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Potiguar Arthur Silva conquista ouro em último dia do Grand Prix de judô paralímpico no Egito

Os atletas do judô Rebeca Silva, Arthur Silva e Alana Maldonado, medalhistas no GrandPrix | Foto: Divulgação/CBDV

O Brasil encerrou a sua participação no Grand Prix de Alexandria de judô paralímpico, no Egito, com a conquista de mais três medalhas nesta terça-feira, 14. O potiguar Arthur Silva, 31, foi o grande destaque do dia ao ficar com a medalha de ouro na categoria até 90kg para atletas da classe J1 (cegos totais).

Ainda nesta terça-feira, também foram ao pódio as paulistas Rebeca Silva, prata na categoria acima de 70kg para atletas da classe J2 (baixa visão), e Alana Maldonado, bronze até 70kg, também pela J2.

Com isso, o país fechou o evento na quinta colocação da classificação geral da competição, com seis medalhas ao todo, já que havia conquistado três bronzes no primeiro dia de lutas, com Elielton Oliveira, Lúcia Araújo e Rosi Andrade.

A Ucrânia ficou com o título no geral ao somar sete medalhas, sendo três de ouro, uma de prata e três de bronze. O Azerbaijão, com três ouros, foi o segundo colocado, seguido pela China, que levou dois ouros, três pratas e dois bronzes.

Esta foi a segunda das quatro etapas do circuito internacional da Federação Internacional de Esportes para Cegos (IBSA, em inglês) programadas para 2023 – antes, o Brasil conquistou a primeira etapa do circuito de 2023, disputada no mês passado em Portugal. Agora, as outras duas serão no Azerbaijão, em setembro, e no Japão, em dezembro.  

Além do circuito do Grand Prix, a Seleção Brasileira de judô vai disputar os Jogos Mundiais da IBSA, na Inglaterra, em agosto, e os Jogos Parapan-Americanos, no Chile, em novembro. Todos esses eventos são classificatórios para os Jogos Paralímpicos de Paris 2024.

“Muito obrigado à minha esposa e à minha filhinha, que estão em casa, à toda minha família, aos meus apoiadores, patrocinadores. Este troféu é nosso, essa medalha é nossa. Estamos juntos, valeu!”, celebrou Arthur, que teve retinose pigmentar e começou a perder a visão aos dois anos.

Desde as mudanças nas regras da modalidade, no início do ano passado, o brasileiro vem se mostrando quase imbatível em sua categoria: ganhou as cinco etapas de Grand Prix realizadas de lá pra cá e foi bronze no Mundial do Azerbaijão.

Líder do ranking, ele chegou à conquista desta terça-feira após derrotar três oponentes: o iraquiano Taha Al-Gburi (12º do mundo), o ucraniano Eduard Tropinov (25º) e o britânico Daniel Powell (5º).

Quem também segue no topo de sua categoria e somando pontos importantes na corrida por uma vaga nos Jogos é Rebeca Silva, 22. Em duelos rápidos, ela despachou a oitava do ranking, Dursadaf Karimova, do Azerbaijão, e a norte-americana Katie Davis, sétima do mundo. Na decisão, voltou a encarar Carolina Costa, algoz da brasileira no primeiro Grand Prix do ano, em Portugal. Mais uma vez, a italiana, vice-líder do ranking, levou a melhor.

O último pódio brasileiro no Egito veio com a campeão paralímpica e bicampeã mundial Alana Maldonado. A chave com cinco judocas previa confrontos de todas contra todas, e a brasileira largou bem ao derrotar a georgiana Ida Kaldani, justamente a oponente que batera na decisão dos Jogos de Tóquio, em 2021. O duelo seguinte foi contra a chinesa Yue Wang, nova na categoria – lutava no extinto peso até 63 kg, pelo qual foi bronze em Tóquio e no Mundial de Portugal, em 2018. O equilibrado combate acabou vencido pela asiática no golden score, como é chamada a prorrogação na modalidade, que ainda terminou com Alana sentindo um desconforto no joelho direito. Sem condições, ela ainda voltou para o terceiro duelo, contra Khanim Huseynova, do Azerbaijão, a quem vencia até desistir da luta por precaução.

Depois de serem medalhistas de prata no primeiro Grand Prix da temporada, o gaúcho Marcelo Casanova (classe J2 até 90kg), de 19 anos, e o carioca Sergio Fernandes (J2 acima de 90kg), de 23 anos, chegaram às disputas do bronze no Egito, mas acabaram perdendo seus confrontos.

Marcelo, uma das promessas da modalidade, acabou superado pelo cazaque Zhanbota Amanzhol, segundo do ranking mundial (o brasileiro é o terceiro na lista). Já Sérgio , quinto melhor de sua categoria, levou a pior também contra um oponente do Cazaquistão, Yerlan Konkiyev, décimo do ranking.

A paraense Larissa Silva foi outra atleta da Seleção a lutar nesta terça-feira, mas acabou perdendo seus dois duelos na categoria até 57 kg pela classe J1 e ficou fora da briga por pódio.

*Com informações da Confederação Brasileira de Desportes de Deficientes Visuais (CBDV).

Patrocínio
O judô é uma modalidade patrocinada pelas Loterias Caixa.

Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível
Os atletas Alana Maldonado,  Arthur Silva,  Lúcia Araujo  e Rosi Andrade são integrantes do Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível, programa de patrocínio individual da Loterias Caixa que beneficia 91 atletas.

Time São Paulo
Os atletas Alana Maldonado, Elielton Oliveira  e Rebeca Silva são integrantes do Time São Paulo, parceria entre o CPB e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, que beneficia 106 atletas de 14 modalidades.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

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  • Toyota
  • Braskem
  • Loterias Caixa

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