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Treino na areia vira trunfo da Seleção de futebol de cegos por ouro paralímpico

Atletas da Seleção de futebol de cegos fazem exercícios na praia de Cabo Branco, na Paraíba | Foto: Divulgação/CBDV

Nem só de bola vive a Seleção Brasileira de futebol de cegos na sua preparação para os Jogos Paralímpicos de Paris 2024. Desde que o grupo de atletas se mudou para João Pessoa, na Paraíba, no início do ano, as atividades físicas na areia fofa da praia de Cabo Branco viraram parte da rotina de treinamentos. E são um dos trunfos do time para buscar o sexto título paralímpico –a Seleção é a única vencedora desde 2004, em Atenas, quando a modalidade foi inserida no programa do evento.

“A Seleção, como está permanente aqui em João Pessoa, nos dá a tranquilidade de fazer este trabalho na praia que ajuda nas articulações de joelho e tornozelo, na mobilidade, mudança de direção. É um trabalho feito duas vezes por semana e numa intensidade boa para que os atletas tenham um condicionamento físico bem melhor para a parte técnica e tática”, explica o auxiliar técnico e preparador físico da equipe, Josinaldo Sousa, o Bamba.

Além das atividades na praia às quartas e aos sábados, o Brasil treina com bola às segundas, terças, quintas e sextas, sempre pela manhã, na quadra do Instituto de Cegos da Paraíba, um dos Centros de Referência do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). No período da tarde, os jogadores vão para a academia.

O objetivo principal da preparação em João Pessoa é fazer com que o grupo chegue preparado fisicamente e entrosado taticamente para a principal competição do ciclo, na capital francesa.

“Para nós, atletas, é muito importante estar treinando todos os dias. É uma coisa que eu sentia falta quando estava na Bahia fazendo apenas academia. E aqui temos essa possibilidade de fazer não só treino com bola, mas também o fortalecimento na academia e na praia. Isto está me ajudando muito, tanto que meu condicionamento melhorou demais desde que nos mudamos para cá”, garante o ala Jefinho, 34, tetracampeão paralímpico (esteve em todos os títulos a partir de Pequim 2008).

*Com informações da Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais (CBDV).

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