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Baiano Evânio Rodrigues é bronze no Mundial de Halterofilismo no México

Evânio Rodrigues, 33, conquistou a inédita medalha de bronze no Campeonato Mundial de Halterofilismo, realizado desde o sábado, 2, na Cidade do México. Ele levantou 208 quilos na categoria até 88 quilos e é o primeiro atleta do masculino do país a chegar a um pódio em competições deste porte.
 
O ouro ficou com o Jixiong Ye, com 226 quilos. A prata, com o iraniano Seyedhamed Solhipouravandji (210 quilos).
 
A história do halterofilismo brasileiro conta, agora, com dois medalhistas em Mundiais. A primazia fora da paranaense Márcia Menezes, em Dubai 2014, com o bronze na categoria até 79 quilos.
 
Evânio, baiano de Cícero Dantas, acumula agora duas notáveis performances no cenário internacional em duas temporadas consecutivas. Nos Jogos Paralímpicos do Rio 2016, ele abocanhara a prata nesta mesma categoria.
 
Curiosamente, os dois atletas que desbancaram Evânio nesta noite de quarta-feira, 6, na Cidade do México, nem sequer conseguiram ter movimentos válidos nos Jogos do Rio, e terminaram nas últimas posições.
 
Agora, no México, Evãnio não precisou levantar os mesmos 210 quilos que o consagrou no Rio 2016 para chegar ao pódio. Foram necessários 208 quilos na barra para se garantir a medalha. E ela veio apenas na segunda tentativa.
 
A pedida de saída fora 207 quilos, porém fraquejou o braço direito antes de devolver a barra ao suporte e o movimento. Os demais adversários não conseguiram chegar perto desta marca e Evânio aumentou para 208 quilos na segunda tentativa. Com a tranquilidade de quem já suportou esta barra com facilidade em competições anteriores, completou com perfeição e antes mesmo da decisão favorável dos árbitros já vibrou com a validade de seu movimento.
 
O bronze já estava garantido.
 
Para se despedir do Mundial, ousou: arriscou 212 quilos, peso que jamais lograra êxito em competições internacionais – sua melhor marca é exatamente 210, os mesmos feitos no Rio 2016. Se fosse bem sucedido, ficaria com a prata. Mas a arbitragem foi muito rígida e invalidou a terceira apresentação do brasileiro.
 
Pouco importava, Evânio já saiu do banco do supino vibrando com o pódio inédito.
 
“Estou muito feliz, foram muitas dificuldades, eu cheguei aqui no México dizendo que entraria na briga para concorrer a esta medalha e consegui. Nunca parei de treinar desde os Jogos Paralímpicos do Rio, mas de um mês para cá eu passei a sentir muitas dores, principalmente no peito, o que me preocupou, porque pensei que poderia influenciar no meu resultado no Mundial, mas com muita fisioterapia, eu consegui”, vibrou Evânio, com seu jeito tímido.
 
Ainda bebê, com seis meses de idade, Evânio teve poliomielite. Em Cícero Dantas, o acesso aos recursos de saúde era bem difícil. Após uma cirurgia, deu seus primeiros passos apenas aos cinco anos de idade. Desde então, caminha com pouca mobilidade, pois ficou com um encurtamento na perna direita como sequela da doença.
 
Outras duas brasileiras competiram nesta quarta-feira, 6. A potiguar Terezinha Mulato foi a 10º na categoria até 67 quilos. A paulista Amanda de Sousa foi a 9ª na categoria até 73 quilos.
 
Patrocínio
O halterofilismo tem o patrocínio das Loterias Caixa.

Time São Paulo
O atleta Evânio Rodrigues é integrante do Time São Paulo, parceria entre o CPB e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo que beneficia 56 atletas e nove atletas-guia de 10 modalidades.

Assessoria de imprensa do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br) nos Mundiais de Natação e Halterofilismo

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