Além dos treinos físicos e na pista, os atletas são submetidos a avaliações, assistem a palestras, bem como recebem orientações, psicológicas, nutricionais e fisioterápicas.
“O atletismo foi minha porta de entrada no esporte paralímpico, mudou minha vida após o acidente. E foi graças ao atletismo que surgiu a oportunidade de iniciar nos esportes de neve. Independente dos resultados em competições, não me vejo sem uma das duas modalidades”, afirmou a atleta.
Aline ficou paraplégica após sofrer um acidente automobilístico aos 15 anos. Iniciou a prática no esqui cross-country em janeiro de 2017, mas nunca deixou de praticar o atletismo. Tanto que, em 2016, competiu nos Jogos Paralímpicos de Verão do Rio de Janeiro, nos 1.500m e na maratona em cadeira de rodas.
No ano passado, sob o comando do norte-americano Adam Bleakney, medalha de prata nos 800 m, da classe T54 (para cadeirantes), nos Jogos Paralímpicos de Atenas 2004, ela participou de um Camping de atletismo, também no CT Paralímpico.
“Há alguns anos, tive a oportunidade de treinar com o Adam e os seus atletas em Illinois. O Fernando [Orso, treinador de Aline] também foi para os EUA. Depois disso, ele fez algumas modificações nos meus treinos e isso permitiu uma boa evolução nas minhas duas últimas temporadas. Muitas coisas que faço hoje, diariamente, já são baseadas nos métodos do Adam”, disse a paranaense, à época.
Nesta 1ª semana de treinamentos de 2023, algumas das cadeiras de rodas e petras utilizadas nas atividades foram adquiridas pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), por meio do patrocínio da Braskem.
Esportes de neve
Nos esportes de neve, em 2018, Aline se tornou a primeira mulher brasileira a competir em uma edição dos Jogos Paralímpicos de Inverno, em PyeongChang, na Coreia do Sul. Quatro anos depois, também compôs a delegação do país que disputou os Jogos de Pequim 2022. Em janeiro deste ano, conquistou três medalhas no Mundial de esqui cross-country, disputado em Ostersund, na Suécia. Ela faturou um ouro e dois bronzes.
Além da paranaense, o rondoniense Cristian Ribera, 20, é outro atleta que disputou as duas últimas edições dos Jogos Paralímpicos de Inverno, além do Mundial na Suécia 2023, e está na 1ª semana de treinamentos de cadeira de roda e petra no CT. No mês passado, na Escandinávia, ele foi bronze na prova masculina de sprint.
Tanto Cristian como Aline foram anunciados como atletas integrantes do Time São Paulo, parceria entre o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, que beneficia 106 atletas de 14 modalidades.
Confira a lista de atletas que compõem a 1ª semana de treinamentos de cadeira de roda e petra de 2023 :
ATLETAS EM CADEIRA
Aline Rocha
Altair Marangne
Ariosvaldo Fernandes
Carlos Pierre
Cristian Ribera
Eduardo Bento
Jessica Giacomelli
Josiane Nowaki
Juliano Alves
Leonardo Melo
Maísa Ferreira
Maria de Fatima Fonseca
Raquel Vitória
Rogério Lima
Tarcísio Alves
Vanessa Cristina
Wendel Soares
PETRA
Adriano Ferreira
Aldrey Gonzaga
Brenda Bensberg
Flavia Silvério
Rosenei Herrera
Leonardo Rosemback
Viniciuis Krieger
CONFIRA AQUI O CÁTALOGO VIRTUAL DA FASE DE TREINAMENTOS
Patrocínio
O atletismo é uma modalidade patrocinada pelas Loterias Caixa e Braskem.
Time São Paulo
Os atletas Aline Rocha e Cristian Ribera são integrantes do Time São Paulo, parceria entre o CPB e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, que beneficia 106 atletas de 14 modalidades.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)