A Seleção Brasileira de halterofilismo paralímpico estreia neste sábado, 11, no Campeonato Mundial da modalidade, que acontecerá no Cairo, no Egito, amparada nos grandes resultados recentes que obteve, principalmente na categoria feminina, para ir em busca de sua melhor campanha na história da competição.
No país árabe, o Brasil terá a maior delegação brasileira entre todos os Mundiais, com 16 atletas mulheres e nove halterofilistas homens. É também o maior quantitativo feminino nacional em uma edição de Mundial. A atual delegação supera as 14 mulheres que participaram de Dubai 2023 e as nove halterofilistas que estiveram em Tbilisi 2021, até então as convocações com maior representatividade feminina.
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E, além da quantidade, as atletas também têm obtido os melhores e mais expressivos resultados do país na modalidade nas últimas edições de Jogos Paralímpicos, Parapan-Americanos e Mundiais.
Entre elas, está a paulista Mariana D’Andrea, bicampeã paralímpica (Tóquio 2020 e Paris 2024) e campeã Mundial em Dubai 2023. A atleta conquistou há dois anos a primeira medalha de ouro entre adultos do Brasil em um Mundial da modalidade e ainda se tornou recordista mundial da categoria até 79kg, com um levantamento de 151kg.
Em Jogos Paralímpicos, a atleta também só conhece o lugar mais alto do pódio. Em Paris 2024 a halterofilista levantou 148kg, conquistando a medalha e um novo recorde paralímpico na categoria até 73kg. Já em Tóquio 2020, também alcançou um feito histórico: conquistou o ouro na categoria até 73 kg, que veio junto com o recorde das Américas (137kg), e se tornou a primeira brasileira a ganhar uma medalha de ouro na modalidade.
Já a carioca Tayana Medeiros foi medalhista de ouro na categoria até 86kg em Paris 2024 e no Parapan de Santiago 2023. A atleta, que foi a porta-bandeira do Brasil na abertura deste Mundial no Egito, conquistou outros grandes resultados recentes. Ganhou a prata na equipe feminina no Mundial de Dubai 2023; a prata na Copa do Mundo de Dubai 2022, e outra prata por equipes mistas na etapa de Tbilisi da Copa do Mundo 2021.
“Primeiramente, percebemos esse destaque maior do feminino devido ao surgimento de projetos de incentivos do Comitê Paralímpico Brasileiro em relação à presença da mulher no halterofilismo e em outros esportes de maneira geral. Ainda temos mais praticantes homens, mas o feminino cresceu muito. No halterofilismo, a primeira participação feminina aconteceu somente nos Jogos de Sidney 2000. Então, é muito recente. Em segundo, percebemos que nos últimos anos, em todo o mundo, a evolução das marcas foi muito mais evidente no feminino do que no masculino. Surgiram alguns nomes importantes entre os homens, como o Gustavo [Amaral de Souza] e o Marco Túlio, que iniciaram o ciclo com levantamentos expressivos, mas as mulheres já vem nessa crescente há mais tempo em relação às marcas”, analisou Murilo Spina, coordenador de halterofilismo do CPB.
Não tão experientes como Mariana e Tayana, mas já medalhista paralímpica e mundial, a mineira Lara Lima também chega ao Egito com um passado recente de pódios importantes para o país.
A atleta, que nasceu com mielomeningocele, doença que afeta a espinha dorsal, e artrogripose, que reduz os movimentos de seus membros inferiores, levou o bronze na categoria até 41kg em Paris 2024, o ouro na categoria júnior, a prata na equipe feminina e bronze no adulto em Dubai 2023; ouro na Copa do Mundo de Dubai 2022; e ouro no júnior e bronze no adulto na etapa de Tbilisi da Copa do Mundo 2021.
Lara Lima, que é a atleta mais jovem da Seleção Brasileira que vai disputar em Cairo 2025, com 22 anos e cinco meses, competirá desta vez somente na categoria adulta e deve compor também a equipe feminina, ao lado de Mariana D’Andrea e Tayana Medeiros, na disputa por medalha no último dia da competição.
“É uma responsabilidade muito grande de estar aqui. Mas, estando perto dessas atletas que são maiores, como Mariana D’Andrea, nos dá confiança e conseguimos ter alguém para nos espelhar e para ir em busca de algo maior”, completou a estreante Creúsa Angélica de Castro, da categoria 41kg, e que tem nanismo do tipo acondroplasia, caracterizado pelo encurtamento dos membros superiores e inferiores.
A força feminina no halterofilismo brasileiro ganhou mais um reforço no ano passado, quando a amazonense Maria de Fátima de Castro tornou-se medalhista paralímpica pela primeira vez ao conquistar o bronze na categoria até 67kg nos Jogos de Paris 2024. Ela ainda soma um bronze na mesma categoria nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023 e uma prata na equipe feminina no Mundial de Dubai 2023.
Em Cairo, Maria de Fátima deve competir no individual da sua categoria e pela equipe mista, ao lado do mineiro Marco Túlio e do carioca Gustavo Amaral de Souza.
Na última edição do Mundial de halterofilismo, em Dubai 2023, a delegação brasileira finalizou a competição com a melhor campanha da história, com quatro medalhas no total, sendo três na categoria adulta e outra no júnior. Além da conquista na competição de equipes, a paulista Mariana D’Andrea obteve um ouro na categoria até 79kg, a primeira medalha dourada do Brasil em Mundiais entre os adultos, e a mineira Lara Lima conquistou mais dois pódios – ouro no júnior e bronze no adulto, ambos pela categoria até 41kg.
O Brasil tem até hoje oito pódios adultos em Campeonatos Mundiais, cinco deles em disputas individuais. Duas dessas conquistas são da paulista Mariana D’Andrea, sendo um ouro (Dubai 2023) e uma prata (Geórgia 2021). O país também possui três bronzes, com a mineira Lara Lima (Dubai 2023), o baiano Evânio Rodrigues da Silva (México 2017) e a paranaense Márcia Menezes (Dubai 2014).
Além dessas medalhas, o país tem três pratas em disputas por equipes na história da competição. Uma em Dubai 2023, com sua equipe feminina, e outras duas com seu time misto – Geórgia 2021 e Cazaquistão 2019.
Patrocínio
As Loterias Caixa e a Caixa são as patrocinadoras oficiais do halterofilismo paralímpico brasileiro.
Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível
As atletas Mariana D’Andrea, Tayana Medeiros, Lara Lima e Maria de Fátima são integrantes do Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível, programa de patrocínio individual da Loterias Caixa e da Caixa que beneficia 148 atletas.
Time São Paulo
A atleta Mariana D’Andrea integra o Time São Paulo, parceria entre o CPB e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, que beneficia 154 atletas.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)












