O Festival Paralímpico Loterias Caixa, organizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), acontece na manhã deste sábado, 23, e apresenta modalidades paralímpicas de maneira recreativa e lúdica para crianças com e sem deficiências nas 27 unidades federativas do Brasil. Até a noite desta terça-feira, 19, quase 11 mil participantes já haviam se inscrito para as atividades. As inscrições são gratuitas e continuam abertas aqui.
Ao todo, serão 117 núcleos participantes, incluindo o Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. Cada uma das sedes irá apresentar e proporcionar a vivência de quatro modalidades paralímpicas. No CT, será realizada a prática do atletismo, badminton, tênis de mesa e vôlei sentado.
Os objetivos do Festival são difundir o Movimento Paralímpico por todo o território nacional e promover a interação por meio do esporte, de forma criativa e inclusiva. Podem participar crianças e jovens com idade de 8 a 17 anos, sendo que cada núcleo irá receber até 20% de inscritos sem deficiências.
Leia cinco perguntas e respostas sobre o Festival Paralímpico aqui.
“A realidade de muitas crianças com deficiências é serem afastadas da prática esportiva em suas escolas regulares. Queremos mostrar a elas, aos professores e aos municípios que jovens com deficiências também podem fazer atividades físicas”, afirmou Ramon Pereira, diretor de Desenvolvimento Esportivo do Comitê Paralímpico Brasileiro.
Além disso, Ramon destacou que a vivência oferecida estreita a relação das crianças com o esporte. “Quando a criança for provocada e sentir que a prática esportiva é prazerosa, ela e sua família poderão ser atendidas por nossos Centros de Referência espalhados pelo Brasil”, completou, referindo-se ao projeto do CPB que aproveita espaços esportivos para a prática de modalidades paralímpicas, desde a base até o alto rendimento. De maneira inédita, o Festival terá duas edições neste ano. A primeira, realizada em maio, reuniu mais de 21 mil participantes e foi considerada o recorde do Festival.
À época, o presidente do CPB e bicampeão paralímpico no futebol de cegos (Atenas 2004 e Pequim 2008), Mizael Conrado, afirmou que ficou bastante satisfeito com o que o Festival proporcionou às crianças e aos jovens. “Foi uma verdadeira festa da inclusão, com a interação de pessoas com e sem deficiências em todo o território nacional. Mostramos, claramente, que todos podem fazer as mesmas coisas, ainda que de forma diferente. É uma grande alegria para nós, do CPB, organizarmos este evento”, avaliou Mizael, no último mês de maio.Ainda na primeira etapa de 2023, no núcleo de Colatina, Espírito Santo, aproximadamente 730 crianças e jovens se reuniram para experimentar atletismo, futebol de cegos, vôlei sentado e bocha. A cidade gaúcha de Santo Ângelo proporcionou a prática de duas modalidades inéditas no Festival: hipismo e curling em cadeira de rodas.
No outro extremo do país, em Boa Vista, capital de Roraima, aproximadamente 130 pessoas participaram de atividades relacionadas ao atletismo, à bocha e ao vôlei sentado. Dos participantes, 40 eram venezuelanos, como a jovem Angela Sara Velázquez, 16, que nasceu em Caracas e há dois anos mora no Brasil. Em sua primeira participação no Festival, Sara, como é conhecida, afirmou que ficou encantada com o atletismo. Por ter perdido força nos membros inferiores, já na adolescência, a venezuelana se locomove com cadeira de rodas e praticou corridas curtas na pista do Parque Anauá, localizado no centro de Boa Vista. “Não conhecia o esporte paralímpico. Amei esta manhã. Eu me senti livre, sem vergonha de ser quem eu sou. Não sei explicar direito. Foi uma energia diferente e muito boa. Agora, não quero mais sair do atletismo. Vou procurar o Centro de Referência daqui”, prometeu.
No total, a fase realizada em maio deste ano reuniu cerca de 36% de participantes com deficiência intelectual. Depois, vieram as crianças e os jovens com transtorno do espectro autista (19,5 %) e os com deficiências físicas (10,2%). Os outros inscritos se dividiram entre os que tinham deficiências visual, auditiva e múltiplas, além dos 20% sem deficiências.
Na primeira vez que o Festival foi realizado, há cinco anos, foram 48 locais com a participação de mais de 7 mil crianças. Em 2019, o evento teve 70 sedes e recebeu mais de 10 mil inscritos. No ano seguinte, a ação foi cancelada devido à pandemia de Covid-19 e retornou em 2021, com 8 mil participantes em 70 núcleos.
O Festival ocorre em setembro por causa da celebração ao Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência (21) e ao Dia Nacional do Atleta Paralímpico (22). Em 2021, devido à pandemia de Covid-19, o evento foi adiado e realizado em 4 de dezembro para acompanhar o Dia Internacional de Luta das Pessoas com Deficiência (3 de dezembro).
Imprensa
Os profissionais interessados na cobertura do Festival Paralímpico Loterias Caixa necessita enviar um e-mail para imp@cpb.org.br, com os seguintes dados: nome completo, RG ou CPF, veículo para qual realizará o trabalho, e cidade em que será feita a cobertura.
Serviço
Data: 23 de setembro (sábado)
Horário: das 8h30 às 12h
Público: crianças e adolescentes de 8 a 17 anos, com deficiência física, visual ou intelectual e sem deficiência
Modalidades: quatro modalidades paralímpicas por sede
Contato: festival.paralimpico@cpb.org.br
Patrocínios
As Loterias Caixa são a patrocinadora oficial do Festival Paralímpico
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)