Encerrou-se nesse domingo, 4, o VI Congresso Paradesportivo Internacional. Um dos maiores eventos do mundo sobre inovações científicas e tecnológicas no paradesporto, o Congresso contou com mais de 1.700 inscritos e 29 atrações durante seus quatro dias de evento no CT Paralímpico, em São Paulo. Organizado pela Academia Paralímpica Brasileira (APB), braço educativo do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), as atividades ofereceram ao seu público a oportunidade de participar de minicursos, mesas redondas, bate-papo com especialistas e conferências sobre o movimento paralímpico, formação e treinamento de alto rendimento de novos atletas, estudos sobre mobilidade esportiva, entre outros temas. Além do conteúdo, acadêmicos e palestrantes do congresso se mostraram muito satisfeitos com o evento, pela sua organização e pelo público.
“Hoje, temos um grande congresso. Quando fizemos sua primeira edição, em 2010, tínhamos um sonho de que ele se tornasse um dos maiores eventos científicos voltados ao paradesporto do mundo e cumprimos esse objetivo”, disse Mizael Conrado, presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro.
Com o objetivo de tornar o conteúdo mais acessível para os participantes que não puderam estar presentes no Congresso Paradesportivo Internacional, o Comitê Paralímpico fechou uma parceria com a Revista Brasileira de Medicina de Esporte (RBME), que lançou uma edição especial com os 235 projetos científicos inscritos no evento. Em breve, algumas das mesas estarão disponíveis no canal do YouTube oficial do CPB.
“É importante trazer as pessoas interessadas para perto e compartilhar nossas descobertas e conquistas. Assim, elevamos cada vez mais o nível de conhecimento do tema, além de ajudar o nosso networking para que possamos fazer algo novo. E, para mim, eventos como este possibilitam mostrar a razão pela qual eu me dedico há tantos anos neste tema”, afirmou Rory Cooper, ex-atleta paralímpico, medalha de bronze nos Jogos de Seul e renomado doutor em bioengenharia, fundador do laboratório de pesquisa em engenharia humana na Universidade de Pittsburgh, que apresentou duas mesas sobre tecnologia em mobilidade do paradesporto.
“Quando um evento é bem-feito, cada edição aparece mais pessoas interessadas e engajadas, mostrando a importância disso para a sociedade. O Congresso não fala só de desempenho e resultado, é sobre educação, conhecimento e diversas áreas se integrando em prol do esporte adaptado, o que pode mudar o cenário brasileiro esportivo. Além disso, o evento coloca diversas pessoas em contato, o que pode resultar em novas pesquisas e treinamentos, focando em melhores resultados e novos níveis de alto rendimento”, disse Edgar Morya, coordenador de pesquisas do Instituto Internacional de Neurociências Edmond e Lily Safra (IIN-ELS) do Instituto Santos Dumont (ISD), referência em neuroreabilitação, neurociência, neuroengenharia, neurofisiologia, eletrofisiologia, controle motor, psicofísica e acoplamento sensório-motor.
Hadi Rezaei, ex-atleta e atual técnico de vôlei sentado da seleção do Irã, com seis ouros em Jogos Paralímpicos, foi responsável pela mesa sobre alto rendimento e comentou sobre a importância de um congresso como este.
“Este congresso foi ótimo. Eu, que sei mais sobre a modalidade que atuo, aprendi muitas coisas sobre outras modalidades. Fora a troca de experiências entre profissionais que atuam na área esportiva e pessoas apaixonadas pelo esporte, o congresso vai ajudar a melhorar e evoluir o esporte adaptado com todo o material científico e acadêmico gerado, podendo se tornar referência para outros países.”
O local da próxima congresso, previsto para 2020, está em fase de avaliação de propostas e será anunciado nas próximas semanas.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)