A Seleção Brasileira de bocha estreia no Campeonato Mundial da modalidade neste domingo, 12, em Liverpool, na Inglaterra. Esta é a competição mais importante do ano e nela os atletas poderão conquistar mais pontos para o ranking mundial.
Participam deste evento 190 esportistas de 33 países. A delegação brasileira chegou na Europa nesta quinta-feira, 9, para um período de classificação funcional, treinamento e últimos ajustes. A cerimônia de abertura acontece no sábado, 11. As competições individuais acontecem de 12 a 15. Já as disputas por equipes e duplas, de 16 a 18 de agosto.
O Brasil será representado por 11 atletas: Guilherme Germano Moraes (classe BC1), Paulo Renato Noronha (BC1), José Carlos Chagas de Oliveira (BC1), Maciel Sousa Santos (BC2), Natali Mello de Faria (BC2), Evani Soares da Silva Calado (BC3), Evelyn Vieira de Oliveira (BC3), Antônio Leme (BC3), Dirceu José Pinto (BC4), Eliseu dos Santos (BC4) e Maria Vitória da Silva Leal (BC4).
“A gente costuma tirar a pressão do Mundial, porque mesmo sendo importante pelo coeficiente de pontuação, ainda é só uma parte do processo da classificação. A gente acredita que quem chegar em uma semifinal ou medalhar no Mundial, já é quase certo que estará nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, pela pontuação ser bem alta”, disse Moises Fabrício, coordenador da bocha da Associação Nacional de Desporto para Deficientes (ANDE).
Os eventos oficiais da BISFed – Federação Internacional de Bocha – têm quatro pesos diferentes na contagem de pontos para o ranking mundial. As posições de cada atleta ou equipe são multiplicadas pelo valor do coeficiente da competição. Open Regional (coeficiente 1), Open Mundial (coeficiente 2), Campeonatos Regionais – Copas América, Europeia e Asiática – (coeficiente 3) e Campeonato Mundial e Jogos Paralímpicos (coeficiente 4).
Em 2018, a BISFed atualizou as regras para a competição de pares e equipes, de forma que cada conjunto precisa ter pelo menos uma mulher. Neste ano, a classe BC4 ganhou o reforço da Maria Vitória da Silva Leal, de 17 anos. O Mundial será sua primeira competição internacional.
“Eu comecei na bocha em 2016, nem esperava praticar esse esporte, tinha em mente a natação, mas eu amei a bocha e agora estou aqui. Participei de duas semanas de treinamento este ano e agora estou competindo pela primeira vez na Seleção Brasileira. Minhas expectativas são as melhores, além de pensar sempre em melhorar as minhas marcas”, contou a paulista que nasceu com artrogripose – má formação congênita nos membros inferiores.
Time São Paulo
Os atletas Antônio Leme, Dirceu José Pinto Evani Calado, Evelyn de Oliveira e Maciel Santos são integrantes do Time São Paulo, parceria entre o CPB e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo que beneficia 62 atletas e seis atletas-guia de dez modalidades.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)