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Soy loco por ti, Brasil! Rivais explicam por que optam por jogar na nossa liga

Santiago, Chile – Quintero, Padilla, Gonzalez, Peralta, Iturria, Morales… Nos últimos anos, sobrenomes como esses se tornaram frequentes nos campeonatos de futebol de 5 no Brasil, especialmente as Séries A e B da Copa Loterias Caixa. Referência da modalidade no mundo, o país virou ponto de encontro de estrangeiros que desejam estar entre os melhores. 
 
Na Copa América IBSA 2017, que está sendo disputada no Chile ao longo desta semana, os atletas da Seleção Brasileira vêm reencontrando velhos conhecidos no campo do Estádio Municipal de Colina. E os gringos, apesar da rivalidade em jogo, reconhecem a importância do país número 1 do ranking mundial para a evolução do esporte.
 
“Todo mundo sabe que a liga brasileira tem os melhores do mundo, muito mais organização e é uma boa oportunidade a jogadores de outros países para melhorar e poder fazer uma boa preparação. Afinal, queremos estar à altura do jogo dos atletas brasileiros”, diz o colombiano Fredy Morales, que defendeu a ASDEFIPEL-RS em 2015 e 2016.
 
“Aqui (referindo-se à Copa América), há seis, sete colombianos jogando na liga do Brasil. Ajuda muito, porque já conhecemos os brasileiros nos regionais e no Brasileirão”, confirma o perigosíssimo Juan Quintero, artilheiro do torneio até o momento (11 gols) e figura carimbada no campeonato brasileiro. Após defender a CEIBC-RJ pelos últimos dois anos, ele já está de malas prontas para Campina Grande, onde jogará na APADEVI-PB. Mas por que o Brasil? “Porque tem a melhor liga, é um país que apoia o futebol de cinco, as equipes dão todas as garantias aos estrangeiros, e pelo nível competitivo que possui.”.
 
Depois que vivenciam a primeira experiência no “Brasileirón”, como os gringos se referem às Séries A e B da Copa Loterias Caixa, a maioria não planeja retornar tão cedo para casa. Tome o exemplo do grandalhão argentino Froilán Coki Padilla, por exemplo.
 
“Faz cinco anos que jogo na AGAFUC-RS, tenho muito carinho por essa equipe que me abriu as portas. Se Deus quiser, ano que vem estaremos jogando com eles novamente”, prevê. 
 
No caso específico do “hermano”, dizem até que tanto tempo de convivência com os craques da Seleção Brasileira suavizou seu estilo de jogo. Antigamente, ele não aliviava para ninguém. “Sempre falo com o Ricardo, Nonato, Damião, Luan, que o futebol para cegos é uma família. Não tem de ficar bravo um com o outro”, afirma o argentino.
 
Diferentemente dos demais gringos, porém, Coki não interpreta esse intercâmbio de argentinos até os campeonatos brasileiros como tentativa de “copiar” algo que esteja sendo feito no país vizinho em termos técnicos e táticos.
 
“Não creio. Brasil e Argentina já se conhecem muito. É uma partida de estratégia, de mover peças. Não acredito que se copie muito o estilo entre os dois países. Cada um tem uma forma de jogar. Eu jogo na AGAFUC-RS de uma forma e, na seleção argentina, de outra totalmente diferente.”
 
Boa parte da sua seleção, nossa maior rival no futebol de 5, joga ou jogou na Copa Loterias Caixa. A APADEVI-PB, por exemplo, já contou com Lucas Rodrigues, Nicolás Véliz e Frederico Accardi no time. O ISMAC-MS, com Maximiliano Espinillo e David Peralta. Todos esses atletas se encontram em Santiago e, na sexta-feira, estiveram em campo no empate em 0 a 0, pela quarta rodada.  
 
Sonho desde cedo
 

Até os mais jovens buscam desde o início da carreira espaço no Brasil, mesmo que apenas em torneios regionais. É o caso de outro atleta da Seleção da Colômbia, Jhon Gonzalez, de 20 anos, atleta da UNIACE-DF.
 
“Eu queria que a liga colombiana pudesse ser igual ou melhor, mas acredito que ainda vou ficar um bom tempo jogando no Brasil. Com certeza, é a liga mais forte de futebol para cegos em todo o mundo”, afirma Jhon, autor de três gols até aqui na Copa América.
 
Na análise de quem comanda esses atletas que decidem deixar seus países de origem para disputar os campeonatos em solo brasileiro, trata-se de uma via de mão dupla.
 
“Por um lado, reforça a própria liga brasileira, que ganha ainda mais atletas de nível. Por outro, eles (estrangeiros) adquirem experiência e rodagem”, analisa Fernando Carrillo, técnico colombiano.
 
Copa América
 

A Seleção Brasileira, invicta há 56 partidas, busca sua sexta conquista de Copa América. Foi campeã em 2013 (Santa Fé-ARG), 2009 (Buenos Aires-ARG), 2003 (Bogotá-COL), 2001 (Paulínia-BRA) e 1997 (Assunção-PAR). Só não ganhou em 2005 (São Paulo-BRA) e 1999 (Buenos Aires-ARG).

 

*Com informações da Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais (CBDV)

Assessoria de comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

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