Os cinco arqueiros brasileiros convocados para os Jogos Paralímpicos de Paris fizeram a aclimatação para o megaevento em Roveredo di Guà, província de Verona, na Itália, antes de iniciar a busca pela primeira medalha paralímpica do país na modalidade.
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Os atletas chegarão à França após um resultado histórico conquistado no último Mundial, em Pilsen, na República Tcheca, em julho do ano passado.
À ocasião, o Brasil subiu ao pódio por três vezes. A goiana Jane Karla foi o destaque brasileiro, participando de todas as medalhas do país. Ela conquistou duas medalhas de prata, nas provas do composto open misto (ao lado de Reinaldo Charão) e na disputa em duplas feminina (com Helena de Moraes), além de um bronze individual. Jane e Reinaldo estão entre os convocados para os Jogos de Paris.
Com o resultado, ela ainda atingiu temporariamente a primeira colocação no ranking mundial (atualmente ela ocupa a segunda colocação).
Outro arqueiro com resultado expressivo ao longo do último ciclo foi o cearense Eugênio Franco, 64, esportista mais velho de toda a delegação brasileira em Paris. O atleta garantiu sua qualificação ao megaevento já em novembro de 2023, ao conquistar a medalha de ouro da classe W1 nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago.
Em abril de 2024, o Brasil venceu o Parapan American Championship, torneio continental da modalidade realizado no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. A Seleção obteve 14 pódios – seis ouros, quatro pratas e quatro bronzes nas provas individuais e de duplas. Estados Unidos, com quatro medalhas (três ouros e uma prata), e Colômbia, com três (dois ouros e uma prata), completaram o top-3 do torneio. As medalhas de ouro nas disputas individuais foram conquistadas por Jane e Eugênio.
“Foi um ciclo mais curto, de apenas três anos, mas com muitas realizações para mim. Tive a felicidade de conquistar o primeiro pódio individual do Brasil em um Mundial. Estou muito satisfeita com minha preparação. Agora, nesta reta final, quero muito chegar bem para disputar medalhas para o Brasil, tanto no individual como também nas duplas mistas, sabendo que as atletas de todo o mundo vêm muito fortes”, afirmou Jane Karla, que teve poliomielite aos 3 anos de idade e é atleta do clube LA ARCHERY.
O cearense Eugênio Franco afirmou que seu desenvolvimento no esporte paralímpico é baseado em perseverança e resultado do incentivo da família e do apoio da Confederação Brasileira de Tiro com Arco (CBTArco) e do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). “Espero poder repetir de forma consistente os resultados que tenho obtido nos treinos para competir em condição de igualdade com os grandes arqueiros que também vão a Paris. Estou indo com desejo e garra para conquistar uma medalha”, afirmou o atleta do clube CTGH que em 2013 foi diagnosticado com Espondilite Anquilosante, condição que causou alterações osteoarticulares e comprometimento neuromuscular.
“Estamos muito preparados para correr atrás dessa primeira medalha. Estamos vendo melhoras nas marcas de nossos atletas e novos arqueiros aparecendo, reflexo de um investimento em equipamentos e na disseminação da modalidade”, avaliou Henrique Junqueira Campos, treinador da equipe brasileira.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)