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Sérgio Oliva fatura mais um bronze no hipismo, agora no estilo livre Grau IA

Sérgio Oliva conquista o segundo bronze nos Jogos

Ao som de Garota de Ipanema e Aquarela, o cavaleiro brasileiro Sérgio Oliva garantiu na tarde desta sexta-feira,16, mais uma medalha de bronze nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. O brasiliense, com Coco Chanel, alcançou a pontuação de 75,100% na final individual estilo livre Grau IA e conquistou o terceiro lugar.

“A gente usou músicas brasileiras que chamam a atenção. Aquarela e Garota de Ipanema são músicas marcantes do repertório nacional e como os Jogos Paralímpicos são no Rio de Janeiro a ideia foi usar música brasileira. Eu estou muito contente neste momento histórico para mim, igualando a marca do Joca (Marcos Fernandes Alves) com dois bronzes em Jogos Paralímpicos. E para mim é muito especial poder ter essas conquistas ao lado dos meus parentes e das pessoas envolvidas com o meu trabalho”, comemorou Sérgio Oliva.

O pódio da competição individual, que aconteceu na última quinta-feira, se repetiu no estilo livre. De oito conjuntos, o brasileiro foi o sexto a entrar na pista. A líder era a britânica Anne Dunham / LJT Lucas Normark com 76,050% e Sérgio garantiu a segunda melhor marca, com 75,100%. E mais uma vez o cavaleiro teve que esperar pelo resultado de dois conjuntos para comemorar a medalha.

“Cometi uns errinhos, mas nada que me prejudicasse muito. Tenho que fazer alguns ajustes ainda, mas essa foi a melhor apresentação da minha vida e eu fui evoluindo nesses três dias de competição aqui no Rio de Janeiro”, finalizou o cavaleiro.

Quando a atleta de Singapura fez uma nota menor (72,300%), a torcida no Centro Olímpico de Hipismo, em Deodoro, veio abaixo. Assim como a equipe do Brasil, que correu para abraçar Sérgio ainda na zona mista. Não importava o resultado da britânica Sophie Christiansen, o brasileiro já tinha uma medalha garantida. Com Athene Lindebjerg a campeã paralímpica fez 79,700% e garantiu mais um ouro no Rio 2016.

“O mais importante nos Jogos Paralímpicos é que nós conseguimos mostrar para tanta gente o que o cavalo é capaz de fazer com uma pessoa com deficiência. Com este resultado, com esta perspectiva para atletas com deficiências severas, como é o caso do Sérgio Oliva, tenho certeza de que vamos trazer muita gente para a modalidade”, contou Marcela Parsons, diretora de Adestramento Paraequestre da Confederação Brasileira de Hipismo.

A égua Coco Chanel foi encontrada pela equipe brasileira em uma casa no interior da Holanda há oito meses. E quem apostou que com ela Sérgio ia ganhar medalha foi Marcela. “O mais incrível é que conseguimos preparar a égua em pouco tempo. Hoje com alguns erros conseguimos manter a medalha de bronze e isso tudo é o resultado de muito amor, de muito trabalho. Nós sabemos que este ciclo foi duro. Estávamos com dificuldades de arrumar um cavalo que trouxesse uma medalha para o Brasil e achamos. E o que é mais impressionante é o contato que a Coco Chanel tem com o Sérgio. Quando ele está em cima dela, a égua muda de atitude. Os cavalos paralímpicos precisam ser felizes e ajudar. E é isso que eles fazem nas arenas”, completou Marcela.

Na final estilo livre Grau IB, Marcos Fernandes alves, o Joca foi o segundo a entrar na pista com Vladimir. Juntos alcançaram a nota de 67,700% e terminaram a prova em sétimo lugar. O conjunto brasileiro animou a torcida com uma apresentação que teve como trilha sonora um medley com Garota de Ipanema, Aquarela Brasileira, Águas de Março e Rap da Felicidade.

“Essas músicas representam bem o Brasil e o Rio de Janeiro. A gente procurou juntar elas para fazer uma boa reprise. Eu gostei da minha prova, mas faltou um pouco de concentração da minha parte. O cavalo está muito bem, mas preciso de mais tempo de treino com ele para acertar o conjunto”, analisou Marcos Alves.

Essa foi a quarta participação de Joca em Jogos Paralímpicos. Ele é um dos cavaleiros mais experientes da equipe e possui duas medalhas de bronze, no individual e no estilo livre, conquistadas em Pequim 2008.

O campeão foi o conjunto britânico Lee Pearson / Zion, com a pontuação de 77,400%. Pepo Punch / Fontainenoir, com 76,750%, garantiu a medalha de prata. E o bronze ficou com a dinamarquesa Stinna Kaastrup/ Smarties, que fez 74,750%.

Participaram da decisão do individual estilo livre os conjuntos classificados entre a terça parte superior de cada grau e que alcançaram a pontuação mínima de 58% na média das competições individual e por equipe. Cada conjunto realizou uma coreografia própria com música.

As competições de hipismo adestramento dos Jogos Paralímpicos Rio 2016 contaram com a participação de 29 países e 65 conjuntos. Ao longo dos seis dias de provas foram distribuídas 33 medalhas.

Com informações da Confederação Brasileira de Hipismo

Assessoria de Imprensa do Comitê Paralímpico Brasileiro

Rafael Maranhão

Diogo Mourão

Fernanda Villas Bôas

Thiago Rizerio

 

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