Campeã paralímpica na categoria até 86kg nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024, a carioca Tayana Medeiros compete no Mundial de halterofilismo nesta sexta-feira, 17, no Cairo, em busca do seu primeiro título na história da competição. Entre as disputas desta quinta-feira, 16, o Brasil teve como melhor resultado a inédita quarta colocação da baiana Edilândia Araújo pela categoria acima de 86kg.
Com isso, o país continuou com uma prata e dois bronzes, na oitava colocação do quadro geral de medalhas. Já é a melhor campanha nacional em Mundiais de halterofilismo, pois supera as duas medalhas (um ouro e um bronze) que havia obtido em Dubai 2023. Naquela ocasião, os brasileiros ainda ganharam uma prata por equipes femininas.
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Tayana, que foi a porta-bandeira do Brasil na cerimônia de abertura da competição no Egito, fará sua quinta participação em Mundiais. Tem a medalha de prata por equipes femininas em Dubai 2023 como melhor resultado – no individual da sua categoria, encerrou por três vezes na oitava colocação.
“Acho que esse momento que estou vivendo na minha carreira é muito bom. Chegar como campeã paralímpica faz as outras atletas adversárias olhar diferente para a gente. Acredito que, neste Mundial, vai ser uma briga e tanta pelas três medalhas do pódio. Mas estou confiante”, afirmou Tayana, que ergueu 156 quilos para conquistar a medalha de ouro na capital francesa no ano passado.
Disputas do dia
A baiana Edilândia Araújo conseguiu o melhor resultado do Brasil nas disputas desta quinta-feira, 16, no Cairo.
A atleta de Urandi (BA) conseguiu 148kg como a principal marca entre três tentativas e ficou na quarta colocação da categoria acima de 86kg pela primeira vez – antes, só havia obtido o 10° lugar em Dubai 2023.
A terceira tentativa da halterofilista ainda contou com fortes emoções, pois a arbitragem interferiu no levantamento da brasileira antes do término da execução do movimento. Com isso, ela pôde erguer novamente o peso e conseguiu a validação.
De quebra, Edilândia ainda cravou o novo recorde brasileiro e das Américas – o anterior, de 146kg, era da própria atleta, feito na etapa da Copa do Mundo do Chile, há dois meses.
“Foi incrível. Eu em quarto lugar é inimaginável. Ainda nem respirei direito. A marca foi boa, mas ainda é possível melhorar mais. Mantive a tranquilidade em toda aquela confusão e consegui. A execução da quarta tentativa acabou sendo até melhor que a terceira”, comemorou.
Pela mesma faixa de peso, a potiguar Alane Dantas Lima conseguiu sua melhor marca na carreira ao levantar 132kg, validando as suas três tentativas. A vencedora da prova foi a nigeriana Falashade Oluwafemiayo, com 168kg.
Entre homens até 97kg, o pernambucano José Arimatéia Lima se manteve na mesma colocação do seu primeiro Mundial, em Dubai 2023, e terminou sua participação na oitava posição, com 207kg. O vencedor da prova foi Abdelkareem Khattab, da Jordânia, com 240kg.
Já pela categoria até 107kg, os mineiros Jean Rufino e Mateus de Assis encerram na sétima e oitava colocações, respectivamente. O primeiro, que estava em seu segundo Mundial, melhorou em mais de 20kg a sua marca em relação à sua primeira participação (Dubai 2023) e fez 218kg.
O segundo, que competiu pela quinta vez em um Mundial, conseguiu validar 215kg em três tentativas. O medalhista de ouro da categoria dos brasileiros foi o iraniano Aliakbar Gharibshahi, que levantou 255kg.
“Estou satisfeito. Desde o início, o planejamento aqui era entregar o nosso máximo. Finalizar aqui em sétimo lugar é uma conquista muito grande. Consegui aumentar em quase 30 quilos o peso na barra. Eu me dediquei muito nestes últimos dois anos. Isso tudo ajudou nesse crescimento rápido”, analisou Jean, que tornou-se cadeirante em 2017 após sofrer um tiro disparado por arma de fogo que atingiu sua coluna.
Patrocínio
As Loterias Caixa e a Caixa são as patrocinadoras oficiais do halterofilismo.
Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível
As atletas Tayana Medeiros, Edilândia Araújo e Mateus de Assis são integrantes do Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível, programa de patrocínio individual da Loterias Caixa que beneficia 148 atletas.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)












