Daniel descobriu que tinha paraparesia espástica, doença que limita os movimentos dos seus membros inferiores, por volta dos 3 anos de idade, quando começou a mancar e recebeu uma indicação médica para iniciar na natação – como forma de controlar a sua deficiência.
Hoje, ele compete pela classe S6 (limitações físicas e motoras) e foi selecionado para o treinamento na capital paulista após se destacar na etapa do Meeting Loterias Caixa, realizada no Rio de Janeiro, em outubro do ano passado. À ocasião, o nadador fluminense fez os 50 m livre em 31s21, tempo que seria o nono melhor do mundo, na sua classe, em 2021.
“Ser selecionado para treinar no CT Paralímpico é ver que todo o trabalho tem sido bem recompensado. Não é qualquer lugar que tem a estrutura oferecida pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Há muitas pessoas com deficiência que nadam, mas poucas têm a oportunidade de treinar com os melhores técnicos do país”, disse o atleta.
Rotina
Desde que chegou ao CT Paralímpico, Daniel tem treinado no período da manhã e da tarde. “A gente acorda cedo, toma café e se prepara para aquecer. Após o aquecimento, treinamos e almoçamos, com um período de descanso na área residencial do CT. À tarde, retornamos para um treino complementar, que nem sempre é na piscina. Já à noite, às vezes, assistimos a algumas palestras, que trazem um pouco de conhecimento para nossa preparação fora das águas”, finalizou o jovem.
1ª fase de treinamento de jovens da natação
Vinte e sete jovens nadadores chegaram ao CT Paralímpico neste domingo, 30, para a 1ª fase de treinamento de jovens da natação. Até o dia 5 de fevereiro, eles treinarão com os técnicos da Seleção Brasileira, assistirão a palestras e serão submetidos a avaliações.
Os atletas foram selecionados de acordo com as performances observadas em competições. Ao todo, estão previstas quatro fases de treinamento ao longo do ano, sendo as próximas nos meses de abril, julho e setembro.
O principal desafio da temporada 2022 está reservado para o segundo semestre: os Jogos Parapan-Americanos de Jovens, na Colômbia. O objetivo das fases de treinamento, segundo Leonardo Tomasello, técnico-chefe da Seleção Brasileira de natação, é preparar os atletas para a competição.
“A gente quer chegar no Parapan com uma equipe bem forte, conhecendo todos os atletas, sabendo as provas de cada um e o que cada nadador precisa”, disse Tomasello.
Além dos atletas, foram convidados oito técnicos e três staffs para esta primeira fase de treinamento. Todos os participantes seguirão rigorosos protocolos sanitários durante a estadia no CT Paralímpico.
Patrocínio
A natação conta com o patrocínio das Loterias Caixa.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)