar uma medalha, tentei isso. Agora é voltar para o Brasil, trabalhar como nunca para os Jogos Parapan-Americanos de Santiago, em novembro, para sair como primeiro lugar no ranking das Américas. Gostaria de agradecer à comissão técnica da Seleção Brasileira e ao meu técnico de base, Aveiro Junior, que foram essenciais para meu resultado”, afirmou Gustavo, que tem amputação na perna direita em razão de uma má-formação congênita.

Mais cedo, o mineiro Mateus Silva ergueu 206 kg em sua segunda tentativa e encerrou a disputa da categoria até 107 kg na 11ª colocação. O halterofilista também tentou quebrar seu próprio recorde nacional, de 215 kg, com um levantamento de 216 kg, mas teve o terceiro movimento anulado. O também mineiro Jean Rufino suportou 190 kg e ficou em 14º lugar na mesma prova.
“Foi uma prova muito difícil. Os atletas concorrentes eram muito fortes, mas eu vinha treinando muito para estar aqui. Vou continuar buscando os 216 kg”, afirmou Mateus. “Bola para a frente, porque os Jogos Parapan-Americanos estão logo aí e eu não posso baixar a cabeça agora”, completou.

A disputa da categoria até 107 kg foi vencida pelo iraniano Aliakbar Gharibshahi, que ergueu 248kg. A prata ficou com Enkhbayaryn Sodnompiljee, da Mongólia, com 247kg, e o bronze, com o ucraniano Anton Kriukov (244 kg).

Na prova feminina até 86 kg, a carioca Tayana Medeiros, quinta colocada no ranking do ciclo Paris 2024, tentou por três vezes quebrar seu recorde das Américas de 129 kg, estabelecido no ano passado, também em Dubai. A halterofilista, porém, teve anulados seus três movimentos, um de 135 kg e dois de 136 kg. A comissão ainda lançou um desafio técnico, recurso que exige dos árbitros que anularam o movimento a reavaliação da decisão a partir de imagens, mas o levantamento continuou nulo.

“A leitura dos árbitros é de que houve falta de parada em meu movimento. Eu, revisando com os técnicos, não vi esse problema. Fiquei triste, decepcionada, mas é manter a cabeça erguida e seguir em frente. Esse resultado não vai me desanimar”, afirmou Tayana, que volta a competir na próxima quarta-feira, 30, para a disputa de equipes femininas, ao lado de Lara Lima e Mariana D’Andrea.

Na mesma prova, a potiguar Alane Lima levantou 103 kg competindo pelo grupo B (para atletas com levantamento inicial menor) e ficou na 12ª posição na classificação geral. O ouro na categoria foi para a chinesa Zheng Feifei, que levantou 154 kg. A prata foi para a ucraniana Nataliia Oliinyk, com 153kg, e o bronze para a nigeriana Folashade Oluwafemiayo (152kg).

Seleção Brasileira em Dubai
A equipe brasileira adulta em Dubai supera em número a convocada para a edição anterior do Mundial, em Tbilisi, na Geórgia. Na competição passada, o Brasil contou com 18 atletas para as disputas na elite da modalidade.

O país levou a Dubai seus três medalhistas de edições anteriores do Mundial. São eles: a paulista Mariana D’Andrea, prata na Geórgia em 2021, o baiano Evânio da Silva, bronze na Cidade do México em 2017, e a paranaense Márcia Menezes, bronze em Dubai em 2014. Além disso, a delegação conta com nove estreantes.

Com seis atletas, Minas Gerais é o estado com o maior número de representantes no Mundial. Dentre os convocados, 11 vêm da região Sudeste, sete do Nordeste, três do Sul e dois do Norte. A Seleção Brasileira é formada majoritariamente por mulheres. São 14, cerca de 61% do grupo, ante nove atletas masculinos.

Confira a programação dos brasileiros neste sábado, 26 (horários de Brasília):
Categoria até 73kg
3h30

Ângela Teixeira e Laira Guimarães

Categoria até 79kg
8h55

Mariana D’Andrea e Caroline Fernandes

Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível
A atleta Mariana D’Andrea é integrante do Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível, programa de patrocínio individual da Loterias Caixa que beneficia 91 atletas.

Time São Paulo
A atleta Mariana D’Andrea é integrante do Time São Paulo, parceria entre o CPB e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, que beneficia 106 atletas de 14 modalidades. Patrocínios As Loterias Caixa são a patrocinadora oficial do halterofilismo.

Patrocínios
As Loterias Caixa são a patrocinadora oficial do halterofilismo.

Assessoria de Imprensa do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

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