A Seleção Brasileira de triatlo paralímpico está em Rio Maior, Portugal, onde se prepara para uma série de competições na Ásia e na Europa. Antes dos Jogos Paralímpicos de Paris 2024, que acontecerão de 28 de agosto a 8 de setembro, os triatletas brasileiros disputarão torneios importantes para definir os últimos classificados ao megaevento na capital francesa.
Estão em solos portugueses os atletas Jorge Fonseca, da classe PTS4, Ronan Cordeiro, da PTS5 (limitações físico-motoras), e Jéssica Ferreira, da PTWC (cadeirantes), além da técnica Ariadenes de Souza e do assistente José Carlos de Oliveira.
No mês de maio, haverá competições no Japão e Uzbequistão, e, em junho, os atletas disputarão provas na França, Espanha, Itália e Inglaterra, fechando a janela de classificação paralímpica no dia 30 do mesmo mês, na América do Norte, com a etapa do World Series do Canadá.
A primeira semana de treinamento em Portugal foi dedicada à recuperação da viagem, adaptação ao fuso horário e transição entre ciclos de preparação, saindo do competitivo e entrando em treinos voltados para o World Series de Yokohama, Japão, no dia 11 de maio, e a etapa da Copa do Mundo de Samarkand, Uzbequistão, em 18 do mesmo mês.
Até as competições na Ásia, serão oito semanas dedicadas à preparação em Rio Maior. Depois dos eventos, parte da equipe retornará ao país lusitano e continuará as atividades para as provas de junho, na Europa.
A concentração em Portugal sucede o Campeonato Pan-Americano de triatlo paralímpico, em Miami, realizado no último dia 8 de março. À ocasião, os brasileiros conquistaram quatro medalhas, com destaque para o ouro de Letícia Freitas, da classe PTVI (atletas com deficiência visual), e de sua guia Thati Porto. Elas completaram a prova em 1h06min27s, seguidas pelas atletas norte-americanas McClain Hermes (1h08min34s) e Deborah Chucoski (1h12min26s), prata e bronze, respectivamente.
“Nós estamos muito satisfeitos com os resultados obtidos no Pan-Americano, mas não podemos ficar acomodados, pois as Américas ainda não refletem a realidade competitiva do triatlo paralímpico no mundo. A modalidade ainda é muito incipiente aqui no nosso continente, embora tenhamos alguns atletas de classe mundial”, avaliou Ivan Razeira, coordenador técnico do triatlo paralímpico na Confederação Brasileira de Triatlo (CBTri).
“Agora, estamos apostando as fichas na preparação dos nossos triatletas em Rio Maior e, graças ao Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), tem sido possível executar um cronograma de treinamento e competições muito bem elaborado”, continuou.
Ainda de acordo com o coordenador, Rio Maior tem sido a “casa” da Seleção Brasileira na Europa, por causa do centro esportivo local. O complexo possui uma infraestrutura completa, com hotel, piscinas de 25m e 50m, além de pista de atletismo, academias, áreas de recuperação com banho de gelo, jacuzzi e macas para massagens. “Além disso, a região é propícia para a prática do ciclismo e tem um lago para realização de simulados”, finalizou Ivan. Em fevereiro, a Seleção já havia passado por uma semana de avaliações físicas no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, em São Paulo.
*Com informações da Confederação Brasileira de Triatlo (CBTri).
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)