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Santiago 2023: A dois dias do fim, Brasil mira a barreira de 300 pódios

A mineira Mayara Petzold após conquistar a medalha de ouro na final dos 50m borboleta da classe S6 nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago | Foto: Saulo Cruz/CPB
A mineira Mayara Petzold após conquistar a medalha de ouro na final dos 50m borboleta da classe S6 nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago | Foto: Saulo Cruz/CPB

A dois dias do fim dos Jogos Parapan-Americanos de Santiago, o Brasil está perto de atingir o recorde de medalhas conquistado na edição anterior, em Lima, Peru, em 2019. Em Santiago, a delegação brasileira é a líder do quadro geral de medalhas, com 248, sendo 116 de ouro, 65 de prata e 67 de bronze. O país tem uma média de 35 medalhas conquistadas por dia na competição. Nesta sexta-feira, 24, os atletas brasileiros ainda têm decisões no goalball, atletismo, ciclismo, basquete em cadeira de rodas, natação e tênis em cadeira de rodas.

Já em Lima, que até então é a melhor campanha do país na competição, o Brasil conquistou 308 medalhas, sendo 124 de ouro, 99 de prata e 85 de bronze. Os atletas brasileiros estão a 60 medalhas de bater esse recorde. Nenhum país obteve tantas vitórias como o Brasil há quatro anos na capital peruana.

Para esta edição, a delegação brasileira conta com 324 atletas, 190 homens e 134 mulheres, oriundos de 23 estados e do DF, em 17 modalidades. Desses competidores, 51 têm até 23 anos, 108 são cadeirantes, 132 são estreantes no evento continental, 72 treinam nos Centros de Referência do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e 11 disputaram o Parapan de Jovens, em Bogotá, Colômbia, no último mês de junho. 

A primeira medalha brasileira desta manhã saiu na prova dos 400m livre da classe S11 (atletas cegos), com o catarinense Matheus Rheine, que conquistou o ouro após registrar um tempo de 4min58s49. A prata foi para o brasiliense Wendell Belarmino, com marca de 5min05s18, e o bronze ficou com o argentino Sergioff Zayas, com 5min17s50.

“Os 400m durante 13 anos foram a minha prova principal, agora eu estou mais focado nas velocidades. Muito feliz com essa escolha. Com isso, tirei um pouco da pressão dos 400m e parece que continua dando resultado, eu me senti bem na prova, estava conseguindo separar bem cada fase dela e estou muito feliz com o que tem acontecido nos últimos tempos”, disse Matheus Rheine, 30, que por nascer prematuro, com seis meses e meio, sofreu com a falta de oxigenação na incubadora, o que causou Retinopatia da Prematuridade.

Nos 200m medley da classe SM13 (baixa visão), o carioca Douglas Matera conquistou seu oitavo ouro após terminar na primeira posição com tempo de 2min24s19, batendo o recorde parapan-americano da classe S12 (baixa visão), de 2min26s95, que pertencia ao colombiano Daniel Giraldo, conquistado no dia 13 de novembro de 2011, em Guadalajara, no México. A prata ficou justamente com o colombiano, com tempo de 2min27s62, e o bronze foi para o norte-americano William Rankine, com 2min30s48.

“A gente sempre busca dar o nosso melhor, nem sempre se traduz em medalha, nem sempre se traduz em melhor tempo, mas aqui acabou se traduzindo em medalha. Esse ano foi muito desgastante e eu vejo isso como resultado favorável do esforço e da dedicação. Nem sempre as coisas acontecem, mas dessa vez aconteceu, e agora é momento de refletir, de agradecer tudo que deu certo, tudo o que não deu ao longo do caminho e a oportunidade de aprender e crescer e aproveitar para perceber que a gente está em um momento único, o Parapan só acontece de quatro em quatro anos, não sei se vou estar aqui no próximo, então eu estou aproveitando ao máximo cada momento”, disse Douglas Matera, 30, que nasceu com retinose pigmentar, uma mutação genética hereditária, que causa perda gradual de visão.

Pela final dos 100m livre da classe S2 (comprometimento físico-motor), o mineiro Gabriel Araújo conquistou seu quinto ouro na competição após registrar um tempo de 1min56s61. A prata ficou com o chileno Alberto Abarza, com 2min04s54, e o bronze foi para o peruano Rodrigo Santillan, com 2min18s92.

“Encerro aí a competição muito feliz, muito emocionado. Acho que foi a competição mais importante do ano, senão uma das mais importantes da minha vida. É uma competição bem diferente, bem desafiadora, mas consegui me sair bem, muito animado. Agora é voltar para o Brasil, descansar um pouco, curtir a família porque ano que vem é ano com foco principal do ciclo, então que venha Paris”, disse Gabriel Araújo, 21, que tem focomelia, doença
congênita que impede a formação completa de braços e pernas, dono de cinco medalhas de ouro e de dois recordes da competição neste Parapan.

Na final dos 50m borboleta da classe S6 (comprometimento físico-motor), o Brasil conquistou uma dobradinha no pódio. A mineira Mayara Petzold ficou com o ouro após registrar um tempo de 38s10, batendo o recorde parapan-americano de 40s48, que pertencia à colombiana Sara Varga, conquistado no dia 26 de agosto de 2019, em Lima, Peru. A prata foi para a também mineira Laila Suzigan, com a marca de 40s56, e o bronze ficou com a mexicana Karla Bravo, com 42s65.

“Essa prova dos 50m borboleta é a minha prova e eu nadei muito bem porque é a última da competição. Estou bem cansada, mas eu gostei muito do meu tempo, foi um tempo muito bom. Todas nós estamos vindo de uma temporada já cansativa e ter os resultados que a gente está tendo hoje é muito gratificante”, disse Mayara Petzold, 21, que nasceu com uma deficiência similar ao nanismo (baixa estatura).

Outros atletas brasileiros garantiram suas vagas nas finais desta tarde e noite. Nos 100m livre da classe S5 (comprometimento físico-motor), o Brasil será representado na final por três atletas: a carioca Lídia Cruz, a paulista Esthefany Rodrigues e a mineira Patrícia Santos, que avançaram com os tempos de 1min28s28, 1min27s71 e 1min36s59, respectivamente.

Pela prova dos 100m livre da classe S7 (comprometimento físico-motor), Laila Suzigan e Mayara Petzold, ambas da classe S6, registraram as marcas de 1min19s03 e 1min23s91.

Os primos paulistas Tiago e Samuel  Oliveira, além do paranaense Alan Basílio, estarão na disputa por medalhas dos 100m livre da classe S5. Já na classe S9 feminina, o país será representado pela fluminense Mariana Gesteira e a potiguar Cecília Araújo.

Outra prova com brasileiros finalistas será a dos 50m livre da classe S9.  O paulista Gabriel Cristiano, da classe S8, o goiano Vanilton do Nascimento e o paulista Andrey Ribeiro se classificaram com os tempos de 27s85, 25s06 e 27s42, nesta ordem.

A disputa dos 100m borboleta da classe S14 (deficiência intelectual) contará com representantes brasileiros em ambos os gêneros: a mineira Ana Karolina Soares e a paranaense Débora Carneiro estarão na decisão feminina, enquanto Gabriel Bandeira fará a masculina. O Brasil fecha a natação no Parapan com o revezamento 4x100m livre misto – 34 pontos.

As provas de natação continuam neste final de tarde e início de noite em Santiago. Confira a programação completa:

17h11: 100m livre – S7 – feminino
Laila Suzigan e Mayara Petzold

17h41: 100m livre – S5 – feminino
Patrícia Santos, Lídia Cruz e Esthefany Rodrigues 

17h47: 100m livre – S5 – masculino
Tiago de Oliveira, Samuel Oliveira e Alan Basílio 

18h17: 100m livre – S9 – feminino
Cecília Araújo e Mariana Gesteira

18h28: 50m livre – S9 – masculino
Gabriel Cristiano, Vanilton do Nascimento e Andrey Ribeiro

18h56: 100m borboleta – S14 – feminino
Débora Carneiro e Ana Karolina Soares

19h02: 100m borboleta – S14 – masculino
Gabriel Bandeira

19h07: Revezamento 4x100m misto

Badminton
O Brasil disputou duas partidas no badminton nesta manhã, vencendo ambas. No feminino da classe SL3 (pessoas com deficiência nos membros inferiores que andam), Maria Silva venceu a dominicana Emeli Franchesca por 2 a 0, com parciais de 21/7 e 21/7.

Já na partida mista das classes SL3 (pessoas com deficiência nos membros inferiores que andam) e SU5 (deficiência nos membros superiores), a dupla Edwarda e Rogério Oliveira venceram os colombianos Elena Ubaque e Enrique Moreno por 2 a 0, com parciais de 21/4 e 21/5. 

Taekwondo
Pelas quartas de final da categoria masculina até 63kg do taekwondo, o brasileiro Nathan Torquato, campeão paralímpico em Tóquio, venceu o venezuelano Orlando Figueroa por 33 a 2.

Patrocínios 
As Loterias Caixa são a patrocinadora oficial da natação.

Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível 
Os atletas Phelipe Andrews Melo Rodrigues, Wendell Belarmino Pereira, Matheus Rheine Correa de Souza, Laila Suzigan Abate, Douglas Rocha Matera, Samuel da Silva de Oliveira, Gabriel Geraldo dos Santos Araújo, Cecília Kethlen Jerônimo de Araújo, Mariana Gesteira Ribeiro, Talisson Henrique Glock, Débora Borges Carneiro e Ana Karolina Soares de Oliveira são integrantes do Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível, programa de patrocínio individual da Loterias Caixa que beneficia 91 atletas. 

Time São Paulo
Os atletas Andrey Ribeiro Woyczak Madeira, Phelipe Andrews Melo Rodrigues, Cecília Kethlen Jerônimo de Araújo, Talisson Henrique Glock, Gabriel Cristiano Silva de Souza e Ana Karolina Soares de Oliveira são integrantes do Time São Paulo, parceria entre o CPB e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, que beneficia 106 atletas de 14 modalidades.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

PATROCINADORES

  • Toyota
  • Braskem
  • Loterias Caixa

APOIADORES

  • Ajinomoto

PARCEIROS

  • The Adecco Group
  • EY Institute
  • Cambridge
  • Estácio
  • Governo do Estado de São Paulo

FORNECEDORES

  • Max Recovery