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Mundial de ciclismo paralímpico recebe elite da modalidade no Rio de Janeiro, a partir desta quarta-feira

Lauro Chaman em competição de ciclismo de pista | Foto: Miriam Jeske/CPB

O Velódromo do Rio de Janeiro recebe os melhores ciclistas paralímpicos do mundo, a partir desta quarta-feira, 20. O local será o palco de uma das competições mais importantes da modalidade até o domingo, 24. Reunindo 287 atletas oriundos de 39 países, o Campeonato Mundial de ciclismo de pista 2024 tem número recorde de participantes. O torneio é também a última oportunidade de classificação para os Jogos Paralímpicos de Paris 2024.

A competição contará com os melhores de cada classe que compõe o ciclismo paralímpico. Na classe Tandem, para pessoas com deficiência visual, estarão o japonês Kazuhei Kimura, o britânico Neil Fachie, o alemão Thomas Ulbricht, o malaio Mohd Khairul Hazwan Wahab e o holandês Tristan Bangma. Entre as mulheres, oito das dez primeiras colocadas disputarão o Mundial do Rio.

A britânica Sophie Unwin, que lidera a lista, defenderá no Rio os três títulos disputados pela classe: contrarrelógio, velocidade e perseguição individual. As malaias Nur Suraiya Muhammad Zamri (2ª) e Nur Azlia Syafinaz Mohd Zais (3ª), a australiana Jessica Gallagher (4ª), a britânica Elizabeth Jordan (5ª), a norte-americana Hannah Chadwick (6ª), a britânica Lora Fachie (7ª) e a irlandesa Katie-George Dunlevy (9ª) também estarão na disputa. As representantes brasileiras serão Bianca Canovas Garcia (23ª), que conquistou um ouro e dois bronze nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago, Chile, e Márcia Ribeiro Gonçalves Fanhani. Bianca também foi eleita a atleta do ano na modalidade no Prêmio Paralímpicos.

Da classe C1 a C5, para atletas com limitação físico-motora e que competem em bicicletas convencionais, os destaques serão Carlos Alberto Gomes Soares, nono no ranking mundial C1, os chineses Weicong Liang e Zhangyu Li, líderes do mesmo ranking, além da chinesa Wangwei Qian, atual campeã mundial de contrarrelógio.

Na C2, entre os homens, estarão os franceses Alexandre Leaute e Florian Chapeau. Nas disputas femininas, o Brasil será representado por Sabrina Custódia, que fechou o ranking mundial na quinta posição em 2023. Já na C3, os britânicos Jaco Van Gass e Finley Graham confirmaram presença, assim como a brasileira Amanda Antunes de Paiva, sexta do mundo. Pela C4, o francês Kevin Le Crunff, atual líder do ranking mundial, tentará defender no Rio os ouros da perseguição individual e da Omnium conquistados no último Mundial.

Por fim, na C5, Lauro Chaman, um dos maiores nomes do ciclismo paralímpico brasileiro, também estará na capital fluminense. Segundo colocado no ranking mundial, o atleta tem boas lembranças do Rio: conquistou duas medalhas nos Jogos Paralímpicos do Rio 2016 e foi campeão mundial em 2018. Nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023, Lauro foi campeão da perseguição individual e bronze no contrarrelógio. Além disso, sagrou-se tricampeão da Copa do Mundo de estrada.

Esta será a segunda vez que o Brasil recebe a disputa. O país também sediou o Mundial em 2018. O Brasil terá 25 atletas distribuídos entre as classes participantes, que se dividem em dois tipos: C1 a C5, para atletas amputados e com comprometimentos físico-motores, e Tandem, que reúne competidores com deficiência visual.

O evento contará ainda com a participação de 183 oficiais de equipes, 90 voluntários e 57 oficiais da União Ciclística Internacional (UCI) e do Comitê Organizador. O torneio fará com que o Velódromo do Rio, sede dos Jogos do Rio 2016 e do Mundial de 2018, volte a receber as principais estrelas do ciclismo paralímpico mundial. Ele conta com uma pista de 250 metros feita de pinheiros siberianos, inclinada a 12 graus no ponto mais raso e a 42 no mais íngreme. Na edição de 2018, a pista ficou marcada por várias quebras de recordes mundiais e entrou para a lista dos velódromos mais rápidos do mundo.

Esta será a 14ª edição do evento no atual formato, que começou a ser disputado bianualmente sob a regência da UCI em 2007 e tornou-se anual em 2014. De 1994 a 2006, houve uma edição a cada quatro anos e, até 2007, também estavam incluídas as disputas de estrada no mesmo programa de competição.

Grã Bretanha, Holanda, Austrália e China são potências da modalidade no cenário internacional. O Brasil vem conquistando seu espaço e tem dois títulos mundiais, com Soelito Gohr (2014, em Águas Calientes, México) e Lauro Chaman (2018, no Rio de Janeiro). Lauro também conquistou duas medalhas, uma de prata e uma de bronze, nos Jogos Paralímpicos do Rio em 2016.

O Campeonato Mundial de ciclismo paralímpico de Pista 2024 é organizado pela Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC) em parceria com o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), sob a supervisão da União Ciclística Internacional (UCI).

*Com informações da Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC)

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

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