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Veja o que disseram os brasileiros sobre a prova de média distância do esqui cross-country, última prova individual do Brasil

Cristian Ribera ficou na 13ª colocação na prova de média distância do esqui cross-country nos Jogos Paralímpicos de Inverno Pequim 2022, o melhor resultado entre os homens. Foto: Ale Cabral/CPB

Na madrugada deste sábado, 12, os esquiadores brasileiros participaram da última prova individual nos Jogos Paralímpicos de Inverno Pequim 2022. Na prova de média distância do esqui cross-country, o melhor resultado do Brasil veio com a paranaense Aline Rocha, em décimo lugar. Entre os homens, o rondoniense Cristian Ribera conseguiu a melhor posição para o país, com o 13º melhor tempo.

O Brasil foi representado por outros três atletas na prova masculina. O paulista Guilherme Rocha completou o percurso em 37min23s e terminou no 18º lugar, enquanto o paraibano Robelson Lula foi o vigésimo, com 38min20s. O também paulista Wesley Santos acabou a classificação na 27ª posição ao terminar a disputa em 41min12s.

Confira, abaixo, as impressões de cada atleta sobre a prova mais rápida do esqui cross-country.

Aline Rocha – 10º lugar
Estou muito feliz. Foi uma prova como as outras, muito difícil. Mas acredito que fiz uma boa participação. Consegui dar um gás no final, bastante gente gritou para me incentivar, e foi uma chegada boa.

Melhorei muito de PyeongChang [2018] para cá, não caí em nenhuma prova e isso já é uma coisa boa. Gostei do meu resultado, foi uma honra estar aqui e poder representar o meu país mais uma vez. 

Ainda tem o revezamento, a gente vai brincar um pouquinho na prova.

Cristian Ribera – 13º lugar
A neve estava muito ruim. Muito diferente do primeiro dia, que estava perfeita. O percurso é muito difícil, muito duro, e venceu quem foi o mais bruto. Claro, precisa ter muita técnica, mas é muito difícil, tem que fazer muita força. Fiquei feliz hoje, fiz uma estratégia diferente. Nos 18km, eu fui um pouco mais cauteloso. Saí mais ou menos e tentei aumentar o ritmo e acabei não conseguindo. Dessa vez eu saí forte e fui morrendo aos poucos. Eu gostei da prova, consegui manter o ritmo, na medida do possível. Estou feliz, mas não satisfeito. 

Eu esperava mais, queria estar melhor. Treinamos bastante, fizemos um trabalho muito bom, o que as etapas da Copa do Mundo e o Mundial não deixam mentir, os resultados foram muito bons. Acabou que os chineses surpreenderam bastante, foram absurdamente bons. Treinamos pouco para a prova de longa distância, são 18km, praticamente uma hora de alta intensidade e isso é muito difícil de encaixar no planejamento. A gente precisa melhorar o planejamento para essas provas. Melhorei bastante no sprint. Queria ter ido para a final, mas não foi dessa vez. Estou feliz por ter participado, por estar aqui, mas não estou satisfeito. Na próxima, eu espero voltar melhor.
 
Não senti a pressão, pois eu sabia o que podia fazer. Deixei tudo que eu tinha, fiz o meu máximo. Gostei da minha participação. Fiquei até feliz em saber que estava cotado como um dos favoritos, não levei isso como pressão.

De todas as pistas que enfrentei ao longo do ciclo paralímpico, esta de Pequim é uma das mais difíceis e com certeza a pior neve. Em março, fica muito quente e fica muito difícil esquiar, em qualquer lugar. Mas aqui, em Pequim, como o sol esquenta de verdade é pior ainda porque a neve derrete muito mais e à noite não esfria o suficiente. Então, ela fica empapada. É quase impossível estar preparado para uma neve dessa. Acho que até quem tem neve no país teve dificuldade, porque não é comum treinar em uma neve assim.

Guilherme Rocha – 18º lugar
Fiz uma saída forte, mas hoje a condição da neve estava difícil. Mas, mantive o foco para reverter essa situação. Estou muito feliz, me sinto muito bem. Meu técnico disse que fiz uma excelente prova. Estou feliz, não satisfeito. Prometo que vou melhorar muito mais. Foram apenas quatro anos de preparação, ainda tenho muito a aprimorar.
A gente vai fazer o revezamento ainda, vamos dar o nosso melhor e, se Deus quiser, estaremos entre os melhores.
Desde que sofri o acidente, desde quando fui fazer a minha primeira amputação, meu pai disse que a minha vida ia mudar. Eu falei que seria atleta paralímpico, e o meu sonho está realizado. Estou muito contente. Sei que dei o meu melhor. Tenho certeza de que toda a minha família, meus amigos estão felizes por mim. Eu sempre pratiquei esporte e desde que amputei a perna eu sabia que isso não ia mudar. Não conhecia o esqui cross-country, achei que seria velocista [atletismo], mas na fisioterapia eu conheci o Cristian e a modalidade. 

Robelson Lula – 20º lugar
A prova foi bem intensa, achei bem pesada, principalmente a condição da neve. Parecia até que estava esquiando na praia, lembrou o peso da areia. Fiz o meu máximo para me manter nas voltas e consegui um gás para o final. Cheguei bem emocionado, chorei. Foi um bom resultado.

Eu prometi que ia ficar no top 20 e fiquei. Agora é me preparar para o próximo ciclo. 

Estava um pouquinho calor e decidi competir de regata para dar mais emoção, e me senti muito bem assim. O pessoal falou que eu estava louco por competir de regata. Não senti frio, tinha bastante vento, mas não senti frio. Não imaginei que sairia do interior da Paraíba, chegaria aqui e competiria de regata. 

Os Jogos ainda não acabaram, temos o revezamento. Vamos ver como será.

Wesley Santos – 27º lugar
Pelas condições climáticas, com o sol e o calor, a neve ficou bem derretida. A pista ficou bem pesada. A gente já sabia que seria uma prova bem difícil. Fiquei feliz com a prova, poderia ser muito melhor, mas não está ruim, foi minha primeira participação. Dei o meu melhor. Vou trabalhar firme para o próximo ciclo.
Foi incrível fazer aniversário nos Jogos Paralímpicos [11 de março]. Nunca imaginei que isso pudesse acontecer. Foi muito bom poder comemorar aqui. 

A participação brasileira nos Jogos de Inverno se encerra na noite deste sábado, 12, na prova do revezamento misto do esqui cross-country, às 23h (de Brasília). A equipe do Brasil será formada por Aline Rocha, Cristian Ribera, Guilherme Rocha e Robelson Lula, e cada um percorrerá 2,5 km. 

Confira a programação completa dos atletas brasileiros até o fim dos Jogos Paralímpicos de Inverno Pequim 2022 e onde assistir:

Sábado, 12 de março
23h – Revezamento misto do esqui cross-country.
Ao vivo no SporTV2 

Domingo, 13 de março

9h – Cerimônia de encerramento
Ao vivo no SporTV2

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

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