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Santiago 2023: Brasil supera Lima 2019 e registra melhor campanha em uma edição do Parapan

Yuki Rodrigues em ação no badminton | Foto: Saulo Cruz/CPB

Os Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023 já estão na história do esporte brasileiro. Isso porque, neste sábado, 25, o Brasil chegou a 332 medalhas conquistadas na capital chilena, e superou o desempenho obtido em Lima 2019 – que terminou com 308 pódios –, registrando a melhor campanha do país a um dia do fim da competição.

No oitavo dia de disputas por medalhas em Santiago, o Brasil alcançou 45 pódios (19 ouros, 17 pratas e 9 bronzes), seguindo na liderança do Parapan, agora com 151 de ouro, 92 de prata e 89 de bronze. Os Estados Unidos recuperaram a vice-liderança, chegando a 156 pódios e 52 ouros, enquanto a Colômbia caiu para a terceira posição (152 medalhas e 46 ouros).

Para esta edição, a delegação brasileira conta com 324 atletas, 190 homens e 134 mulheres, oriundos de 23 estados e do DF, em 17 modalidades. Desses competidores,  51 têm até 23 anos, 108 são cadeirantes, 132 são estreantes no evento continental, 72 treinam nos Centros de Referência do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e 11 disputaram o Parapan de Jovens, em Bogotá, Colômbia, no último mês de junho. 

A medalha de número 309 veio no badminton, com o sul-mato-grossense Yuki Rodrigues. Ele conquistou o ouro na classe SU5 (deficiência nos membros superiores) ao vencer o cubano Manuel Alejandro Pargas por 2 sets a 0, com parciais de 21/11 e 21/17.

“Sensação incrível estar no meu primeiro Parapan e já estar carregando esse peso [apontando para a medalha] para o nosso país”, comemorou Yuki.

O Brasil ainda chegou ao pódio outras 12 vezes no primeiro dia de disputas por medalhas do badminton. Foram seis ouros, quatro pratas e três bronzes.

Além de Yuki, o paulista Julio Godoy e o brasiliense Marcelo Conceição – nas duplas das classes WH1 e WH2 (cadeirantes), o paulista Rogério Oliveira, na classe SL4 (deficiência nos membros inferiores) e a amazonense Mikaela Almeida, na classe SU5 (deficiência nos membros superiores), a maranhense Ana Carolina Reis, na classe SL4 (deficiência nos membros inferiores) e a pernambucana Abinaecia Maria Silva, na classe SL3 (deficiência nos membros inferiores), venceram seus torneios.

Na chave feminina da classe SL3, o Brasil conquistou as três medalhas – a paranaense Kauana Beckenkamp (prata) e a paulista Adriane Ávila (bronze) subiram no pódio ao lado de Abinaecia. Na chave feminina de duplas da classe WH1 e WH2, a paraibana Ana Gomes e Daniele Souza ficaram com a prata, e a maranhense Auricelia Evangelista e Maria Gilda Antunes com o bronze. 

A paranaense Edwarda Oliveira, na classe SL4, e o brasiliense Edmar Barbosa e o paulista Rodolfo Cano, nas duplas masculinas da classe WH1 e WH2, também conquistaram medalhas de prata, enquanto o paranaense Breno Johann, na classe SL4, conquistou o bronze.

Vaga para Paris na bocha

Na disputa por equipes BC1/BC2 (com opção de auxílio e sem auxílio) de bocha, o Brasil derrotou o Canadá por 8 a 2 e conquistou a medalha de ouro. De quebra, a Seleção garantiu vaga nos Jogos Paralímpicos de 2024, em Paris. 

A pernambucana Andreza Vitória, o potiguar Iuri Saraiva e o cearense Maciel Santos foram os representantes do país no título conquistado na capital chilena. 

“Estou muito feliz por representar bem o Brasil no Parapan e Paris que nos espere. É um orgulho enorme, com 20 anos de idade, já ser campeão em equipe. Eles (Andreza e Maciel) são muito importantes para mim”, destacou Iuri Saraiva.

A paulista Evelyn de Oliveira e o mineiro Mateus Carvalho, nos pares da classe BC3 (com auxílio de calheiro), conquistaram a medalha de bronze ao vencerem os colombianos Maria Velez e Jesus Romero por 6 a 2.

Recordes das Américas no atletismo

No último dia de disputa do atletismo nos Jogos Parapan-americanos de Santiago, o Brasil conquistou mais 21 medalhas (10 de ouro, 10 de prata e uma de bronze). Com isso, a delegação brasileira da modalidade encerra sua participação em solo chileno com 83 pódios (34 de ouro, 27 de prata e 22 de bronze). Além disso, dois atletas registraram novos recordes das Américas e outros quatro, novos recordes parapan-americanos.

O paraibano Cícero Nobre (na classe F57 – atletas que competem sentados) e o catarinense Edenílson Floriani (na classe F42 – deficiência nos membros inferiores) conquistaram o ouro e estabeleceram as novas melhores marcas do continente no lançamento de dardo. Cícero lançou a 49,87m para superar o antigo recorde de 44,65m, enquanto Edenílson marcou 60,79m quebrando a marca de 59,19m.

Com o tempo de 10s34, o paraibano Petrúcio Ferreira faturou o ouro nos 100m da classe T47 (deficiência nos membros superiores) e estabeleceu o novo recorde da competição: 10s34 – a antiga marca era de 10s39. O velocista campeão paralímpico e mundial manteve a hegemonia de quase oito anos na prova. Desde os Jogos Parapan-Americanos de Toronto 2015, Petrúcio vence esta disputa em grandes competições internacionais contra atletas da sua classe.

O fluminense Ricardo Mendonça fez o tempo de 22s51 nos 200m da classe T37 (paralisia cerebral), levando o ouro e superando o recorde parapan-americano 23s53. Julio Agripino venceu os 1500m da classe T11 (cegos) com o tempo de 4min04s32, quebrando a antiga marca da competição (4min07s93). Além deles, Rayane Soares, com o tempo de 56s31, conquistou o ouro nos 400m da classe T13 (baixa visão) e registrou a nova melhor marca do torneio – batendo o recorde de 56s88.  

A potiguar Thalita Simplício, ouro nos 400m da classe T11 (cegos); a mineira Izabela Campos (ouro) e a  paulista Jenifer Azevedo (prata), no arremesso de peso das classes F11 e F12 (cegos e baixa visão); o carioca Washington Nascimento, prata nos 100m da classe T47 (deficiência nos membros superiores); a paulista Elizabeth Gomes, ouro no arremesso de peso das classes F53/54/55 (cadeirantes); o paulista Christian Gabriel, prata nos 200m da classe T37 (paralisia cerebral); e o capixaba Vinícius de Oliveira, prata nos 100m da classe T12 (baixa visão) também conquistaram medalhas para o Brasil.

Além deles, subiram ao pódio o rondoniense Cristian Ribera, prata nos 1500m da classe T54 (cadeirantes); a paranaense Aline Rocha, bronze nos 100m da classe T54 (cadeirantes); o cearense Jefferson de Lima, prata no lançamento de dardo da classe F64 (amputados de membros inferiores); o sul-mato-grossense Paulo Henrique Reis, prata no salto em distância da classe T13 (baixa visão); a paraense Fernanda Yara, prata nos 100m da classe T47 (deficiência nos membros superiores); o capixaba Daniel Mendes, prata nos 100m da classe T11 (cegos); o paulista Alessandro Silva, ouro no arremesso de peso da classe F11 (cegos); e o revezamento 4x100m universal, prata, com Jerusa Geber, Petrúcio Ferreira, Marcelly Pedroso e Ariosvaldo Fernandes, o Parré.

Conquistas no Futebol

Na final do futebol de cegos, o Brasil encarou a Colômbia pelo ouro. Com um gol de Ricardinho no primeiro tempo, a Seleção Brasileira venceu por 1 a 0 e garantiu mais um título Parapan-americano: o quinto do país.

No futebol PC (paralisados cerebrais), o Brasil também conseguiu a medalha de ouro, após vencer a Argentina por 1 a 0. Ubirajara foi expulso aos 10 minutos da partida, que terminou empatada em 0 a 0 e foi para a prorrogação. Cesar marcou o gol do título, nos acréscimos da primeira etapa do tempo extra. A Seleção Brasileira também garantiu o pentacampeonato parapan-americano na modalidade.

Mais medalhas no dia

Tênis em cadeira de rodas – Daniel Rodrigues, 37, conquistou a medalha de bronze. Ele derrotou o norte-americano Casey Ratzlaff por dois sets a um, com parciais de 6/3, 6/7(3), 6/3. Assim, o brasileiro repetiu os resultados de Toronto 2015 e Lima 2019.

No quad, Leandro Pena e Ymanitu Silva disputaram o ouro contra os chilenos Diego Pérez e Francisco Cayulef. A dupla brasileira foi derrotada por 2 sets a 1, com parciais de 6/7(5), 6/2 e 10/7, e ficou com a medalha de prata

Taekwondo – O Brasil conquistou cinco medalhas: duas de prata e três de bronze. No masculino, na categoria acima de 80kg, dobradinha com Lucas Moraes (prata) e Pedro Paulo (bronze). No feminino acima de 65kg, Débora Menezes ficou com a prata e Camila Macedo com o bronze. Claro Lopes ficou com o bronze na chave masculina até 80kg.

Patrocínio

As Loterias Caixa e a Braskem são as patrocinadoras oficiais do atletismo.

As Loterias Caixa são a patrocinadora oficial do futebol de cegos, da bocha e do badminton.

Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível 

Os atletas Alessandro Silva, Andreza Vitória, Cícero Nobre, Edenilson Floriani, Beth Gomes,  Izabela Campos, Maciel Santos, Petrúcio Ferreira,  Ricardo Mendonça e Wallace dos Santos são integrantes do Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível, programa de patrocínio individual da Loterias Caixa que beneficia 91 atletas.

Time São Paulo

Os atletas Alessandro Silva, Aline Rocha, Cristian Ribera, Beth Gomes, Maciel Santos, Rayane Soares, Daniel Mendes e Marcelly Pedroso são integrantes do Time São Paulo, parceria entre o CPB e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, que beneficia 106 atletas de 14 modalidades.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

PATROCINADORES

  • Toyota
  • Braskem
  • Loterias Caixa

APOIADORES

  • Ajinomoto

PARCEIROS

  • The Adecco Group
  • EY Institute
  • Cambridge
  • Estácio
  • Governo do Estado de São Paulo

FORNECEDORES

  • Max Recovery