Oito atletas da Seleção Brasileira de tênis em cadeira de rodas estão reunidos no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, para sua segunda e última etapa de treinos na capital paulista em 2023. A equipe chegou à cidade nesse domingo, 9.
Para a tenista tocantinense Jade Lanai, 19, uma das participantes nesta etapa, a reunião no CT neste final de ano já servirá como pré-temporada para que ela possa buscar uma vaga para os Jogos Paralímpicos de Paris, em 2024. A atleta, que, em 2022, conquistou a primeira medalha de ouro em um Grand Slam para o tênis em cadeira de rodas brasileiro, competindo na categoria Júnior, está atualmente na 48ª posição no ranking feminino da modalidade. Ela busca avançar ao menos 20 colocações no primeiro semestre do ano que vem para se qualificar ao megaevento, com início em agosto. A atleta passou a se dedicar apenas à categoria adulta em 2023.
“Paris está muito no meu radar. Ainda há um caminho longo pela frente, mas acredito que seja possível. Pretendo fazer um primeiro semestre com muitos torneios para me classificar nesta reta final do ciclo Paralímpico. Estou muito ansiosa para que isso dê certo e acredito que tenha boas chances”, afirmou Jade.
A tocantinense disse ter cumprido suas metas para 2023. “Viajei bastante para competir, com bons resultados no Brasil e em outros países, inclusive meu primeiro título fora do Brasil de simples em adultos, no torneio de Pereira, em setembro, durante a Gira Colombiana”, analisou a atleta, que treina na equipe do Cetefe, em Brasília (DF).
Jade disse que a semana de treinamentos também tem a função de estabelecer o planejamento de competições que serão realizadas por cada atleta em 2024. Ela prevê que suas primeiras disputas do próximo ano já comecem em janeiro.
Junto à Jade, participam da semana de treinamento no CT: Felipe Santana, Jucelio Torquato, Lucas Corrêa e Diego Kohlrausch, do Masculino Open; e Ana Caldeira, do Feminino Open; e Vitória Miranda e Luiz Calixto, do Júnior. Os treinadores são Lazaro Herculano, Leonardo Oliveira, Vinicius Cyrillo e Raphael Oliveira. Completam a lista os fisioterapeutas físicos Roberto Bretas e Elora de Lima.
Para o vice-presidente da Confederação Brasileira de Tênis (CBT), Jesus Tajra, as semanas de treinamento já apresentam resultados significativos para o tênis em cadeira de rodas brasileiro. “É um trabalho contínuo que temos feito e o sucesso pode ser visto nos Jogos Parapan-Americanos deste ano, nos quais a nossa modalidade conquistou o maior número de medalhas da história do Brasil. Agora, o foco serão os Jogos Paralímpicos, mas, acima de tudo, desenvolver o tênis em cadeira de rodas brasileiro”, afirmou.
*Com informações da Confederação Brasileira de Tênis (CBT).
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)
